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EvilFiles – Resident Evil Gaiden

Resident Evil Gaiden é um pouco diferente dos outros jogos da franquia Resident Evil. O jogo tem, primariamente, uma câmera em perspectiva do topo, o que elimina os assustadores ângulos de câmera e as surpresas que espreitavam cada canto que consagraram os primeiros jogos da série e ajudaram a popularizar o gênero survival horror. Em RE Gaiden, também notamos a ausência de slots de itens, baús, ou qualquer outra coisa referente aos inventários dos jogos clássicos, uma opção que acaba aumentando sua habilidade em explorar o mapa do jogo, mas também torna o jogo de Game Boy menos aterrorizante que os demais.

Plataforma inaugural e ano de lançamento: Gameboy Color, ano 2001
Desenvolvedora e Publicadora: CAPCOM
Gênero: Survival Horror/Panic
Produtor: Hiroyuki Kobayashi
Número de jogadores: 1

Indo direto ao ponto, Resident Evil Gaiden não é nada de extraordinário. O que fica além das mudanças que listamos a pouco, assim como as detalhadas no decorrer deste artigo, é um game de ação com uma leve ênfase em quebra-cabeças. Além de carregar o nome da franquia Resident Evil e de uma história bem elaborada, não há nada que separe Gaiden de qualquer outro game de ação disponível para o Game Boy Color.

O aspecto de maior destaque seria a história, uma inteligente trama de mistério que vai te deixar curioso sobre a verdadeira identidade do vilão principal. A Corporação Umbrella está de volta, usando pessoas como cobaias para seus experimentos genéticos, mas dessa vez a bordo de um luxuoso navio de cruzeiro, o Starlight. Leon S. Kennedy, antigo membro do Departamento de Polícia de Raccoon City, recebe a missão de investigar mas logo desaparece. Barry Burton então é enviado resgatar Leon e descobrir a verdade por trás dos novos experimentos da Umbrella.

Eventualmente, os dois heróis se unem para libertar uma jovem garota chamada Lucia, das garras de uma BOW (Bio Organic Weapon), capaz de assumir forma humana e transformar pessoas em zumbis. A trama tem muitos “plot twists”, reviravoltas e fatos inesperados, e o final é uma surpresa que deve agradar fãs antigos da franquia – especialmente aqueles curiosos sobre o que aconteceu com Leon entre Resident Evil 2 e RE 4.

Jogar o game inteiro, porém, requer muita paciência. Para encontrar Leon e resgatar Lucia, o jogador deve vasculhar todo o navio. O Starlight tem mais de 100 salas e passagens diferentes, muitas se encontram inicialmente trancadas, então o desafio é descobrir como e onde encontrar a chave ou item que abrirá a porta que impede seu progresso. Muitos destes itens estão bem na sua vista, mas outros estão escondidos na mobília ou em corpos, ou carregados por zumbis.

Como é o caso nos games clássicos da série, você deve evitar contato com os zumbis sempre que possível para evitar desperdício de munição. Porém, o combate é a única maneira de obter alguns itens importantes. Há duas maneiras de iniciar um confronto. Uma é mirar no inimigo com sua arma, o que mantém o zumbi a distância durante os primeiros momentos da luta. Outra é deixar o zumbi te atacar, o que inicia um confronto a curta distância. Zumbis próximos também se juntam ao confronto em ambos os casos.

O combate em si, no entanto, é muito diferente do que vemos em outros games da saga. Durante uma luta, a visão muda para uma perspectiva mais próxima, com seu personagem em primeiro plano e os inimigos ao fundo. Um cursor na barra horizontal na parte de baixo da tela representa sua mira. Para atirar ou esfaquear um zumbi, você deve apertar o botão de ataque quando o cursor estiver sobre a área que representa o inimigo. Quanto mais próximo do centro da área, mais forte seu ataque.

Um benefício desse esquema de combate é que você pode equipar e controlar todos os três personagens (Barry, Leon e Lucia) de forma independente. Ou seja, enquanto um zumbi ataca Barry, você pode aproveitar para curar Lucia ou mudar o equipamento de Leon. Assim, se você equipar cada personagem com uma arma, você não precisa se preocupar tanto em perder tempo sempre que um personagem ficar sem munição. Basta mudar o foco e atacar com outro herói. Durante o game, existem também vários coletes e armas que você pode equipar para aumentar suas opções em combate.

Infelizmente, a falta de puzzles, combinada com o modo de batalha repetitivo, faz de Resident Evil Gaiden uma jornada bastante tediosa. Na maior parte do tempo, você estará vagando de um nível a outro do navio à procura de chaves. Quando você entra em combate, é (quase) sempre contra os mesmos tipos de zumbis. Diferente dos outros jogos da série, não há lickers, cachorros, aranhas ou outros tipos de monstros que possam diversificar um pouco mais as coisas. A mecânica de saves colabora ainda mais para a monotonia, já que há apenas 11 pontos de salvamento no decorrer do jogo todo.

Os gráficos e sons são exatamente o que se espera de uma obra desse tipo. Não há ângulos de câmera assustadores, mas a maneira com que os zumbis se espreitam nas sombras enquanto você explora, e quando enchem a tela no modo de combate, é impressionante. A música é deprimente e cria o clima de maneira competente.

No fim das contas, Resident Evil Gaiden não inspira o mesmo nível de interesse que outros games da franquia; mas fãs devotos da série provavelmente passarão por cima dos defeitos para descobrir o que acontece com Leon e Barry enquanto estavam “sumidos” da série principal.

E você, caro comrade, já jogou Resident Evil Gaiden? Gosta do título? Acha sua história interessante? Diga pra gente nos comentários!

Colaboração: Junior Bertolla

 

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