O primeiro Dead Space reuniu um carinho enorme por parte dos fãs do jogo, pois segundo eles, o primeiro game é muito mais assustador do que seus sucessores. Uma das coisas mais esperadas no Remake é que a Motive Studios traga novamente todo aquele terror que o jogo original tinha na época; lógico que as novidades/mudanças já anunciadas mostraram que a desenvolvedora quer ao mesmo tempo trazer um público novo como também fazer com que os fãs que já conhecem a trilogia sintam a mesma sensação que tiveram ao jogar pela primeira vez Dead Space em 2008, ano que o original foi lançado.
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Em entrevista para revista Play nº 22 o diretor técnico David Robillard contou que não consegue jogar o remake utilizando headphones, ainda mais no horário da noite, pois segundo ele o jogo é simplesmente muito assustador!
“Quando estou jogando à noite, não consigo jogar com fones de ouvido. É muito assustador! Apenas a quantidade de realismo e, novamente, a atmosfera. Não apenas visualmente, certo? Na maneira como lidamos com som, ambiente, efeitos, tendo sistemas que tentarão assustar você. Essas coisas, você sabe, poderiam ter sido feitas [em um PS4], mas não no nível que estamos fazendo hoje. E eles realmente acrescentam muito a esse tipo de gênero e fazem com que todo o tipo de experiência se una ainda mais.” – disse David Robillard.
Uma dos pilares em que a equipe trabalhou bastante é trazer novamente a atmosfera apresentada no game original, sons, ambientação, efeitos.. segundo o produtor sênior Phillipe Ducharme, trazer a imersão novamente, ainda mais intensa, foi uma das prioridades da equipe, que aliás quer que o jogador se sinta tão imersivo ao ponto de não querer largar mais o controle e passar horas jogando o remake. Além disso, Ducharme disse que mesmo se os jogadores colocarem lado a lado o original com o remake, mesmo parecendo semelhantes, o remake apresenta grandes diferenças durante o jogo, até mesmo fazendo com que objetivos que os jogadores não se importavam tanto tenham mais importância.
Ducharme também comenta sobre a equipe que trabalhou no original, onde a nova equipe não quer tentar ser melhor que a outra, mas sim honrá-los:
“Mesmo quando começamos este projeto, fiz várias apresentações do jogo original para ter certeza de que o tinha realmente mapeado em minha mente – e a imersão foi um dos pontos mais fortes. Para nós, qualquer coisa que pudéssemos fazer para tentar melhorar essa imersão era um sim automático. Se conseguirmos pegar o jogador com o controle nas mãos no início e jogar o jogo inteiro sem largar o controle, gostaria que ele jogasse por 12, 14, 15 horas seguidas, porque eles são tão imersos, e eles simplesmente não querem nem ir ao banheiro. Bem, não é saudável. Caso contrário, é porque eles não querem sair, não querem largá-lo – então trabalho feito, conseguimos isso, como se fôssemos capazes de entregar essa imersão”.
David comentou que o jogo não vai fazer com que jogadores veteranos tenham a sensação de chegar em certos lugares no jogo que passem uma sensação de segurança, pois sabem que em certos pontos do original havia momentos tranquilos. David quer que o tempo todo os jogadores se sintam pressionados pelos monstros e que se sintam inseguros a cada passo que derem pelos cenários.
“Precisávamos encontrar uma maneira de preencher essas lacunas, para que o jogador não se sentisse como ‘Oh, eu estive aqui, está tudo bem, estou seguro’. Não, você nunca está seguro. Tipo, você vai ser atacado. Alguém quer o dinheiro do almoço e eles não são amigáveis”, disse David Robillard.
Dead Space será lançado dia 27 de Janeiro/2023 para PlayStation 5, XBox Series S|X e PC.
Curitibano que aproveita o clima frio para tomar café e jogar bons jogos, e em alguns momentos de reflexão tenta explicar para si mesmo a diferença de remaster e remake nos dias de hoje. Jogos prediletos: Hollow Knight, The Witcher 3 e Super Metroid.