Depois de quase 10 anos desde o seu anúncio (que aconteceu durante a E3 2014), Dead Island 2 andou sumido dos holofotes fazendo alguns fãs pensarem que o mesmo havia sido cancelado pela produtora, mas a história é muito mais complexa e agora após esses quase 10 anos colocamos as mãos nessa sequência tão aguardada do mundo dos jogos! Será que Dead Island 2 conseguiu atingir as expectativas e se manter interessante mesmo após todo esse tempo?
Esta análise foi escrita graças ao fornecimento a nós do EvilHazard do código antecipado do jogo, através da Deep Silver e Dambuster Studios, a quem deixamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Plataformas e ano de lançamento: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series S|X e PC, ano 2023
Desenvolvedora e Publicadora: Deep Silver, Dambuster Studios
Gênero: Survival Horror
Número de jogadores: 1-3
Sendo anunciado originalmente para a antiga geração de consoles, PlayStation 4 e Xbox One, Dead Island 2 é a sequência do primeiro Dead Island lançado originalmente para a geração PlayStation 3 e Xbox 360, dessa vez se passando em Los Angeles em uma cidade apelidada de “HELL-A” (um trocadilho divertido com a sigla “L.A.” [de Los Angeles] e a palavra “Hell” [inferno]). Totalmente localizado em Português do Brasil e com legendas em nosso idioma, o jogo traz aos seus jogadores grandes cenários do mundo dos famosos infestados de zumbis dos mais variados tipos, com o humor ácido já conhecido dos jogos da série e fazendo os jogadores controlarem seis caçadores, dentre eles Jacob, Bruno, Carla, Dani, Ryan e Amy. Além disso, o jogo também chega com a missão de mostrar que o nome Dead Island envelheceu bem comparado a outros títulos de zumbi que o usaram como base nos últimos anos, como Dying Light por exemplo.
No enredo principal do jogo um vírus mortal se espalhou por Los Angeles e transformou seus habitantes em zumbis, fazendo com que a metrópole entrasse em quarentena, porém o seu protagonista é uma das poucas pessoas que são imunes nesse jogo e agora com Los Angeles infestada por zumbis os jogadores poderão fazer dela seu “parque de diversão de matar zumbis” usando suas habilidades pessoais e as habilidades de alguns mortos-vivos que serão conquistas ao decorrer da história, dessa maneira procurando uma forma de sair de Los Angeles e achar a cura para esse flagelo.
O jogo possui um mundo aberto bem grande que pode ser bem explorado pelos jogadores que gostam de se jogar de cabeça em lugares assim, porém o jogo possui algumas telas de loading mesmo na nova geração para que o jogador possa atravessar de um distrito de Los Angeles para outro. Na versão jogada pelo EvilHazard, que foi a de PlayStation 5, o loading durava poucos segundos graças ao SSD do mesmo, mas caso os jogadores decidam explorar mais a fundo esse mundo aberto, devem tomar cuidado pois Dead Island 2 possui elementos de RPG, portanto em qualquer esquina pode ser encontrada uma horda de zumbis muito acima do nível do jogador.
Para aqueles jogadores que gostam de fazer todas as tarefas no mundo aberto, podem separar alguns bons momentos de jogatina, pois cada distrito de Los Angeles possui um número de missões secundárias e objetivos terceiros significativo, com cada distrito dividindo seus objetivos em quatro tipos, sendo eles missões da história, missões secundárias, missões de achados e perdidos (essa em especifico não tem em todos os distritos) e os pontos de interesse. Durante o nosso gameplay para a análise, a campanha durou cerca de 23 horas para ser finalizada, porém acreditamos que, assim como já informado anteriormente pelos produtores do jogo, a campanha principal de Dead Island 2 deve durar aproximadamente 20 horas caso os jogadores façam apenas as missões de história; juntando todos os objetivos de cada distrito, porém, esse tempo pode facilmente ser aumentado para mais de 60 horas de gameplay para assim atingir os 100% do jogo, levando em consideração a possível busca pelo troféu de platina.
Quanto ao seu gameplay, Dead Island 2 traz uma jogabilidade bem diversificada com uma grande variedade de armas corpo a corpo e de fogo e a possibilidade de fundi-las com elementos ou até mesmo adicionar mais dano de impacto ou de sangramento, permitindo aos jogadores tirarem o maior proveito de combinações dessa variedade de elementos. O gameplay se mantém bem fluido com seus 60fps sendo bem mantidos na atual geração (PS5 e Xbox Series) e 30fps na geração passada (PS4 e Xbox One).
Além disso tudo, Dead Island 2 também traz um sistema de builds bem interessante, com seus 6 personagens sendo cada um especializado em uma forma de gameplay e um sistema de habilidades de cartas dividas em talentos, sobrevivente, caça-zumbi e nume. As builds se mostram bem versáteis, permitindo ao jogador realizar combinações que podem ser avassaladoras para diversas hordas de zumbis e para os bosses do jogo.
Já nos gráficos, o jogo mostra que pode superar as expectativas, pois se tratando de um jogo anunciado para a geração passada, era de se esperar um gráfico mais “datado”, mas o jogo apresenta cenários belíssimos em meio a todo caos que Los Angeles está passando. Os efeitos de sombra dos ambientes são incríveis, e a noite no jogo é um show a parte, pois deixa os cenários totalmente escuros; se o jogador não utilizar a sua lanterna ou alguma outra fonte de luz, ficará sem enxergar nada! Os zumbis também são outro show a parte, estando muito bem detalhados, podendo o jogador ver em seus rostos como a transformação os mudou, dependendo de qual tipo de zumbi está atacando o jogador, além claro dos detalhes nos rostos e nas sombras dos personagens. Uma coisa que sentimos falta foi um Modo Foto, no momento que jogamos o jogo ainda não estava disponível.
Como informamos anteriormente, os zumbis são a atração principal dentro do jogo, não só por seus detalhes mas também por conta da sua variedade encontrada no jogo, que vão desde as variantes mais básicas como rastejantes, caminhantes e corredores e suas formas elementais, até as chamadas “supervariantes” que são os zumbis especiais que podem proporcionar ótimos confrontos para os jogadores dependendo de onde sejam confrontados.
Não existe jogo que não apresente algum defeito por mínimo que seja, e Dead Island 2 traz um que pode desanimar um nicho especifico de jogadores: aqueles que gostam de correr atrás do adorado troféu de platina. Dead Island 2 necessita que os jogadores devam jogá-lo em co-op para conseguir alguns troféus específicos juntamente com algumas atividades especificas que também devem ser realizadas em modo cooperativo. Outra coisa da qual sentimos falta durante o gameplay foi a presença de uma trilha sonora mais significativa: o jogo raramente apresenta uma trilha sonora de fundo e quando a apresenta ela fica totalmente ofuscada pelos sons dos mortos-vivos ou pelos momentos de extrema tensão do jogo, juntamente com o fato dela estar em um volume tão baixo que muitas vezes parece ser uma música tocada em elevador. Fora isso, não vimos defeitos em Dead Island 2 (vale lembrar que jogamos o jogo antes do patch de Day One então não estamos considerando alguns bugs visuais que serão consertados com a chegada desse patch).
Para concluir, podemos dizer que a espera valeu a pena! Dead Island 2 cumpriu o seu dever, mostrando que mesmo após anos de desenvolvimento e problemas com seus estúdios de produção, o título conseguiu se atualizar para o cenário moderno de jogos nesse estilo, com visuais belíssimos, jogabilidade bem fluida e prazerosa, mesmo apresentando alguns pequenos problemas Dead Island 2 conseguiu fazer este Redator aqui ficar horas e horas só matando zumbis no mundo aberto sem perceber o tempo passar. Além disso, a variedade de inimigos foi algo que variou muito o estilo de gameplay enquanto fazíamos o teste do jogo, onde muitas vezes foi possível trocar do estilo corpo a corpo para algo mais a longa distancia. Agora é aguardar por mais atualizações e DLCs que a Dambuster Studios está preparando para esse jogo que facilmente pode entrar para o TOP 10 de jogos do ano de 2023!
Lembrando que Dead Island 2 será lançado no dia 21 de abril para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series S|X e PC.
Abaixo, confira algumas imagens do jogo enviadas diretamente pelos desenvolvedores:
Esta análise foi escrita graças ao fornecimento a nós do EvilHazard do código antecipado do jogo, através da Deep Silver e Dambuster Studios, a quem deixamos nossos mais sinceros agradecimentos!
20 anos, paulista, Redator do Evilhazard, amante de jogos indies (em especial jogos de terror indies) e oldshool gamer!