Em um ano onde estamos vendo diversos jogos de horror sendo anunciados ou lançados, um que estamos sem informações há algum tempo é o reboot de Alone in the Dark feito pela THQ Nordic, porém a empresa anunciou recentemente que estará realizando outro Showcase digital em agosto, e durante esse showcase serão apresentadas novas revelações e atualizações sobre jogos já anunciados anteriormente, dentre eles o próprio reboot de Alone in the Dark.
A THQ Nordic informou (via Eurogamer) que sua transmissão deve começar às 14hrs no horário de Brasília e no dia 11 de agosto, uma sexta-feira, com o showcase sendo transmitido nos canais oficiais da emrpesa no YouTube e na Twitch. Quanto ao que podemos esperar, a THQ Nordic está prometendo “anúncios de estreia mundial, mas também atualizações e revelações para jogos anunciados anteriormente”, como Alone in the Dark, o recentemente revelado Trine 5 e Outcast 2, todos confirmados para ganhar mais tempo no holofote. Além disso, ninguém sabe, mas certamente já faz um tempo desde que ouvimos algo sobre o tão esperado remake gótico da THQ Nordic ou o promissor Wreckreation, do desenvolvedor de Dangerous Golf, Three Fields Entertainment. Podemos ainda dar uma primeira olhada no jogo South Park da editora, anunciado no final do programa do ano passado?
Ao que tudo indica a THQ Nordic não parece estar com muita pressa para discutir sobre os seus títulos, lembrando que anteriormente a empresa confirmou que possuía 43 jogos em desenvolvimento, sendo que 25 deles ainda não foram anunciados, segundo a própria empresa.
Alone in the Dark foi um dos grandes clássicos do terror de antigamente; a série foi fundamental para o gênero survival horror anos atrás e agora nos tempos atuais a série está sendo refeita pelas mãos da THQ Nordic, que agora possui seus direitos juntamente com a Pieces Interactive. Ambos lideram a ambiciosa releitura do conto de 30 anos do detetive Edward Carnby, atualmente em seu estágio alfa de desenvolvimento, mas está longe de ser uma recontagem quadro a quadro.
Este novo Alone in the Dark não se equipara às reconstruções familiares do zero que vimos nos últimos anos em virtude dos recentes remakes de Resident Evil da Capcom e o próximo Dead Space. Em vez disso, este novo Alone in the Dark é uma autoproclamada carta de amor ao original de 1992 – uma que mergulha nas minúcias de um jogo claramente datado pelos padrões modernos, a fim de recriar facetas integrais de seu mundo e narrativa. Por quê? “Não podemos simplesmente refazer o original de 1992”, explica o diretor criativo e escritor principal Mikael Hedberg durante uma demonstração prática na Gamescom 2022. “Seria apenas cerca de três horas de duração!”
Ao revisitar um jogo com mais de três décadas, o abismo tecnológico é óbvio. Em sua defesa, Alone in the Dark parecia bastante incrível em termos visuais na época. Alone in the Dark foi pioneiro no terror de sobrevivência psicológico e defendeu o ângulo de câmera fixo que veio a definir o gênero naquela época. Mas além de sua estética frontal, jogos como Alone in the Dark são claramente datados de forma menos óbvia – principalmente no ritmo e nos arcos narrativos.
“É por isso que a chamamos de carta de amor ao original”, continua Hedberg. “Logo antes de anunciarmos o jogo oficialmente, houve um pequeno vazamento de screenshots e tudo mais, e muitas pessoas online estavam gritando: ‘É um remake! É um remake! É um remake!’ Não só um remake do original Alone in the Dark teria apenas algumas horas de duração, mas basicamente consistiria apenas de um cara vagando por uma casa com alguns monstros.”
Para este fim, a THQ Nordic jogou e repetiu o jogo original, passando por todos os detalhes com um pente fino, a fim de construir a interpretação mais ampla, sofisticada e abrangente de seu material de origem. Por exemplo, personagens inócuos que existiam apenas nas páginas das notas e memorandos do jogo no original podem ser apresentados como um personagem totalmente realizado no moderno Alone in the Dark. Se outros apareceram em fotografias, ou foram simplesmente mencionados de improviso em relação à história mais ampla do primeiro jogo, eles podem se encontrar construídos, com presença e história para contar aqui. E, é claro, acenos mais óbvios para o jogo de 1992 estão espalhados por este Alone in the Dark de hoje.
“Para nós, trata-se de fazer um jogo que os fãs de terror vão adorar em 2023, ao mesmo tempo em que respeitam a série original Alone in the Dark – aqueles grandes jogos de 1992, 1993 e 1994”, acrescenta Hedberg. “Temos a inspiração da mansão do primeiro jogo, por exemplo, mas também temos portais que os jogadores precisarão descobrir para entender o que está acontecendo neste mundo.”
Não tão sozinho
Na Gamescom 2022, THQ e Pieces apresentaram um teaser de prequel jogável estrelado por Grace Saunders, protagonista de Alone in the Dark 2, que funciona como um aperitivo para o que está por vir. Ele será disponibilizado para os jogadores antes do lançamento de Alone in the Dark propriamente dito – e, com isso e com tudo o que vimos até agora, Alone in the Dark parece temperamental, atmosférico e uma visão inteligente no processo de refazer o terror de sobrevivência clássico – algo que vimos muito recentemente, pois se aplica ao gênero de terror de sobrevivência.
Dado o fato de que o currículo de Hedberg já possui papéis principais de escritores como os clássicos de terror psicológico SOMA e Amnesia: The Dark Descent, Alone in the Dark definitivamente parece um para apreciar. Seja por trás do sofá ou pelas aberturas em seus dedos.
Alone in the Dark ainda não possui uma data de lançamento concreta, mas é esperado que venha em algum momento de 2023 para o PS5, Xbox Series S|X e PC.
20 anos, paulista, Redator do Evilhazard, amante de jogos indies (em especial jogos de terror indies) e oldshool gamer!