Um ano depois do incidente da ilha Ibis, retratado em Dino Crisis 1, Regina está de volta ao serviço. Agora, sob o controle do governo, projetos com a Terceira Energia fizeram com que acidentalmente Edward City e um complexo de pesquisas militares desaparecessem, ocupando em seus lugares uma selva pré-histórica. Nesse jogo, alternamos entre o comando de Regina e um segundo personagem, o tenente Dylan Morton, que faz parte do T.R.A.T. (Equipe de Aquisição e Reconhecimento Tático).
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Plataforma inaugural e ano de lançamento: PlayStation 1, ano 2000
Desenvolvedora e Publicadora: CAPCOM
Gênero: Survival Horror/Panic
Produtor: Hiroyuki Kobayashi
Número de jogadores: 1
Em maio de 2010, a equipe TRAT usa um Portal do Tempo, acompanhados de Regina (em princípio prestando apenas papel de consultora, dada sua experiência no ano anterior), com a missão de obter dados sobre o acidente e resgatar sobreviventes – cerca de 1300 pessoas – que estavam na área que foi tomada pela floresta.
O que a equipe sabe até então é que após os eventos do primeiro incidente (o primeiro jogo), uma agência do governo americano tomou posse dos dados de pesquisa, e estava trabalhando em um novo portal, a fim de coletar células e micro-organismos da Era Cretácea para os dias atuais, para estudá-los. Por não tomarem as devidas precauções, o portal criado foi muito grande, transportando no tempo um complexo de pesquisas, uma base militar e a fictícia Edward City.
Ao chegarem, os membros são atacados por um grande número de velociraptors e um T-Rex, sobrando apenas a dupla e mais um integrante da TRAT, David Fork. Ao longo do jogo, enquanto percorremos os complexos e sobrevivemos ao grande número de dinossauros (muito maior do que o primeiro jogo), encontramos um pequeno grupo militar feminino, que em princípio luta contra nossa presença. Logo descobrimos a identidade de uma delas: uma garota chamada Paula, que assim como as outras jovens de seu grupo, perdeu a capacidade de falar, e se comunicam por uso de capacetes computadorizados. Paula também estranhamente reconhece Dylan.
Enquanto avançamos pela grande variação de cenários do jogo, o personagem David morre para salvar seu amigo Dylan, e ao chegarmos ao complexo de pesquisas, a personagem Paula mostra um holograma com um homem idoso, que revela a verdade sobre o desastre: o primeiro incidente de 2009 causou alterações no período Cretáceo, capazes de mudar drasticamente a história, e até mesmo impedir a raça humana de existir.
Por isso, uma organização internacional cria um projeto chamado “Arca de Noé”, que levava as criaturas pré-históricas para outros períodos no futuro (cerca de 3 milhões de anos a frente), de forma que se desenvolvessem naturalmente, e depois eram levadas de volta a sua era original. Porém, no retorno dos dinossauros para o passado o portal se sobrecarregou, prendendo dinos e humanos numa mesma era. Paula era uma das agentes que aprendeu a coexistir com os dinossauros, e atacava qualquer sinal de ameaça a eles (por isso perdera a capacidade de fala). Por fim, descobrimos que o homem no holograma é o próprio Dylan, em 2055. E a garota, Paula, é sua filha – por isso o reconhece.
O holograma termina a transmissão informando sobre um portal, que permitiria os três sobreviventes a voltarem para o presente. Porém, uma outra agente que trabalhava na proteção do tempo ativa a auto-destruição no complexo. Enquanto tentam ir ao portal, os protagonistas são atacados por um Giganotossauro (muito maior que o T-Rex, e que serve como o boss final do jogo). Após matá-lo, chegam ao portal, mas o local já está se autodestruindo. Paula fica presa em maquinários que desabam do teto, e Dylan decide ficar com sua filha, sacrificando-se. Regina então volta pelo portal, sozinha, com os dados do complexo obtidos, na esperança de usar esses dados para corrigir o acidente, e então salvar os outros dois.
Apesar de ter um terceiro jogo (que se passa séculos após), é no spin-off lançado em 2002, chamado Dino Stalker, que sabemos o desfecho do segundo jogo. Em Stalker, encontramos novamente Paula e o Holograma de Dylan, ficando entendido que Regina realmente conseguiu alterar o tempo e salvá-los.
Esse jogo abandona o clima de pânico do primeiro e investe totalmente na ação, com cenários abertos, à luz do dia, e focando o combate em pontuações, que rendiam pontos de experiência e serviam para upgrades. Por adotar esse estilo, passou a ter uma grande variedade de inimigos, cenários e armamentos (em oposição ao primeiro jogo). Em contrapartida, o foco em ação desviou o jogo do estilo Survivor Horror visto no original.
Essa mudança rendeu muitos elogios da crítica, por criar uma identidade própria, fugindo do estilo pré-estabelecido em jogos de terror da época. Os gráficos também foram muito elogiados, como um dos melhores da geração, e o jogo foi considerado o melhor da Capcom naquele ano. Por parte do público, apesar de vender bem, alcançou no total aproximadamente metade das vendas do primeiro título (enquanto o primeiro jogo vendeu 2,4 milhões de cópias, esse vendeu 1,19 milhões). O sucesso, ainda que menor que o primeiro, garantiu mais uma sequência, em 2003.
E vocês, comrades, jogaram esse clássico da era PS One? Gostariam de um novo jogo da saga, ou um reboot? Deixem sua opinião.
Redator do EvilHazard, paulista, administrador, viciado em jogos de aventura e cultura nerd, com uma queda pelo mundo do Survivor Horror