Depois de um acidente de carro, a jovem Fiona Belli acorda presa em um misterioso castelo. Totalmente sem saber o que ocorreu naquele dia com ela e com seus pais, ela precisa explorar o local não apenas em busca de um saída, mas para descobrir mais de seu passado e futuro. E os moradores do castelo prometem não facilitar sua visita ao castelo. Esta é a sinopse de Haunting Ground, survival horror desconhecido de grande parte do público gamer, lançado em 2005 pela Capcom para o PlayStation 2.
Ano de lançamento: 2005
Publicadora: Capcom
Desenvolvedoras: Capcom
Gênero: Survival Horror
Diretor: Kazuhiro Tsuchiya
Número de jogadores: Single-player
Mais que compartilhar o primeiro nome com a princesa do filme Shrek, Fiona Belli também vive uma história bizarra. A garota acorda nua, sem memória e presa em uma enorme gaiola, vigiada por um ogro assustador. Felizmente, o que a criatura tem de assustadora não tem de esperta e Fiona consegue escapar. Fugir da gaiola, porém, é apenas o começo. A prisão da garota é, na verdade, um grande castelo e Fiona precisa vasculhar a construção para tentar se lembrar ou encontrar algo que a ajude a sair.
Na história de Haunting Ground, Fiona terá apenas a ajuda de Hewie, um cachorro. Com ele, poderá atacar os inimigos, mandá-lo buscar itens onde a jovem não alcança, ou seja, o cão será seu fiel escudeiro. Com formas de ataque dentro do castelo, a bela terá apenas locais pelo cenário para se esconder dos monstros e com isso evitar o pânico e o medo. Itens como uma televisão e um rádio podem ser usados para distrair a atenção dos inimigos e com isso Fiona garante sua sobrevivência pela aventura.
Existe também pontos onde será possível deter os inimigos temporariamente, como derrubá-los de locais altos ou fazer Hewie se esconder num canto e atacar de surpresa quem estiver por perto. As cenas não-interativas do game são dirigidas por Naoto Takenaka, famoso diretor de horror do cinema japonês.
Lançado como Demento no Japão, Haunting Ground é mais um game do gênero Survival Horror assombrado pela grandeza de títulos como Resident Evil ou Silent Hill. A saída, para não ser comparado às referências do gênero, foi aumentar o clima de apreensão e tensão oferecendo ao jogador uma protagonista fraca e incapaz de usar armas, cuja única defesa é esconder-se sob camas ou atrás de móveis para escapar da morte em um castelo macabro. Isso obriga o jogador a usar muito mais cabeça para evitar as criaturas ou atrai-las até as armadilhas do cenário. E para garantir que não haja saída fácil, caso o jogador banque o teimoso e tente passar pelos monstros na marra, Fiona entra em pânico e todos os comandos do controle ficam confusos.
Algumas enrascadas, porém, são inevitáveis. É ai que entra Hewie. O cão pode ser controlado com comandos simples e ajuda Fiona a resolver enigmas e combater de forma inteligente alguns dos vilões do castelo. Além de controlar a dupla e encarar desafios empolgantes, o jogador pode prolongar seu desafio habilitando minigames ocultos, galerias de arte e vídeo, roupas especiais, finais secretos e outros bônus.
Com um controle que não possui muita variedade mas responde bem, gráficos bem detalhados com boa movimentação de personagens e inimigos, e uma trilha sonora que acompanha bem o ritmo de ação/suspense da narrativa, Haunting Ground é um título pouco conhecido, mas que vale muito a pena ser jogado ao menos uma vez, pelos amantes do survival horror!
Redator do EvilHazard, paulista, 21 anos, gamer amante de jogos de computador, fã de videogames antigos e de jumpscares em jogos de terror.