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EvilTalk – Por que Resident Evil 4 é o jogo “arroz de festa” da Capcom?

No EvilTalk, nossos redatores irão apresentar, em texto, suas opiniões acerca dos mais variados assuntos que envolvem a franquia Resident Evil e demais obras do terror/survival horror, em uma narrativa questionadora e que dará preferência à abordagem de temas polêmicos e que geram discussão na base de fãs do jogo em questão.

ATENÇÃO: todo o exposto nos textos do EvilTalk refletirão unicamente as opiniões e convicções do Redator responsável pela publicação.

Neste texto, o tema abordado pelo nosso Redator André Franco (AvcF) foi: Por que Resident Evil 4 é o jogo “arroz de festa” da Capcom?

Saudações aos leitores do EvilHazard! Você gosta de dinheiro, leitor? Eu também, mas ainda me surpreendo com o furor capitalista que a Capcom tem com alguns de seus jogos. Incrível também a capacidade dela de transformar verdadeiros clássicos em “carne de vaca”, “arroz de festa”, “bilhete de loteria corrido”. A miríade de conversões de Resident Evil 4 foi pouco a pouco transformando-o em uma anedota do mundo dos games.

No início da sexta geração (PS2, GC, Xbox, etc) a Nintendo e a Capcom assinaram um acordo de exclusividade que envolvia a franquia Resident Evil. Dessa forma, o aclamado remake do primeiro game da série foi lançado para GameCube em 2002. Algum tempo depois foi anunciado o game que daria sequência à série, Resident Evil 4. O grande problema é que na época em que o jogo foi anunciado, o PlayStation 2 estava comercialmente léguas de distância em relação ao GameCube. Essa situação gerou dúvidas se a exclusividade realmente se manteria em pé. Isso até fez com que o criador da série, Shinji Mikami, afirmasse em uma entrevista na época que se mataria se o game se tornasse multiplataforma. E o jogo, então… foi posteriormente lançado para PlayStation 2.

O resto é história. Com o passar dos anos, Resident Evil 4 deu um passeio na Rua Augusta e voltou de lá com um caminhão de novas versões do mesmo jogo, desde uma horrível conversão para PC lançada pela Ubisoft (oi?), passando por celulares, iPad, e até mesmo o glorioso Zeebo (alguém lembra dessa bomba?) teve um RE4 para chamar de seu. Isso é que é exploração.

Pois é, no início dos anos 2000, alguém achou uma baita ideia uma versão de RE4 com smurfs no lugar dos ganados:

Ação de tirar o fôlego, só que não.

É de port em port que se mata a credibilidade de um game. De título aclamado e que reinventou uma série, a fórmula de Resident Evil 4 ficou cansada antes mesmo do lançamento de seus sucessores. Sem contar que o próprio criador da série sofreu anos com frequentes piadinhas em cima da malfadada entrevista do passado. Agora só falta o anúncio de futuras versões de Resident Evil 4 para forno de microondas, receptor da NET, máquina leitora de cartão de débito e o álbum da Copa do Mundo.

Enquanto isso, nunca uma caixa de jogo ficou tão desmoralizada:

Abraços e até o próximo post!

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