Caro comrade, tudo bem? Você que nos acompanha sabe que aqui no EvilHazard buscamos reunir tudo aquilo que é relacionado a Resident Evil, Silent Hill e demais obras do survival horror e do mundo do terror/suspense em geral. Acontece que o universo dos jogos é muito amplo e de certo igualmente interessante não só para nós, mas também para nossos leitores.
Pensando nisso, apresentamos para vocês a coluna EvilPlus+, onde traremos, periodicamente, publicações sobre outros jogos de outros estilos alheios ao terror e ao survival horror. ATENÇÃO: o foco do EvilHazard permanece sendo a franquia Resident Evil e o mundo do survival horror, mas trazendo também este Plus+ para todos que nos acompanham.
No EvilPlus+ de hoje, trazemos uma análise detalhada de um dos últimos lançamentos da Capcom, Devil May Cry 5!
Após o lançamento e sucesso da Capcom com o novo Resident Evil 2 em Janeiro/2019, a produtora teria mais um grande objetivo de trazer mais um título de sucesso, com Devil May Cry 5, a continuação de uma das franquias de maior sucesso da Capcom.
Será que a Capcom conseguiu trazer uma continuação que superasse ou pelo meno igualasse ao sucesso de Devil May Cry 3, que é considerado o melhor DMC pelos fãs? Teria a Capcom conseguido, com DMC5, trazer aos fãs um dos melhores jogos de toda a franquia? Este texto tem o objetivo de nos trazer esta resposta!
Devil May Cry 5, lançado no dia 08 de Março de 2019, foi anunciado na E3 de 2018 durante a conferencia da Microsoft. A outra surpresa veio logo em seguida ao descobrirmos que o personagem principal seria o protagonista Nero, personagem apresentado em Devil May Cry 4 que não teve uma recepção tão boa pelos fãs, já que Dante sempre foi o personagem principal dos jogos DMC e possui bastante carisma.
A história do game, sem dar muitos spoilers, tem como foco a Qliphoth, uma árvore nascida a partir do mundo inferior e que se “alimenta” de sangue humano para crescer, assim chegando ao mundo superior onde aparece em Red Grave City, cidade onde se passa a história do game; os humanos que tem o sangue “sugado” pela árvore tem o seu corpo “transformado” em cascas, além da árvore liberar junto a ela vários monstros que atacam a cidade.
O protagonista Nero está agora junto de sua amiga Nico, personagem nova que o auxilia e dirige a Van que funciona como a “empresa” de Dante, a Devil May Cry. A empresa agora funciona de um jeito móvel, além dela ser responsável em trazer um novo braço no lugar da Devil Bringer para Nero, chamada de Devil Breaker. A Devil May Cry então tem a missão de descobrir do que essa árvore se trata e quem é a pessoa/monstro que arrancou seu braço demoníaco (cena que aparece no trailer de lançamento do game).
Uma das novidades, além de personagens novos, é que dessa vez o game traz um modo “multiplayer/co-op”, onde em algumas missões o jogador terá de escolher com qual personagem irá jogar (V, Nero ou Dante); independente da sua escolha, o jogo colocará outros jogadores para seguir com os outros personagens, porém, cada uma fazendo o caminho diferente, mas em alguns momentos os cenários de ambos poderão ser vistos e até mesmo jogados juntos contra inimigos ou até mesmo bosses, trazendo uma experiência bem divertida com uma pancadaria imensa.
Vamos conhecer um pouco mais dos personagens principais do game:
NERO
Logo de inicio percebemos que a personalidade de Nero foi modificada, enquanto no DMC 4 ele não passa de uma pessoa séria e até mesmo birrenta, a Capcom trouxe um Nero mais brincalhão, “zueiro” em certas situações, semelhante a Dante, porém ao mesmo tempo ainda com alguns resquícios de seriedade herdada de DMC 4.
NICO
A personagem nova, Nico, trabalha com Nero na “DMC móvel”. Ela tem um carisma grande, é engraçada, discute direto com Nero e tira onda, além de, ser uma grande amiga para ele, porém, além de dirigir a Van (que também funciona como “checkpoint” e lugar para comprar habilidades/combos novos), ela é a engenheira que faz as Devil Breakers, que são braços mecânicos, cada um deles apresentados durante o jogo; eles possuem habilidades e golpes novos, assim aumentando a quantidade de combos que Nero pode fazer. Nico é filha de Agnus, sim o cientista “maluco” e vilão em DMC 4 e também neta de Nell Goldstein, criador das famosas pistolas de Dante, a Ebony & Ivory. Nico não é jogável, é a suporte de Nero.
DANTE
Dante está com aparência mais velha, porém com o melhor visual já apresentado na franquia! Sua personalidade está semelhante com os DMC anteriores, porém aqui ele está um pouco mais “zueiro” do que de costume. Não há muito o que falar dele, já que é o personagem que traz o peso nas costas do nome Devil May Cry, é quase impossível pensar no título e não pensar em Dante. O filho de Sparda está na área novamente, porém mais “pauleiro” do que nunca.
V
V é outro novo personagem apresentado no game, além de ser um personagem misterioso, ou seja, qualquer coisa que se conte sobre ele, poderá estragar a experiência do jogador. Sobre sua personalidade, V passa um semblante de pessoa inteligente, frágil e até covarde em alguns momentos, mas não se engane.. V é um personagem forte e muito legal de se jogar. V é acompanhado por 3 “summons”.
TRISH E LADY
Trish e Lady estão novamente no game, porém só temos algumas cutscenes com elas. Ambas trabalham caçando monstros com Dante na Devil May Cry. Lady está mais carismática e continua linda, assim como Trish. Elas não são personagens jogáveis assim como Nico, apenas estão ali para complementar e trazer alguns informações sobre a história do game.
JOGABILIDADE
Durante o game poderemos controlar 3 personagens: Nero, V e Dante.
Nero: continua com golpes semelhantes aos apresentados em DMC 4, possui alguns golpes novos, mas a grande “estrela”/surpresa são as Devil Breakers. Elas são encarregadas de trazer uma nova jogabilidade, como combos e “poderes” especiais.
V: personagem novo e que traz um jeito de jogar diferente dos demais DMC. O jogador poderá sentir uma certa dificuldade e até mesmo uma “estranheza” no primeiro contato, V conta com 3 summons, e ele possui uma “bengala”/cajado. Não ataca diretamente como os demais personagens, porém é o responsável em finalizar os inimigos.
Os summons de V são:
Griffon: é um “pássaro”, que atua de forma semelhante às pistolas de Dante. Ele joga poderes de longe, como “espinhos”, raios e outros poderes. Ele também é responsável por fazer esquivas de V, fazer com que V enquanto usa o “pulo” duplo possa planar durante um certo curto período de tempo.
Sombra: é uma “pantera”, ela é o que ataca os inimigos diretamente, os movimentos dos golpes que o jogador terá que realizar para que Sombra faça tais golpes; é semelhante ao que fazemos com Nero/Dante.
Pesadelo: é um “golem” que é summonado quando V usa sua forma “Devil Trigger”, porém ele não é controlado por nós, mas podemos adquirir habilidades para subir em sua costas e realizar alguns golpes.
Dante: o arsenal de armas brancas e de fogo de Dante traz uma lista absurda de movimentos que podemos realizar no jogo, dando praticamente a sensação de conseguir fazer combos infinitos. Sua jogabilidade assim como a dos demais, está bem fluída e com combinações e efeitos incríveis. É o melhor personagem jogável, o seu aprendizado é fácil, porém ao mesmo tempo complexo quando queremos combinar muitos golpes com diversas armas, além de seu Devil Trigger que aumenta a velocidade/foça e alguns golpes novos, contando também com a possibilidade de mudar o estilo de luta de Dante durante o jogo (Swordmaster, Trickster, Gunslinger e Royalguard), como em DMC 4.
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
Afinal de contas, o que faz de Devil May Cry 5 um dos melhores de toda a franquia?!
Como experiência, após termos finalizado o game, temos a sensação de ter jogado o melhor DMC de toda a franquia! DMC 5 supera inclusive o 3º game, e era difícil acreditar que a Capcom conseguiria trazer um jogo tão bom quanto o icônico terceiro título. O game utiliza o mesmo motor gráfico que foi apresentado no novo Resident Evil 2, porém aparentemente mais bonito e muito mais polido, trazendo efeitos especiais que agradam a cada golpe, explosão ou efeitos de luz. O gameplay e o sistema de combos é simplesmente uma delícia e flui com incrível naturalidade, nos deixando com aquele gostinho de “quero fazer um combo maior no próximo combate”! A trilha sonora como sempre vem destacada e com energia, e a história em si é empolgante, prende o jogador muito bem; a cada episódio que passamos, sentimos a necessidade de continuar para saber o que irá vir no próximo capitulo, já que o game traz um ar de mistério sobre o vilão, a árvore e até mesmo sobre o novo personagem V.
Sem sombras de duvidas os últimos lançamentos da Capcom desde Resident Evil 7 vem mostrando que a empresa está vindo com tudo! Além do novo motor gráfico, as surpresas que a empresa vem mostrando nos dá de volta a sensação da antiga Capcom trabalhando, em uma época onde a empresa reinava quase absoluta no mundo dos jogos, onde ficávamos ansiosos por novidades. A Capcom está sendo considerada a melhor desenvolvedora do cenário gamer atual, em meio a tantos ótimos lançamentos que tivemos já e estamos tendo, além de estar sendo favorecida pelos tropeços de alguns jogos de outras empresas, que vêm decepcionando os consumidores, como Fallout 76 (Bethesda) e Anthem (Bioware – EA).
O game irá receber o famoso Bloody Palace como atualização gratuita, uma espécie de arena onde os jogadores poderão testar suas habilidades e até mesmo disputar ranks de pontuação contra demais jogadores. Com Devil May Cry 5, já foi dito que é o game que finaliza a história de Dante, o que faz entender que nos demais jogos, se saírem, teremos Nero assumindo o lugar de um dos protagonistas mais queridos no mundo dos jogos. Será que é isso mesmo que a Capcom quer? Será que é a última vez que veremos Dante? Realmente não sabemos, mas se a Capcom continuar acertando, assim como em seus últimos títulos lançados até o momento, podemos ter várias surpresas agradáveis e até mesmo ficar ansiosos com os planos futuros da empresa.
Devil May Cry 5 foi lançado no dia 08 de Março de 2019 e está disponível para as plataformas: PlayStation 4, Xbox One e Windows PC.
Fundador e Administrador do EvilHazard, mineiro, de BH e da Independência, advogado, oldschool gamer, uma criança Wesker e fanático por Resident Evil.