Em mais uma entrevista, os produtores de RE 2 Remake trouxeram novos detalhes sobre o jogo, que tem previsão para Janeiro de 2019. Além de confirmar informações fornecidas na entrevista anterior, dessa vez, ao falarem com o site de games VG24/7 apresentaram algumas novas informações, especialmente quanto à forma que as campanhas se influenciarão e o nível de dificuldade adotado.
Yoshiaki Hirabayashi começou confirmando o respeito que a equipe tem pelo material original, e salientando que houve muitas discussões e que levou muito tempo para decidirem sobre quais elementos deveriam ser mantidos/reformulados, a fim de manter a experiência do original. Uma dessas reformulações é o novo sistema de câmera do game.
Quando questionado se houve pressão por parte da equipe que desenvolveu o original (mesmo dos que não estão mais na Capcom), explicou que há dois dos membros antigos presentes no projeto. Um deles trabalhou no original, e o outro é um funcionário de longa data, envolvido em vários títulos da série. Todos dão sugestões, e às vezes é preciso se focar e ver o que funciona. Nas palavras de Hirabayashi, às vezes é preciso dizer “- Não, não, não, esse é o meu Resident Evil” (risos).
Quanto à eventos de uma campanha que afetam em outra, o diretor afirmou que terão sim, e com muito impacto. Para exemplificar ele citou as barricadas de madeira, vistas na demo. “Então sim, coisas que você faz no início, como as janelas, terão um grande impacto adiante”.
O entrevistador compara esse jogo a RE 7, perguntando se também trará a curva de começar desprovido de recursos e terminar se sentindo confiante e bem preparado. Hirabayashi explica que a série Resident Evil é sobre enfrentar medos, e ter a satisfação de superar obstáculos. Em RE2 também nos sentiremos assim, mas a equipe trabalha para sempre deixar o jogador tenso; nunca se sentindo “completamente à salvo”.
Ainda sobre dificuldade, o site lembra que nos anos 90 os jogos eram mais difíceis, e questiona como manter a dificuldade e atrair o público atual. Ele então explica que na dificuldade padrão, o jogo se ajustará à performance do jogador de forma dinâmica (como em RE4). Portanto, se o jogador for muito bem, o jogo vai se tornar mais difícil. Porém, terão dificuldades mais baixas, com assistência aos jogadores que preferem apenas apreciar a jornada.
Já Tsuyoshi Kanda complementa a resposta sobre dificuldade, dizendo que haverá um número limitado de Ink Ribbons nas dificuldades maiores, para aqueles que procuram um desafio maior.
Kanda também foi perguntado sobre os sons do game, pois embora o RE2 tivesse uma trilha muito marcante, ao longo dos anos a série trabalhou com o áudio de diferentes formas. Ele então explica que RE7 por ser em primeira pessoa deram prioridade ao áudio ambiente. Já em RE 2, as técnicas serão um pouco diferentes. O grande foco é o combate aos zumbis, e a trilha sonora intensificará isso. Ele ressalta que o compositor será Shusaku Uchiyama, o mesmo que trabalhou há 20 anos na trilha original. Portanto, basicamente permanecerá a visão dele.
Por fim, ele também foi questionado sobre se a equipe buscou alguma inspiração em RE 1.5 que pudesse ser usada. E a resposta foi “Simplesmente não”, pois se focaram em fazer jus ao jogo que realmente foi lançado (RE2). Exatamente por isso, tiveram a ideia de trazer apenas a roupa de Elza como um conteúdo DLC. E termina brincando “- Então, por favor comprem a edição digital Deluxe”.
Apesar de Tsuyoshi Kanda negar o RE 1.5 como inspiração para o atual, o EvilHazard fez um artigo mostrando as (diversas) similaridades do projeto atual com conceitos vistos na versão. Dê uma conferida. Resident Evil 2 tem previsão para o próximo 25 de Janeiro, e sairá para PlayStation 4, Xbox One e PC.
Redator do EvilHazard, paulista, administrador, viciado em jogos de aventura e cultura nerd, com uma queda pelo mundo do Survivor Horror
