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[CapcomSpace] Kunitsu-Gami: Path of the Goddess – Uma Nostálgica e Agradável Surpresa no Estilo Tower Defense (Análise)

A Capcom surpreendeu com o lançamento de Kunitsu-Gami: Path of the Goddess, ao seguir uma direção diferente da sua estratégia recente e da de outros estúdios. Em vez de apostar em sucessos garantidos, como remakes de jogos clássicos ou continuar investindo em franquias consolidadas como Monster Hunter, a Capcom arriscou em algo novo, optando por não seguir o caminho mais seguro. Uma escolha ousada que acabou se mostrando acertada.

Esta análise foi escrita graças ao fornecimento a nós do EvilHazard do código do jogo (PlayStation), através da Capcom/Theogames, a quem deixamos nossos mais sinceros agradecimentos!


Embora os fãs de Onimusha e Dino Crisis ainda precisem esperar um pouco mais, Kunitsu-Gami traz algumas semelhanças com Onimusha, especialmente nas criaturas demoníacas do folclore japonês. No entanto, o verdadeiro diferencial do jogo está na combinação inovadora de mecânicas de defesa de torres com hack ‘n slash, tornando-se algo como um hack ‘n slash estratégico.

Ao invés de seguir o formato de fases tradicionais, Kunitsu-Gami lança o jogador em campos de batalha menores, repletos de caminhos ocultos e áreas secretas, onde a estratégia de sobrevivência deve ser cuidadosamente planejada.

História e Cenário

Kunitsu-Gami nos transporta ao Monte Kafuku, um lugar assolado por demônios e lodo sombrio, em uma narrativa simples e direta, mas envolvente. Yoshiro, uma donzela com poderes místicos, precisa purificar a montanha, enquanto você, no papel de Soh, é um guerreiro encarregado de guiá-la e protegê-la durante esse processo de purificação. Apesar de não ser uma história grandiosa, ela não deixa a desejar. Os cenários reforçam essa tragédia local, mostrando vilarejos destruídos e paisagens sombrias que complementam a narrativa e dão um toque nostálgico, remetendo aos clássicos da Capcom no PlayStation 2 dos anos 2000.

Os cenários devastados complementam perfeitamente a narrativa, destacando a tragédia local e enriquecendo a história do jogo. Cada local que você explora é visualmente bem detalhado, construído com a RE Engine, a mesma utilizada em Resident Evil 4 Remake, o que justifica a beleza do mundo construído para o jogo. As vilas destruídas, os lagos cobertos de gosma e a sensação de um mundo à beira do colapso adicionam um peso emocional à jornada, mesmo com o foco principal sendo a ação.

Jogabilidade: Mescla de defesa de torre e combate hack ‘n’ slash

Kunitsu-Gami oferece uma mistura interessante de defesa de torre e combate hack ‘n’ slash. A estrutura do jogo é dividida em áreas, onde você enfrenta missões de defesa e, em seguida, lutas contra chefes. Durante as fases de defesa, Yoshiro deve se mover lentamente até um portal Torii, onde realizará o ritual de purificação, enquanto você deve protegê-la dos demônios que emergem à noite. Essa dinâmica adiciona um elemento tático interessante, já que você precisa gerenciar o tempo de coleta de recursos e preparação de defesas durante o dia, antes da chegada dos inimigos ao anoitecer. Isso lembra bastante o anime Demon Slayer, especialmente nas partes em que você precisa proteger a vila, evocando uma sensação crescente de urgência e responsabilidade.

As missões de defesa são relativamente simples: você precisa reunir orbes purificadoras, que são usadas para libertar habitantes locais do “gloop” (Maldição) e transformá-los em aliados que podem ajudá-lo na defesa. No entanto, há uma certa frustração em ver que esses aliados, embora tenham funções específicas (como arqueiros para ataques aéreos e guerreiros de corpo a corpo), muitas vezes não executam suas tarefas com a eficiência que você espera, exigindo que nós, como Soh, participemos ativamente do combate. Aqui entra um ponto de crítica: o jogo parece não abraçar totalmente o conceito de defesa de torre tradicional, onde a satisfação vem de observar suas defesas funcionando por conta própria. Em vez disso, você acaba assumindo o papel de um micro gerenciador, constantemente limpando a bagunça deixada pelos aliados.

Apesar disso, há um certo prazer em melhorar suas habilidades e as de seus aliados. Soh pode realizar golpes especiais, disparar flechas e usar movimentos finais devastadores e muito bonitos para eliminar os inimigos mais fortes. No entanto, o loop de gameplay pode se tornar repetitivo com o tempo, já que a rotina de coletar orbes, recrutar minions e defender Yoshiro tende a se repetir de forma cansativa.

Chefes e Inimigos

Os chefes são um dos pontos altos do jogo, oferecendo batalhas desafiadoras e com design visual único e intimidador. Você enfrentará demônios grotescos, como centopeias gigantes e estátuas de budas possuídas que usam rosários como soqueiras. As primeiras lutas podem parecer repetitivas, mas conforme o jogo avança, os confrontos se tornam mais complexos, exigindo que você divida seu foco entre atacar o chefe e ajudar Yoshiro em sua missão.

Além disso, ao derrotar chefes, você desbloqueia novos tipos de aliados, como xamãs que curam, guerreiros de lança que varrem grandes áreas e ascetas que criam zonas de desaceleração para os inimigos. No entanto, mesmo com essa variedade, as melhorias para esses aliados são um tanto quanto limitadas,, sem grandes mudanças que tragam um impacto significativo na jogabilidade. A dificuldade é equilibrada, não muito fácil, mas também não tão difícil. Este Redator zerou na dificuldade padrão e teve uma experiência extremamente satisfatória.

Progressão

A necessidade constante de micro gerenciamento é talvez o aspecto mais polarizador de Kunitsu-Gami. O ciclo de coletar orbes, recrutar minions (NPC’s Aliados) e defender Yoshiro, embora envolvente no início, pode se tornar repetitivo. Após completar as missões de defesa e derrotar os chefes, você também terá que reparar áreas anteriormente devastadas para transformá-las em bases que geram recursos. No entanto, essa tarefa se torna rapidamente um exercício mecânico e sem muita recompensa emocional ou narrativa, já que a interação com os NPCs e o mundo não é tão profunda quanto poderia ser.

Design e Trilha Sonora

O design visual é um espetáculo à parte, com ambientes ricos em detalhes e uma direção de arte que mescla tradições japonesas com elementos sobrenaturais. A sensação de um mundo devastado é palpável em cada canto do Monte Kafuku, e isso complementa perfeitamente a história de destruição e redenção que você está tentando alcançar. As paisagens arruinadas e os pequenos detalhes nos cenários fazem o jogador se sentir realmente dentro de um local que precisa ser purificado.

E não podemos deixar de mencionar a trilha sonora, que é simplesmente maravilhosa. As músicas épicas elevam a experiência do jogador, seja durante a exploração ou nas intensas batalhas contra chefes. A trilha sonora consegue transmitir perfeitamente a tensão e a grandiosidade dos momentos mais importantes, tornando a jogabilidade ainda mais imersiva.

Trailer de jogabilidade:

No geral, Kunitsu-Gami: Path Of The Goddess é um jogo com uma pegada nostálgica, mas ao mesmo tempo inovador em sua proposta híbrida. A combinação entre os estilos de jogo e a estética visual proporcionam uma experiência cativante, que mesmo com alguns momentos repetitivos, brilha em sua execução.

Kunitsu-Gami: Path of the Goddess já está disponível! Os jogadores podem acessar o jogo no Xbox Game Pass, Xbox Series X|S, Xbox One, Windows, PlayStation 5, PlayStation 4 e Steam. Basta entrar nas respectivas lojas digitais para adquirir o jogo. Se fôssemos atribuir uma nota ao jogo, esta seria 4,5/5.

Esta análise foi escrita graças ao fornecimento a nós do EvilHazard do código do jogo (PlayStation), através da Capcom/Theogames, a quem deixamos nossos mais sinceros agradecimentos!

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