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Conheça a perturbadora história do serial killer que inspirou o novo jogo da Supermassive, The Devil In Me

A antologia Dark Pictures, da Supermassive Games, tem apostado em uma interessante mistura entre filmes, casos e lendas para criar interessantes histórias de sobrevivência! Em 2021, tivemos House of Ashes, um jogo muito focado em filmes como Predador e Abismo do Medo que aproveitam uma ambientação na guerra; já o lançamento de 2022, The Devil in Me, promete uma abordagem mais próxima dos filmes estilo Jogos Mortais, com o adicional de estar implementando uma história ambientada em uma réplica da casa dos assassinatos do primeiro serial killer dos EUA, H.H Holmes.

Neste artigo, vamos explorar um pouco a figura de H.H Holmes, que se tornou um dos mais conhecidos assassinos da história, e o que foi a infame residência que ele tornou em cenário para seus crimes.

H. H. Holmes's mugshot (1895)

H.H. Holmes, apelido de Herman Mudgett (nascido em 16 de maio de 1861, Gilmanton, New Hampshire, EUA – falecido em 7 de maio de 1896, Filadélfia, Pensilvânia), é uma figura envolta em mistérios e incertezas, dada a sua própria natureza ardilosa.

Sabe-se que, em sua infância, Herman foi criado em um lar bastante rico e já era considerado muito inteligente e isso o tornava alvo de agressores e práticas de bullying, contribuindo para seu comportamento recluso. A inteligência do jovem Herman era vista principalmente em seu talento na dissecação de corpos de animais ainda na infância, habilidade que escalou a tal ponto que ele desenvolveu uma obsessão com a morte, de modo que durante seu período na faculdade de medicina de Michigan, ele fazia contatos com médicos simpáticos à dissecação humana e também utilizava corpos do necrotério da universidade para aplicar complexos golpes com métodos macabros, como por exemplo redigir apólices de seguro de vida falsas em nome dos falecidos; após isso, ele removia os corpos e os queimava ou desfigurava e plantava os mesmos em locais aleatórios para parecer uma morte recente e quando fossem descobertos, ele recebesse o dinheiro como beneficiário.

Ao se formar em medicina, Herman mudou seu nome para ”Dr. H.H Holmes” e foi trabalhar como farmacêutico em Chicago. O homem possuía uma personalidade atraente e charmosa, sempre andando bem vestido e ocultando com maestria seu lado perverso para o mundo. Era justamente esse exterior convidativo e sedutor que fazia com que Holmes conseguisse se aproximar das pessoas e induzi-las. Ele também teve inúmeros envolvimentos com mulheres, alguns até simultâneos.

E quanto ao tal castelo dos assassinatos que deu fama ao cruel assassino? A história por trás do castelo é envolta em incertezas, sensacionalismo de tablóides e lendas, sendo difícil separar fato de ficção, entretanto, tudo começa enquanto Holmes trabalhava em uma farmácia e o dono veio a falecer, deixando as responsabilidades para sua esposa. A viúva foi persuadida por  Holmes para vender a propriedade para ele, o que ela prontamente negou e veio a desaparecer em seguida com a história contada por ele de que ela teria “se mudado para Califórnia”. Após tomar a farmácia para si, ele comprou um terreno vazio do outro lado da rua e começou a construir um hotel de três andares que a vizinhança apelidou de ”O Castelo”.

Durante 1889, o ano de início da construção, Holmes contratava e demitia diversas equipes de construção no meio do serviço para que ninguém tivesse uma ideia clara do que ele estava fazendo, que era um prédio especial projetado para cometer assassinatos. A construção, de acordo com os relatos que intercalam entre lenda e realidade, era composta de portas que não levavam a lugar nenhum, alçapões, salas a prova de som, quartos com tubos de gás que serviam para asfixiar as vítimas quando Holmes desejasse e tubulações debaixo do assoalho que serviam para enviar os corpos para o porão do prédio, o qual era o ‘laboratório’ pessoal do assassino, onde ele dissecava e desmembrava corpos para vender os esqueletos para faculdades.

O castelo

O prédio em si continha lojas no primeiro piso e vários quartos para hóspedes nos outros dois, além do escritório de Holmes. A construção não tinha uma aparência convidativa mas as vítimas entravam por vontade própria, geralmente eram mulheres que ele contratava como estenógrafas e viúvas com quem ele se envolvia para se apossar de suas economias. Ele sempre fazia seus funcionários, hóspedes e amantes assinarem apólices de seguro de vida listando-o como beneficiário, resultando em diversos desaparecimentos.

Holmes aproveitou-se bastante da feira mundial celebrando os 400 anos da descoberta da América que ocorreu de maio à outubro no ano de 1893 em Chicago para atrair muitos hóspedes e consequentemente vítimas, especialmente mulheres. Quando a feira acabou, no entanto, a economia de Chicago entrou em queda e ele abandonou o castelo para sair cometendo fraudes (e alguns assassinatos) pelos Estados Unidos com seu cúmplice Benjamin Pitezel; em uma dessas fraudes ele chegou a ser preso por um breve período de tempo após ser pego tentando vender cavalos roubados em Missouri.

Nesse tempo em cárcere, ele conhece Marion Hedgepeth, um outro golpista condenado e os dois armaram um novo golpe de seguro de vida, em que Holmes solicitaria uma apólice de $10.000 de seguro, falsificaria sua própria morte e proveria $500 para Hedgepeth ajuda-lo com um advogado em caso de problemas com o plano. Ao sair da cadeia, Holmes tentou praticar o golpe, a  questão é que a empresa de seguro ficou desconfiada e não pagou o dinheiro, o que fez com que Hedgepeth, ao não ser pago, delatasse o plano à polícia e forçasse Holmes a tentar o mesmo golpe agora na Filadélfia com Ben Pitezel.

Benjamin Pitezel
Benjamin Pitezel

Holmes e Pitezel conseguiram um seguro de vida de $10.000 em nome de Pitezel, o golpe seria fazer o homem se passar por um inventor chamado B.F Perry que morreu numa explosão de laboratório, eles iriam inclusive roubar e usar um cadáver desfigurado para fazer o papel de Pitezel. No entanto o plano tomou um rumo mais trágico quando Pitezel foi assassinado de verdade por Holmes, que ateou fogo no companheiro e administrou clorofórmio no cadáver para fazer parecer suicídio em caso de investigação da polícia.

Holmes assassinou três dos filhos de Pitezel com medo de que eles fossem às autoridades, pois a família do homem estava ciente de suas atividades ilegais e suspeitariam do envolvimento de Holmes no desaparecimento. Ele finalmente foi preso pela segunda vez após ser rastreado pela notória agência de detetives Pinkerton, que vinham atrás de Holmes após suspeitas sobre seus esquemas de seguro de vida e ele foi preso novamente.

A polícia supostamente havia encontrado duas vítimas que Holmes fez entre 1891 e 1895 e suas buscas levaram à Chicago em seu castelo, onde muitos restos de cadáveres decompostos foram encontrados pelos oficiais. Nos tribunais, Holmes contava muitas histórias de que estava possuído pelo diabo e em outros momentos ele mesmo alegava inocência ou afirmava ter matado pessoas que estavam vivas no momento em que ele era julgado. Em outubro de 1895, H.H Holmes foi julgado e condenado à forca pelo assassinato de Benjamin Pitezel, apesar de não se saber o número exato de pessoas que ele matou. O assassino já chegou a confessar 28 assassinatos que não se tem certeza devido a quantidade de falácias que ele contava, além das limitações da polícia na época.

Execution of H. H. Holmes (Moyamensing Prison 1896)
A execução de H.H Holmes

Em 7 de maio de 1896, H.H Holmes foi executado na forca, porém diz-se que ele não morreu imediatamente e ficou se retorcendo com o pescoço quebrado por 20 minutos até morrer. Em sequência à sua morte, o castelo dos assassinatos se tornou alvo de história de assombração, com uma das mais famosas histórias sendo a do zelador do local, Patrick Quinlan, que cometeu suicídio com estricnina após estar, de acordo com a família, sendo atormentado com alucinações. Ele deixou uma nota de suicídio em que se lia ”Eu não consigo dormir”.

Manchete sobre a morte do zelador e as ‘assombrações’ do castelo

A história de H.H Holmes e seu castelo, com seus elementos hiperbólicos e realistas, macabros e confusos, certamente é digna de um game da antologia Dark Pictures; os mistérios que envolvem essa construção e seu criador louco, com certeza serão explorados de forma muito interessante pela Supermassive.

The Devil in Me será lançado em 18 de novembro para PS4, PS5, Xbox Series, Xbox One e Windows! Leia abaixo a sinopse do game:

”Um grupo de documentaristas recebe uma ligação misteriosa os convidando para visitar uma réplica do “Castelo da Morte” de H. H. Holmes, o assassino em série. Mas ao chegarem lá, logo descobrem que estão sendo observados e até manipulados, e de repente, há muito mais em jogo que a audiência..”

E você Partner? O que achou do artigo? Vai jogar The Devil in Me? Não esqueça de comentar e compartilhar!

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