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Episódio 6 de The Last of Us (HBO) eleva nível da série e provoca “turbilhão de sentimentos”! (Análise)

Magnífica. Esta é a palavra que descreve perfeitamente a série The Last Of Us da HBO Max. A adaptação, até agora com 6 episódios, demonstra um nível de competência incrível em serviço, mantendo-se equilibrada perfeitamente na linha tênue que há entre o jogo, obra original, e série.

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O episódio 6, lançado no domingo (19/02) possui 58 minutos de duração e narra o arco completo de Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) se encontrando com Tommy (Gabriel Luna), irmão mais novo de Joel, e Maria (Rutina Wesley), sua mulher; além de mostrar brevemente a passagem da dupla de protagonistas pela universidade dos vaga-lumes.

Os episódios da série seguem um padrão interessante e peculiar, que se resume em um episódio ser melhor que o seu anterior. Este Episódio 6 é uma continuação direta dos acontecimentos de “Resistir e Sobreviver”, e acompanhamos a jornada da dupla antes, durante e depois de Jackson, a cidade murada de Tommy. A sexta peça do quebra-cabeça artístico mantém o exemplo de suas peças anteriores e continua alimentando tanto os telespectadores quanto a sua história com detalhes extremamente ricos do passado de seus personagens. Um dos momentos mais notórios é Ellie comentando com Joel sobre a sua admiração exorbitante pelo espaço e astronautas, um fato que também é citado em ambos os jogos; e, já que The Last Of Us Parte II é um deles, é válido ressaltar que a ambientação de Jackson teve uma forte inspiração na cidade do segundo jogo. Os conhecedores de longa data da franquia da Naughty Dog, inclusive, conseguem notar detalhes sutis da segunda parte ao longo do episódio.

Devido à liberdade de adaptação de Craig Mazin e Neik Druckmann, muitas mudanças foram feitas no decorrer da passagem de Jackson, mas não houve nenhuma alteração na história em si, que, por sua vez, segue um ritmo fluido e natural. No 1° jogo, conseguimos ver Jackson apenas de longe em cutscenes específicas, pois Joel e Ellie encontram Tommy e Maria em uma usina hidrelétrica nos arredores da cidade; usina essa que Tommy e seus homens estão trabalhando para reativarem suas turbinas. A personagem Maria, mulher de Tommy, também teve mudanças em sua aparência. Na obra original, ela é uma mulher branca de cabelos loiros. Já na série, é negra com cabelos de cor semelhante, porém Rutina Wesley, atriz que interpretou a personagem, conseguiu nos transmitir a essência original de Maria mesmo com a mudança brusca em seu visual, uma mulher séria e acolhedora. Tommy, interpretado por Gabriel Luna, recebeu alterações, mas apenas em sua história no universo da série, onde o mesmo anuncia para seu irmão mais velho que será pai, e esta singela mudança foi o suficiente para desencadear uma avalanche de emoções, pois faz uma ligação indireta com Joel e Sarah, sua falecida filha.

O Episódio 6 também pode ser chamado de “turbilhão de sentimentos” por trabalhar de maneira muito eficaz com cenas e diálogos impactantes entre os personagens – alguns deles sendo 100% fiéis aos do jogo. Mazin e Druckmann continuam fazendo questão de, além de nos aproximar deles, nos mostrar que os personagens da obra, apesar de serem matadores e sobreviventes experientes, também são humanos. Na série, temos uma versão de Joel entregada por Pedro Pascal que supera todas as expectativas. Vemos um Joel preocupado, com medo e inseguro quanto ao seu futuro com Ellie, e para a surpresa de muitos, presenciamos ele se entregando às lágrimas de aflição durante o episódio. Bella Ramsey também nos entrega a sua incrível performance de Ellie, onde demonstra para os telespectadores o amadurecimento irrefreável da relação entre Joel e ela e o apego à sua “figura paterna”.

Resumidamente, o sexto episódio de The Last Of Us da HBO Max conseguiu mais uma vez nos mostrar, em uma aproximação assustadora, mais um pouco da incrível história do primeiro jogo enquanto lança uma carga sentimental pesada naqueles que a assistem, chegando ao ponto de conseguir levar uma boa parcela dos telespectadores aos olhos marejados. Para os muitos elementos que compõem a série, como roteiro, direção, atuação, figurino, entre outros, 10 seria um desrespeito total à obra, pois são merecedores de uma nota muito maior. Os cenários, fotografia e trilha sonora, no entanto, merecem um destacamento superior no episódio graças ao ambiente montanhoso e nevado casando perfeitamente com o ângulo das câmeras ao som de Gustavo Santaolalla, compositor principal da série e de ambos os jogos. A dublagem brasileira segue no seu ritmo impecável. Clécio Souto e Mabel Cézar, vozes de Tommy e Maria, respectivamente, dão o toque essencial e característico a Jackson junto da aula de interpretação de Luiz Carlos Persy e Luíza Caspary, Joel e Ellie.

Abaixo, confira o teaser do Episódio 7:

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