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EvilFiles | Evil Dead: The Game (Análise)

Com menos de dois meses da chegada do mais novo filme da franquia Evil Dead aos cinemas, nossa equipe recebeu da Saber Interactive (a quem agradecemos imensamente!) um código de acesso ao jogo Evil Dead: The Game. Nos já assistimos ao filme e aproveitamos a empolgação para analisar e conferir como está o jogo lançado em maio de 2022 nos dias atuais.

Contextualizando, Evil Dead é uma franquia de filmes de horror trash e de humor pastelão, criada por Sam Raimi, teve sua estreia em 1981 e trazia uma combinação de horror, comédia, bastante gore e cenas bizarras, algo que não era nada convencional para a época, mas que garantiu que a franquia se expandisse para vários formatos, como videogames, quadrinhos, séries de TV e até um musical. Conquistando cada vez mais fãs ao longo dos anos, Evil Dead se consagrou como uma das franquias de terror mais icônicas e influentes da cultura pop por mais de 40 anos.

O primeiro filme acompanha o protagonista Ash Willians, interpretado por Bruce Campbell, e seu grupo de amigos que vão para uma cabana isolada na floresta, onde encontram um livro antigo chamado “Necronomicon Ex-Mortis” (Livro dos Mortos). Ao abrirem o livro e lerem algumas passagens, eles despertam sem querer forças demoníacas que começam a possuir e matar um por um das formas mais bizarras e sangrentas possíveis.

O sucesso do primeiro filme garantiu a Sam Raimi e Bruce Campbell (Ash Willians) a sequência “Evil Dead II” em 1987, que foi uma espécie de reboot. Evil Dead II aumentou ainda mais dose de comédia e exagero, o que o definiu como um clássico cult do gênero. O terceiro filme da franquia é “Evil Dead: Army of Darkness” (1992), que continua a história de Ash exatamente de onde o segundo filme parou, após ele ser levado por um portal para a Idade Média onde ele deve lutar contra um exército de demônios mortos-vivos. O filme mistura elementos de aventura e fantasia e define de vez a personalidade de Ash, abraçando de vez o humor trash característico da série. Em 2013, foi lançado um remake do primeiro filme, intitulado “Evil Dead” (A Morte do Demônio). O filme não é uma continuação direta da trilogia original, mas o remake mantém a premissa básica de jovens lutando contra forças demoníacas em uma cabana isolada na floresta. O filme eleva de vez o gore e cenas bizarras, que causam um certo desconforto a quem assiste ao mesmo tempo que te mantém vidrado sem conseguir tirar o olho da tela. Em 20 de maio de 2022 estreio nos cinemas o mais novo filme da franquia, Evil Dead Rise (A Morte do Demônio: A Ascensão), onde uma tia e seus sobrinhos se encontram em uma luta por suas vidas quando um livro antigo dá à luz demônios sedentos por sangue que possuíram seus parentes, amigos e vizinhos. Eles se tornam cada vez mais agressivos em um prédio em Los Angeles.

Além dos filmes, a franquia ganhou uma série de TV intitulada “Ash vs Evil Dead”, que estreou em 2015 na Netflix. A série continua a história de Ash Williams e seu senso de humor peculiar enquanto luta contra as forças do mal ao lado de novos companheiros. É interessante mencionar um pouco da história da franquia no cinema e TV, pois o jogo Evil Dead: The Game traz com excelência diversas referências e menções aos filmes. Os cenários estão deliciosamente fiéis e detalhados, o que causa bastante nostalgia e traz um ar de familiaridade para os fãs da franquia.

Evil Dead: The Game – Como o jogo funciona?

Evil Dead: The Game é um jogo de survival horror de multiplayer assimétrico desenvolvido pela Saber Interactive e publicado pela Boss Team Games. O jogo foi lançado em 2022 para várias plataformas, como PC e consoles. O gênero de multiplayer assimétrico tem ganhado muita força nos últimos anos, com jogos como Friday the 13TH, Dead By Daylight e até mesmo Resident Evil Resistence. O gênero consiste em separar um grupo de jogadores em partidas disputadas, onde um jogador controla um personagem poderoso ou vilão, enquanto os outros jogadores assumem os papeis de sobreviventes e precisam colaborar para sobreviver. Os grupos têm mecânicas de gameplay e objetivos diferentes, o que cria uma frequente tensão e sensação de urgência durante as partidas, além de fazer com que cada jogatina seja uma experiência diferente.

As partidas no modo assimétrico têm duração de 30 minutos e durante esse tempo é importante explorar bem o mapa, planejar estratégias e se deslocar com cautela para encontrar caixas de suprimentos que estão espalhados pelo mapa em um estilo bem battle royale, com baús classificados como comuns, raros, épicos e lendários. A raridade dos itens depende da classificação de cada baú e ao abri-los é possível adquirir algumas garrafas chamadas T-Rosa, que podem ser utilizadas para aprimorar as habilidades dos sobreviventes.

A exploração é bem necessária durante as rodadas, os sobreviventes possuem lanternas que podem ser usadas para explorar lugares escuros e revelar itens escondidos, porém deve ser usada com cautela pois possui bateria limitada. A exploração garante itens de cura, amuletos de proteção, fósforos, armas brancas ou de fogo e os itens de objetivo. Jogando como sobrevivente é preciso encontrar três partes de um mapa que quando juntos darão a localização das páginas perdidas do “Necronomicon Ex-Mortis” (Livro dos Mortos), e da adaga Kandariana, esses itens são usados para derrotar os sombrios e garantir a vitória na partida. Mas não pense que será uma tarefa fácil, o jogo traz mecânicas bem interessantes e que se encaixam perfeitamente com o que já foi apresentado na franquia. É possível se esquivar dos ataques inimigos, porém conforme você é atacado ou cai em armadilhas de susto, um medidor de medo vai sendo preenchido, até mesmo andar sozinho pelo mapa causa essa penalidade, aliás cuidado ao andar pelo mapa, pois o jogo está repleto de jump scares. Quando o medidor de medo estiver cheio o seu personagem é penalizado em alguns atributos, fica destacado para o vilão e mais suscetível a possessões, podendo ser controlado pelo jogador vilão por um curto período e usado para atacar os outros jogadores. Pelo mapa estão espalhados pontos que podem ser acesos caso você possua fósforos, a luz ajuda a diminuir a barra de medo e evitar que o vilão utilize técnicas mais poderosas.
Quando você upa os personagens é necessário subir o level deles na árvore de habilidade, cada personagem tem opções distintas e o game faz você querer progredir com cada um.

No jogo quando você é derrubado é possível ser revivido por um colega de equipe, porém é possível ser morto permanentemente no final da partida após banir os sombrios com a adaga kandariana, nessa parte final é preciso proteger o Livro dos ataques dos demônios, então é preciso atenção para não morrer permanentemente e prejudicar a equipe, o que deixa tudo bem frenético e tenso.

Evil Dead: The Game literalmente é uma celebração da franquia e está bem claro o fan service, vários elementos icônicos dos filmes e séries estão presentes, bem como personagens já conhecidos. As partidas possuem momentos bem exagerados e cômicos no melhor estilo da série, e claro, com bastante gore. Não podemos deixar de mencionar a sua fidelidade ao terror. Por mais que a franquia faça parte de um gênero Trash, a sensação de ameaça é constante e o jogo tem bons jump scares.

Diferente de Friday the 13th e Dead by Daylight, em que os sobreviventes são mais vulneráveis, em Evil Dead: The Game você pode atacar os inimigos utilizando armas de fogo e executando ataques brutais neles com armas brancas, uma proposta bem semelhante a de Resident Evil Resistence. Aliás, as finalizações do jogo são um espetáculo à parte, você sente o peso e a violência de cada ataque e a variedade armas e de animações de execução tornam tudo ainda mais interessante e divertido. O jogo também se diferencia por seus mapas gigantescos, onde para se deslocar pelo ambiente será necessário utilizar carros que ficam espalhados pela mapa.

Jogando como Sobrevivente

Existem vários personagens selecionáveis no game, os jogadores poderão assumir o papel de Ash Williams (Bruce Campbell), e de outros personagens já conhecidos da franquia, como Kelly Maxwell e Scotty. Cada personagem possui habilidades distintas, que ajudam a sobreviver durante as partidas e maestrias que são liberadas de acordo com a evolução no game. Jogando como sobreviventes existem quatro classes para escolher.

Lider

Possuem auras que melhoram seus atributos e os de seus companheiros. Também são mais resistentes contra o medo.

Guerreiros

Os personagens dessa classe possuem mais vida e causam mais dano corpo a corpo.

Caçadores

Causam mais dano com armas de longo alcance, carregam mais munição e recuperam vigor mais rapidamente.

Suporte

Os personagens de suporte começam com um Shemp (Refrigerante de cura), e um amuleto de proteção. Eles podem carregar mais desses itens do que as outras classes. Ao usarem o Shemp ou amuleto, personagens que estiverem próximos de sua aura ganham efeitos positivos.

Jogando como Demônio Kandariano

Ao jogar como vilão, o objetivo é impedir que os jogadores adversários consigam reunir todos os itens de objetivo dentro do tempo da partida, caso consigam será necessário destruir o livro dos mortos antes que eles exorcizem o vilão.

Existem vários métodos de atrapalhar e derrubar os sobreviventes, que podem ser feitos utilizando as ações especiais de cada demônio. O gameplay dos Demônios Kandarianos é bem similar ao gameplay de vilão de Resident Evil Resistence, o player vai ficando mais forte conforme a partida avança. Cada demônio possui um leque de habilidades que quando executadas tem um custo que é descontado de uma barra de pontuação, para preencher essa barra e garantir o uso das habilidades é preciso coletar orbes vermelhas de energia infernal que estão espalhadas pelo mapa. Como já mencionado, é possível possuir sobreviventes e Deadites (inimigos padrões do jogo) mas não apenas seres vivos, alguns objetos também podem ser possuídos, como por exemplo carros e árvores. A possessão não serve apenas para fazer um jogador atacar os outros sobreviventes, a possessão também pode ser utilizada para realizar várias estratégias, como gastar munição dos sobreviventes, levar mais longe do objetivo ou deixá-los próximo de uma armadilha sua, mas para realizar a possessão é necessário acumular energia infernal suficiente, e sejamos sinceros… trollar os inimigos é sempre mais divertido.

Também é possível armar portais em locais estratégicos para invocar lacaios, os poderes e números de lacaios depende dos aprimoramentos feitos na partida. Para aprimorar as habilidades dos demônios existe um contador nível de ameaça, que quanto maior, mais rápido aumenta o nível de medo dos sobreviventes. O nível de ameaça vai aumentando de acordo com as ações executadas pelo jogador, como possessão, coletar orbes de energia infernais, fazer com que os sobreviventes caiam em armadilhas, causar dano aos sobreviventes, posicionar portais, armadilhas de susto e invocar chefes. Esse contador garante pontos de habilidade que devem ser usados para aprimorar as habilidades do vilão.

Jogando como Demônio Kandariano existem cinco classes para escolher:

Ardiloso

Marca sobreviventes que acionam as armadilhas dele, aumentando o dano sofrido e o nível de medo. Ele pode colocar armadilhas de susto em qualquer lugar do mapa.

Praguejador

Pode infectar os sobreviventes causando sangramento prolongado e aumentando a energia infernal do próprio praguejador.

Lorde de guerra

Fortalece as unidades malignas ao seu redor, aumentando o dano que causam e reduzindo o dano que recebem.

Marionetista

Mestre da possessão, capaz de aumentar o nível de ameaça de quem possui contra os sobreviventes.

Necromante

Invoca um inimigo especial chamado esqueleto flautista, que não ataca e nem se defende mais melhora os atributos de ataque defesa das tropas malignas ouvirem sua flauta.

Missões single player

Evil Dead: The Game infelizmente não possui modo história, o que pode ser bem frustrante para alguns, mas apresenta algumas missões single player que servem pra liberar alguns personagens e ajudam conhecer um pouco melhor o mapa do modo multiplayer. As missões em sua maioria são bem divertidas e remontam momentos conhecidos dos filmes e séries, o que é bem nostálgico, porém são bem curtas, o que gera uma sensação de que está faltando algo. No modo single player fica bem explicito o belo trabalho sonoro que foi realizado no jogo, o que já é muito bom no modo multiplayer consegue se destacar neste pequeno modo single player devido a adição de algumas trilhas sonoras marcantes.

Modo Torneio Sangrento – Splatter Royale

Evil Dead: The Game recebeu uma atualização gratuita no dia 02 de fevereiro de 2023, que coloca até 40 jogadores em uma disputa sangrenta pra decidir quem vai ser o último sobrevivente. Existe uma grande variedade de personagens para escolha, cada jogador pode selecionar dentre versões possuídas dos sobreviventes e os demônios existentes no game, incluindo DLC’s que foram adquiridas. O modo é simples e utiliza a fórmula já estabelecida dos battle royales, porém a dificuldade de encontrar players deixa o modo pouco interessante e cansativo. Algumas partidas foram iniciadas com a quantidade mínima permitida de 10 jogadores, isso em um mapa consideravelmente grande, o que causou uma sensação de solidão e tédio durante as rodadas.

O jogo ainda vale a pena?

No geral, Evil Dead: The Game é uma mistura gostosa de Friday the 13th com Dead by Daylight, e consegue ser melhor executado que Resident Evil Resistence. Ele consegue trazer o melhor desses jogos mantendo sua ênfase na ação, horror e humor característicos com bons gráficos e jogabilidade agradável. A diversidade de personagens, variedade de ataques e armas mostram o capricho da Saber Interactive, é possível perceber o carinho e o cuidado que foi dedicado ao game em cada cantinho do mapa e nos diálogos dos personagens. Infelizmente o jogo peca em não ter um modo single player melhor explorado, as missões apesar de nostálgicas são bem genéricas e podem não gerar o mesmo impacto em quem é recém chegado na franquia.

O ponto forte do jogo continua sendo o modo multiplayer assimétrico, que é bem divertido e se torna ainda melhor se jogado com amigos. Buscar partidas multiplayer sozinho pode ser bem frustrante, pois a comunicação e a colaboração são partes bem importantes para a experiência final do jogo. Cair com parceiros ruins e que não colaboram com a partida pode prejudicar essa experiência, por isso jogar com amigos ainda é a melhor opção e torna tudo no jogo mais divertido. Apesar de possuir um modo Battle royale, ele não é bem executado e é esquecível, a falta de novos modos de multiplayer, mapas e de incentivo para continuar a jogar após upar todos os personagens atrapalham o fator replay do game.

O equilíbrio entre os jogadores também é importante de ser mencionado, algo que era um problema no lançamento tem sido melhorado com atualizações e é um fator determinante para o que estilo de multiplayer assimétrico funcione bem.
Evil Dead: The Game continua recebendo suporte e conteúdos novos até os dias de hoje e possui menos problemas do que quando foi lançado, porém a demora para localizar as partidas e o sistema de progressão dos personagens ainda incomoda.

Evil Dead: The Game é um bom jogo, recomendado para quem é fã de jogos multijogador no estilo assimétrico cooperativo e busca algo fora do convencional do mercado dos jogos de ação. A versão padrão do game está saindo por R$149,50 no PlayStation e R$ 89,99 no PC, então se você pretende comprá-lo, acreditamos que seja melhor esperar uma promoção e pegar junto com os amigos. Se fôssemos dar uma nota ao jogo, seria 7 de 10!

Evil Dead: The Game está disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC. Esta análise foi escrita após recebermos da Saber Interactive (a quem agradecemos imensamente!) um código de acesso ao jogo Evil Dead: The Game!

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