Com a sequência “Senua’s Saga: Hellblade II” chegando em maio deste ano “Day One” no GamePass e exclusivo do sistema de games da Microsoft (Xbox), Hellblade: Senua’s Sacrifice (2017) se torna um game mais que essencial para entender a sequência. Assim, trazemos neste artigo uma Análise do primeiro game, para ajudar os novos jogadores a entenderem o contexto da sequência que chega no final destes mês.
GRÁFICOS E CENÁRIOS
O game é extremamente simples e objetivo, porém extremamente bem realizado. Com uma narrativa cativante e em terceira pessoa, Hellblade: Senua’s Sacrifice possui, na opinião dos fãs, umas das experiências mais marcantes não somente do século XXI no mundo dos games, como é sem dúvida um título único e inovador em mecânicas, narrativas e até mesmo combate.
O estúdio Ninja Theory conseguiu aproveitar o máximo da Unreal Engine 4, extraindo o máximo de riqueza nos detalhes no cenário, e até mesmo na protagonista, possuindo um sistema de captura de movimentos e expressão facial que se revela impressionante mesmo após sete anos do lançamento.
Confira um trecho abaixo:
Os cenários não ficam para trás, com uma riqueza de detalhes e uma direção de arte e fotografia de cair o queixo. O game sempre busca encher os olhos do jogador, passando por diversas composições de paletas de cores e ambientes variados, possuindo regiões montanhosas e praias, até mesmo a cenários mais lúdicos.
COMBATE
O combate é semelhante aos novos títulos de God Of War (GOW, 2018), com uma diferença pequena; em ambientes abertos com mais de 2 inimigos, o jogo trava a mira em um (mira essa que pode ser alterada apenas movendo o analógico direito). Ditos isso, podemos correr, desviar dos inimigos, realizar ataques fracos, médios, fortes e corpo a corpo. Também é possível carregar ataques ao segurar o botão por um período de tempo. Há ainda um sistema de defesa, podendo repelir ataques dos inimigos se realizado no tempo correto, além um especial que é carregado conforme os golpes são proferidos. Atrelado ao combate, destaca-se o sistema de som Binaural que o jogo possui. Os sussurros avisam quando algum dos inimigos te atacam por trás, sistema esse que funciona de maneira semelhante à uma barra de detecção.
Apesar de simples, é extremamente satisfatório e prazeroso o sistema de combate. Apesar da ausência de uma contagem de combos, inconscientemente o jogador produz um sistema de combos durante o combate.
Confira um trecho abaixo:
HISTÓRIA E NARRATIVA
Se passando na mitologia Nórdica e Céltica, após perder seu amado Dillion, Senua parte em sua jornada em busca de recuperar a alma de seu amado, estando disposta a enfrentar até mesmo a Deusa da Morte Hella. Atormentada por psicoses e alucinações, Senua atravessa terras hostis inspiradas na mitologia nórdica enquanto luta contra criaturas sombrias e enfrenta seus próprios demônios internos.
A narrativa é inteligente ao colocar o jogador como uma espécie de entidade que a acompanha durante a campanha. Em diversos momentos, Senua quebrará a quarta parede para falar com essa entidade, ou seja, nós “players”. O enredo revela-se em camadas, mesclando elementos de fantasia e realidade. Senua acredita que a salvação de Dillion está ligada a uma jornada para Helheim, a terra dos mortos. No entanto, sua viagem é constantemente desafiada por suas próprias visões distorcidas da realidade, representadas pelas vozes em sua cabeça e suas alucinações.
É inegável que a Ninja Theory conseguiu entregar uma experiência cinematográfica e inovadora. Os surtos psicóticos de Senua resultam em uma atmosfera agonizante e inquietante, mesmo perante o silêncio dos capítulos que avançamos. Em meio a solidão da personagem, sua mente é sua principal aliada e sua principal inimiga. A forma como os sussurros da protagonista e dos seres mitológicos ocorrem podem sim causar certo desconforto em quem é mais sensível a essas sensações, o que por sua vez, só engrandece esse diferencial que a obra possui ao seu favor.
Escrito e dirigido por Tameem Antoniades, o roteiro é inteligente ao mostrar a vida e motivações de Senua aos poucos, sempre deixando com um gostinho de “quero mais”. A direção é sagaz ao realizar as cinemáticas em planos mais longos, porém, em closes mais fechados em Senua, transmitindo com eficiência os sentimentos que a personagem está sofrendo em cenas.
CRÍTICAS
Nem tudo é perfeito, e portanto, Hellblade: Senua’s Sacrifice (2017) não é diferente. O game sofre com repetições de Puzzles. Ao decorrer do gameplay, Senua tem que resolver alguns pequenos puzzles. De primeira eles se revelam diferentes e inovadores de certa forma, mas ao passar da trama, eles se tornam repetitivos, podendo chegar a ser irritantes dependendo do estilo do jogador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A trilha sonora ainda merece destaque a parte. As OST possuem seus temas nórdicos com uma pegada Viking, são extremamente cativantes e enervantes. São temas que possuem presença e transmitem aquela sensação de impotência perante aos deuses e seres nórdicos. A OST é composta pela dupla Andy LaPlegua e David García Díaz. A música dos créditos, “Illusion“, da banda Vnv Nation, também merece destaque. Vale a pena dar uma conferida nas OST a seguir: Hela e Helheim.
Hellblade: Senua’s Sacrifice (2017) é um excelente game com uma protagonista cativante e uma excelente história. É de fato uma excelente indicação a quem busca por novas experiências no mundo dos games. Com um ótimo gameplay e uma boa história, Hellblade: Senua’s Sacrifice te prende durante suas 8 a 10 horas de duração. Sua continuação Senua’s Saga: Hellblade II, está prevista para ser lançada em 21 de maio ainda este ano para os consoles Xbox Series X/S, e nos PCs, quem for usuário dos sistemas Microsoft Windows também poderão jogar. Aos assinantes do GamePass em consoles e computadores, o título chega Day One.
Redator do EvilHazard. Apenas um jovem apaixonado por games e cinema. Fã de Halo da Xbox e God Of War da PlayStation e de temáticas espaciais no cinemas e séries. Games e cinemas, essa é a minha praia!