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EvilFiles | Layers of Fear (2023) (Análise)

The review in English can be seen at the end of this publication, just below the Portuguese version.

Layers of Fear foi originalmente lançado em 2016 com a premissa de trazer uma forma renovada de jogar jogos de terror; na época o jogo recebeu tantos elogios a ponto de ser lançada, três anos depois, a sequência Layers of Fear 2, que usava a mesma fórmula que o primeiro mas que ainda assim conseguia prender a atenção do jogador.

Durante a Summer Game Fest 2022 tivemos um anúncio que surpreendeu a muitos: Layers of Fear (2023), uma versão remake dos dois “Layers of Fear” junto com seus conteúdos adicionais rodando na Unreal Engine 5, o motor gráfico que está sendo conhecido como a principal ferramenta para a atual geração! Embora o anúncio tenha cativado alguns fãs dos jogos e mesmo com a empresa falando em seu marketing que o jogo não é nem um remake e nem um remaster, ficou uma dúvida no ar: será que era necessário essa junção de jogos que estão relativamente novos ainda?

Layers of Fear (2023) vem justamente com a missão de responder esse questionamento e mostrar que ele é muito mais do que só uma cópia de seus antecessores com um gráfico mais bonito!

Esta análise foi escrita graças ao fornecimento a nós do EvilHazard do código do jogo, através da Bloober Team, a quem deixamos nossos mais sinceros agradecimentos!

Plataformas e ano de lançamento: PlayStation 5, Xbox Series S|X e PC – 2023
Desenvolvedora e Publicadora: Bloober Team/Anshar Studios
Gênero: Terror
Número de jogadores: 1

Sendo desenvolvido pela Bloober Team juntamente com a Anshar Studios e lançado no dia 15 de junho de 2023, Layers of Fear (2023) se trata de uma coletânea de todos os títulos da franquia, porém com uma adição de uma nova narrativa que vem com o intuito de amarrar os núcleos da história dos dois jogos originais. Essa nova versão da história traz como adição uma nova narrativa, que seria a história da escritora, uma nova personagem que expande ainda mais o lore do jogo com seus traumas e experiências.

Em Layers of Fear (2023) somos apresentados a três narrativas que nos mostram como a obsessão por alcançar a perfeição no trabalho pode corromper a alma. Cada narrativa é contada na perspectiva de três pessoas distintas uma da outra, e ambas estão em busca de um trabalho excepcional, são elas: o Pintor, o Ator e a Escritora. Esta última por sinal é a principal novidade dessa versão de 2023, pois é através da perspectiva da Escritora que podemos entender como funciona o acordo e como ele corrompe o profissional que está em busca de sua maestria em sua área. Para nos aprofundar na história dessa nova versão é necessário apresentar a visão geral dos personagens dos antigos Layers of Fear, visto que nos menus podemos selecionar qual história iremos experimentar.

A primeira dessas histórias será a do Pintor que viu sua família se despedaçar durante a conclusão de seu quadro que seria a sua obra-prima. Durante as etapas para a conclusão da pintura, podemos entender muitos elementos da narrativa. Com o Pintor vemos o protagonista lidando com suas próprias inseguranças para se libertar de medos e de demônios internos. Aqui, quanto mais exploramos a mansão decadente do Pintor, mais ele entra em uma espiral perturbadora com a loucura tomando conta dele. Com essa primeira descrição da história do Pintor podemos ver que as outras histórias seguirão o mesmo estilo, apresentando uma jornada não linear, onde devemos nos guiar por flashbacks e pistas que nos revelam visões assustadoras do passado dos personagens, revelações essas que aumentam o nível de imersão diante de tantas tragédias.

Já na segunda história, que é a do Ator (a mesma campanha de Layers of Fear 2) vemos um personagem sem voz e sem rosto, em uma trama que se passa dentro de uma embarcação misteriosa, onde ele acorda desorientado e sem saber o motivo de estar ali. Durante a história, o Ator acaba por descobrir que outras duas crianças viveram ali pelos bastidores das gravações, seguindo ordens do Diretor, que é a voz responsável por guiar o jogador, e aos poucos durante as investigações descobrimos o motivo do Ator ter sido escolhido para esse papel ingrato que o marcou.

Por fim temos a história da nossa estreante em Layers of Fear (2023), a Escritora, que é quem vemos na primeira cena do jogo; nela, vemos que após vencer um concurso em sua cidade, a Escritora se exila em um farol abandonado em busca de inspiração para sua próxima obra de terror, aqui ela é abordada por um espírito e acaba por firmar um trato com ele.

Quanto ao seu gameplay, este novo Layers of Fear é bem simples: aqui controlamos o personagem principal de cada arco numa perspectiva em primeira pessoa, onde devemos explorar os cenários e seguir pistas para resolver uma série de quebra-cabeças. A conclusão destes quebra-cabeças pode variar, podendo ser com ações como posicionamento do personagem, puxar uma porta ou alavanca e, principalmente, com investigação.

A progressão da campanha de Layers of Fear é bem simples e dificilmente ficamos presos nela, porque o sistema repete algumas das situações, por exemplo, se há uma porta trancada, devemos vasculhar tudo até encontrar uma chave. Quando um cadeado pede uma senha, não é necessário ler cada arquivo das salas, pois o jogo identifica que você chegou até onde precisava e insere o que precisa ser memorizado na parte debaixo da tela.

A progressão em cada um dos arcos é medida por meio de capítulos, portanto sempre que uma parte da obra acaba sendo finalizada, aparecerá um lobby que vai variar de acordo com o personagem que está sendo jogado no momento, mas o final das jornadas terá o mesmo fechamento por assim dizer, que será quando o jogador conseguir entregar a tarefa final e assim finalizar de vez a obra-prima do personagem que está sendo controlado.

Já a ambientação e os cenários de Layers of Fear chegam a ser no mínimo macabros e muito imersivos graças a Unreal Engine 5 que possibilitou coisas como o HDR, o 4K e Lumen, que se uniram perfeitamente com traços que os antigos Layers of Fears já possuíam como uma iluminação bem reduzida em certas partes, elementos assombrados que se mexem assim como em filmes de terror, as aparições repentinas das assombrações e a ausência de telas de loading, fazendo com que fiquemos em total estado de tensão. Porém assim como em um filme de terror, temos momentos em que fica nítido que o jumpscare está chegando, mas ainda assim Layers of Fear possui outras maneiras de transmitir o medo ao jogador, como por exemplo a sua qualidade de áudio que é extremamente bem feita e é um fiel companheiro do medo aqui.

Como sempre falamos aqui em muitas análises, ainda não existe o jogo perfeito que não possua os seus defeitos e Layers of Fear (2023) não foge a regra. Assim como em seus jogos originais, vemos um problema que permaneceu mesmo na versão de 2023, que é o seu ritmo de jogo. Falamos anteriormente que o jogo não possui uma progressão muito difícil, já que só é necessário procurar por pistas ou realizar alguma ação para atingir o seu objetivo no capitulo, mas é justamente o fato de sua progressão se basear em você saber disso que acaba por torná-la massante, já que você vai andar, abrir portas, ver alguma bizarrice, abrir mais portas, depois outras portas e no fim terminar abrindo outra porta que vai ter outra bizarrice, e enquanto você faz isso terá que ler notas, cartas e recortes de jornais encontrados pelo cenário para assim entender a história. Todo este conjunto torna o jogo massante e às vezes até desinteressante para alguns, já que o núcleo narrativo está nos documentos lidos.

Por fim, algo que perguntamos no começo da análise ainda não respondemos completamente: era necessário esse relançamento? A resposta para isso é que Layers of Fear (2023) é uma das primeiras experiências positivas que estamos tendo com a Unreal Engine 5. De início o jogo parecia que foi feito apenas para atualizar as versões lançadas em 2016 e 2019 e conseguir arrecadar mais dinheiro utilizando o nome que se tornou referência, mas conforme vamos jogando, fica nítido que não era bem assim e a desenvolvedora tinha motivos para relançar esse projeto. Os cenários e a ambientação retrabalhados com ferramentas ainda mais polidas, juntamente com a performance passando de 30 para 60FPS e a adição de uma nova linha narrativa, mostra que a Bloober Team tomou uma decisão correta quanto ao título, pois ficaria um jogo muito curto para os padrões atuais caso fossem lançados apenas os capítulos da Escritora com essas melhorias.

Sobre o valer a pena o jogo, acreditamos que Layers of Fear (2023) vale muito a pena para os amantes do gênero de terror, até mesmo para aqueles que já jogaram os títulos originais. Tirando o problema de Layers of Fear citado anteriormente que se encaixa mais para aqueles jogadores que já jogaram os títulos anteriores e com toda certeza terão o mesmo sentimento que esse Redator que vos fala sentiu, Layers of Fear (2023) se preocupa muito em preservar o legado de seu antecessores e ainda traz ótimas melhorias técnicas que ajudam a reforçar sua vibe de terror psicológico!

Lembrando que Layers of Fear (2023) foi lançado no dia 15 de junho para PlayStation 5, Xbox Series S|X e PC.

Esta análise foi escrita graças ao fornecimento a nós do EvilHazard do código do jogo, através da Bloober Team, a quem deixamos nossos mais sinceros agradecimentos!

The review in English can be seen below.

Layers of Fear was originally released in 2016 with the premise of bringing a renewed way of playing horror games, at the time the game received so much praise that it was released three years later, the sequel Layers of Fear 2, which used the same formula that the first one but that still managed to hold the player’s attention, but now years later during Summer Game Fest 2022 we had an announcement that surprised many Layers of Fear (2023), a remake version of the two Layers of Fear together with their contents additional ones running on Unreal Engine 5, the graphics engine that is being known as the main tool for the current generation.

Although the announcement has captivated some fans of the games and even with the company saying in its marketing that the game is neither a remake nor a remaster, there was a doubt in the air, was this junction of games that are still relatively new still necessary? Layers of Fear (2023) comes precisely with the mission of answering this question and showing that it is much more than just a copy of its predecessors with a prettier graphic.

This review was written thanks to EvilHazard providing us with game code via Bloober Team, to whom our most sincere thanks!

Platforms and year of release: PlayStation 5, Xbox Series S|X and PC – 2023
Developer and Publisher: Bloober Team/Anshar Studios
Genre: Horror
Number of players: 1

Being developed by Bloober Team together with Anshar Studios and released on June 15, 2023, Layers of Fear (2023) is a collection of all the titles in the franchise, but with the addition of a new narrative that comes with the in order to tie together the story cores of the two original games. This new version of the story adds a new narrative, which would be the writer’s story, a new character that further expands the game’s lore with her traumas and experiences.

In Layers of Fear (2023) we are introduced to 3 narratives that show us how the obsession with achieving perfection at work can corrupt the soul. Each narrative is told from the perspective of three different people, both are in search of exceptional work, they are: the Painter, the Actor and the Writer. The latter, by the way, is the main novelty of this 2023 version, as it is through the Writer’s perspective that we can understand how the agreement works and how it corrupts the professional who is in search of his mastery in his area.

To delve into the story of this new version, it is necessary to present an overview of the characters from the old Layers of Fear, since in the menus we can select which story we will experience.

The first of these stories will be that of the Painter who saw his family fall apart during the completion of his painting that would be his masterpiece. During the stages towards the completion of the painting, we can understand many elements of the narrative. With the Painter, we see the protagonist dealing with his own insecurities to free himself from fears and internal demons. Here the more we explore the Painter’s decaying mansion, the more he enters a disturbing spiral with madness taking over him.

With this first description of the Pintor’s story, we can see that the other stories will follow the same style, presenting a non-linear journey, where we must be guided by flashbacks and clues that reveal frightening visions of the characters’ past, revelations that increase the level of immersion in the face of so many tragedies.

The second story is that of the Actor, which would be the same campaign as Layers of Fear 2, in which we see a voiceless and faceless character, in a plot that takes place inside a mysterious vessel, where he wakes up disoriented and without know why you are there. During the story, the Actor ends up discovering that two other children lived there behind the scenes of the recordings, following orders from the Director, who is the voice responsible for guiding the player, and little by little during the investigations we discover the reason for the Actor to have been chosen for this thankless role that marked him.

Finally, we have the story of our newcomer in Layers of Fear (2023), the Writer, who we see in the first scene of the game, in which we see that after winning a contest in her city, the Writer goes into exile in an abandoned lighthouse in search of of inspiration for her next horror work, here she is approached by a spirit and ends up signing a deal with him.

As for its gameplay, Layers of Fear is quite simple, here we control the main character of each arc from a first-person perspective, where we must explore the scenarios and follow clues to solve a series of puzzles. The completion of these puzzles can vary, and can be with actions such as positioning the character, pulling a door or lever and, mainly, with investigation.

The progression of Layers of Fear’s campaign is very simple and we hardly get stuck in it, because the system repeats some of the situations, for example if there’s a locked door, we have to search everything until we find a key. When a padlock asks for a password, it is not necessary to read each file in the rooms, as the game identifies that you have reached where you need to go and inserts what needs to be memorized at the bottom of the screen.

The progression in each of the arcs is measured by chapters, so whenever a part of the work ends up being finished, a lobby will appear that will vary according to the character that is being played at the moment, but the end of the journeys will have the same closure so to speak, which will be when the player manages to deliver the final task and thus finalize once and for all the masterpiece of the character being controlled.

The setting and scenery of Layers of Fear, on the other hand, are at least macabre and very immersive thanks to Unreal Engine 5 that made things like HDR, 4K and Lumen possible, which came together perfectly with traits that the old Layers of Fears already had such as very low lighting in certain parts, haunted elements that move just like in horror movies, the sudden appearances of hauntings and the absence of loading screens, making us in a total state of tension. However, just like in a horror movie, we have moments when it is clear that the jumpscare is coming, but Layers of Fear still has other ways of conveying fear to the player, such as its audio quality, which is extremely well done and it is a faithful companion of fear here.

But as we always say here in many analyses, there is still no perfect game that does not have its flaws and Layers of Fear (2023) is no exception to the rule, just like its original games we see a problem that remained even in the 2023 version, which is your pace of play. We mentioned earlier that the game doesn’t have a very difficult progression, since it’s only necessary to look for clues or perform some action to reach your objective in the chapter, but it’s precisely the fact that your progression is based on you that turns out to make it boring, since you’re going to walk, open a door, see something weird, open more doors, then other doors and in the end you end up opening another door that will have another weirdness, and while you do that you’ll have to read notes, letters and newspaper clippings found by the scenario to understand the story. Which makes the game massive and sometimes even uninteresting for some, since the narrative core is in the documents read.

Finally, something we asked at the beginning of the analysis turned out not to be fully answered, was this relaunch necessary? The answer to that is that Layers of Fear is one of the first positive experiences we’re having with Unreal Engine 5, at first the game seemed like it was made just to update the versions released in 2016 and 2019 and manage to raise more money using the name it became a reference, but as we play it becomes clear that it wasn’t quite like that and the developer had reasons to relaunch this project. The reworked scenarios and environment with even more polished tools along with the performance going from 30 to 60FPS and the addition of a new narrative line shows that Bloober Team made a correct decision regarding the title, as it would be a very short game by standards current if only the Writer chapters with these improvements were released.

As for the game being worth it, I believe that Layers of Fear (2023) is very worthwhile for lovers of the horror genre, even for those who have already played the original titles, taking the problem of Layers of Fear mentioned earlier that more suitable for those players who have already played the previous titles and will certainly have the same feeling that this Editor who speaks to you felt, Layers of Fear (2023) is very concerned with preserving the legacy of its predecessors and still brings great technical improvements which help reinforce its psychological horror vibe.

Remembering that Layers of Fear (2023) was released on June 15 for PlayStation 5, Xbox Series S|X and PC.

This review was written thanks to EvilHazard providing us with game code via Bloober Team, to whom our most sincere thanks!

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