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EvilFiles – Resident Evil 5: Retribuição

E chegamos à reta final da saga em live action de Resident Evil. Após unir forças aos irmãos Redfield e descobrir que Arcadia era uma armadilha da Umbrella com a finalizade de usar sobreviventes em experimentos, Alice se vê presa em uma base subterrânea e numa corrida contra o tempo. Dessa vez, a heroína precisa deixar sua vingança de lado por um tempo e se unir a aliados inesperados, pois a sobrevivência é mais importante.

Mais uma vez, a direção do filme é feita por Paul W. S. Anderson, e apesar de Retribuição não adotar a tecnologia de fusão de câmeras do longa anterior, também temos o uso da filmagem em tecnologia 3D, além de ser o primeiro da saga filmado em resolução 4K (sendo na época inclusive utilizado em propagandas da Sony de televisores que começavam a usar a resolução).

[LEIA TAMBÉM – RESIDENT EVIL 4: RECOMEÇO]

Título: Resident Evil – Retribution

Ano de lançamento: 2012

Dirigido por: Paul W. S. Anderson

Classificação: 16 anos

Este longa começa exatamente no ponto em que o anterior termina: Alice está reunida com dezenas de sobreviventes no navio Arcadia, quando o grupo é atacado por forças da Umbrella sob a coordenação de Jill Valentine, agora sendo controlada por um dispositivo semelhante ao de Claire no filme anterior. Ao invés de dar continuidade à história, entretanto, somos apresentados à uma versão de Alice que é uma dona de casa comum, que mora em Raccoon City com seu marido, Carlos Olivera, e sua filha, Becky. Logo, a cidade é atacada por mortos-vivos. Então o filme volta para o tempo presente, em que Alice acorda em um laboratório da Umbrella, e começa-se a desenvolver a trama.

Contando com uma ajuda misteriosa e escapando mais uma vez dos ataques de lasers da Rainha Vermelha, Alice se encontra em meio a uma avenida, no centro de Tóquio. Logo, descobre-se que a ajuda é vinda de ninguém menos que Ada Wong, e também é explicado que a Umbrella estava criando uma série de simulações de áreas urbanas ao redor do mundo (Nova York, Moscou, Raccoon City – aqui chamada apenas de “Subúrbio”, etc.) para o teste de armas virais.

Por representar um risco ao plano da Rainha de extinguir a humanidade, Alice se vê em uma série de armadilhas com armas biológicas nas áreas de simulações, e dentro de poucas horas, o complexo subterrâneo será explodido. Por razões desconhecidas, Albert Wesker coordena o plano de resgate e usa Ada para o serviço. Sem opções, Alice aceita a ajuda. Assim como o filme anterior, que adapta a luta de Chris e Wesker em RE5, a cena de introdução de Ada é diretamente adaptada de RE4. A estrutura do filme também é a mais semelhante a de um “jogo”. Alice passa por diferentes áreas, equivalentes a estágios, em que precisa sobreviver a diversos inimigos, e inclusive encontra personagens iguais (devido aos clones utilizados nas simulações). Essa foi a forma de Paul Anderson justificar o retorno de personagens já mortos em filmes anteriores, como Carlos Olivera, Rain Ocampo e o agente One.

Além de Ada, nesse filme temos a introdução de mais dois personagens adaptados dos jogos. Sob o pretexto de que os anticorpos em Alice podem ser a última chance de uma cura, Wesker contrata uma segunda equipe de resgate, constituída por Luther West (sobrevivente do filme anterior), e os estreantes nos filmes Barry Burton e Leon S. Kennedy, e um hacker para ajudar a invadir a instalação.

À medida que Alice e Ada avançam em direção à saída e ajudam clones pelo caminho, como a personagem de Michelle Rodriguez e a garota Becky, a I.A. da Umbrella contra-ataca, com um exército de agentes responsáveis por capturar Alice. Passando pela perda de personagens e a luta contra criaturas presentes nos jogos, como Zumbis, Majinis, o retorno dos Executioners (no filme, chamados de “Axeman”) e até uma versão gigante do Licker, por fim os sobreviventes escapam do complexo.

O interessante nesse ponto é que, apesar de um roteiro claramente raso, o filme encontra uma explicação interessante para o desenvolvimento de armas biológicas da Umbrella, explicando que as simulações foram usadas durante anos para a venda de BOWs no mercado negro, e que o transporte era feito por meio de submarinos. Se “forçarmos muito” uma ligação com os jogos (certamente não pensada no filme), em CODE: Veronica também vemos o uso de submarinos e o desenvolvimento das armas em uma base de pesquisa na Antártida (no filme o lugar também fica em uma área polar, não especificada). Após a fuga, é o momento da batalha mais interessante do filme:

Após acompanharmos Alice matar um Licker com mutação, surrar o Nêmesis, usar telecinese num Tyrant, explodir a cabeça de um Executioner com projéteis de moedas e ser capaz de intimidar a Ada Wong (!), eis que a “retribuição” surge para a protagonista, em forma de Jill Valentine. Embora a personagem não tenha tanto destaque no filme, Jill é a responsável pela maior surra que Alice leva na saga de filmes, em uma luta que se baseia (bem superficialmente) na de Resident Evil 5. Após gravemente ferida, Alice ainda enfrenta Rain, infectada com Las Plagas, o que quase a leva à morte. Por fim, os sobreviventes se reúnem a Wesker na casa branca; uma das últimas bases humanas restantes. É injetado novamente o T-Vírus na protagonista (o que garante suas habilidades vistas no último capítulo) e é vista a formação de uma equipe que supostamente seria vista no final da saga.

O quinto filme teve o orçamento um pouco superior ao anterior, de US$65 milhões (5 milhões a mais). O retorno, apesar de bom, foi menor que o anterior, lucrando mundialmente US$240,2 milhões (enquanto Afterlife lucrou 300). O site Rotten Tomatoes o deu uma média de 30%, um pouco superior ao antecessor, e foram elogiados o uso do 3D e a sensação maior de ser um filme baseado em videogames, comparado a sequências anteriores. Os pontos negativos, como de costume, se focam nos diálogos óbvios e roteiro raso. Além disso, o retorno de atores não trouxe grande impacto à história e, como já era esperado, terminaram sendo descartados.

Para os fãs, por outro lado, é possível enxergar outros problemas, especialmente quanto à adaptação de elementos dos jogos. Se por um lado a caracterização de Ada ficou digna de elogio, na dos outros personagens adaptados não tiveram o mesmo cuidado. A battlesuit de Jill é uma versão bastante simplificada, com muito menos detalhes que os vistos em RE5. E o mesmo acontece com Leon e Barry, que apesar de contarem com trajes reconhecíveis, o trabalho de figurino ficou aquém do de alguns cosplayers profissionais. Aliado a isso, a escolha de elenco também poderia ter sido mais cuidadosa, com uma versão um tanto jovem de Barry e um tanto mais velha para Leon. Contudo, o filme teve a coragem de matar um dos heróis da saga, coisa que ainda não foi vista nos jogos (e que poderia trazer uma reviravolta interessante na história, concordam?).

Por fim, vamos às nossas habituais curiosidades sobre a produção (e esse filme tem muitas!). As filmagens do longa ocorreram, em partes, realmente nos locais apresentados, como a Times Square em Nova York, a Praça Vermelha em Moscou, e o centro de Tóquio. Já na estação de trens de Moscou, foi recriado em estúdio uma cópia fiel do local. No segundo dia de filmagens em Toronto, Canadá (onde é feita a “Raccoon City” do filme), a queda de uma grua machucou 16 figurantes, que sofreram desde contusões a ossos quebrados. Os profissionais de emergência tiveram um pouco de dificuldade em examinar os danos, uma vez que os  atores figurantes interpretavam zumbis, e muitos estavam cobertos de sangue cenográfico. A sequência de luta entre Jill e Alice, que na edição do filme demora mais de 4 minutos, envolveu uma coreografia de mais de 200 movimentos, e foi a cena mais longa para produzir.

O primeiro trailer do filme também serviu como campanha para produtos Sony, e nela são vistos os lançamentos da época – PS Vita, um celular Xperia e o Tablet S. Para promover o filme, em Tóquio, 27 atores fantasiados de zumbis “invadiram” o distrito comercial de Shibuya entregando panfletos. Originalmente, na pré-estreia do filme no Japão (que ocorreu antes do resto do mundo), estava planejado para Milla Jovovich e figurantes zumbis entrarem na sala de cinema e simular uma cena de luta e tiroteio. Entretanto, a ação de marketing foi cancelada, por respeito ao recém ocorrido atentado em Aurora, no Colorado, em que na estréia de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, um homem entrou armado na sessão, feriu e matou diversas pessoas. Originalmente Paul Anderson pensou em gravar os dois últimos filmes em sequência, mas após negociação com a Screen Gems, decidiu se focar apenas no roteiro de um longa, e deixar uma eventual continuação para o futuro.

E você, comrade, curtiu mais uma parte do nosso especial sobre a saga? Conhecia alguma das curiosidades apresentadas, e gostou da aparição de Leon, Barry e Ada no filme? Deixe sua opinião.

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