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EvilFiles – Resident Evil 7: DLC End of Zoe (Análise)

Lançada como parte dos últimos conteúdos do passe de temporada de Resident Evil 7, acompanhada por Not a Hero (confira nossa análise aqui), End of Zoe mostra o que ocorre com a personagem Zoe Baker, uma das vítimas do incidente biológico em Louisiana.

Após sofrer durante três anos com sua família infectada e sob o controle de Eveline, Zoe agora se vê numa situação em que seu fim parece inevitável. O capítulo tem início após uns dois terços da campanha principal, no momento em que Zoe é deixada por Ethan no pântano, e seu final é o último evento canônico do jogo (portanto, termina depois do capítulo de Chris).

Apesar de levar o nome de Zoe, em nenhum momento jogamos com a personagem, e apenas acompanhamos seu desfecho, após a infecção fazer seu corpo ser dominado pelo fungo controlado por Eveline. Logo de início, temos a introdução de Joe, com quem jogamos durante todo o capítulo. Também no começo (logo na primeira cutscene), é explicado que o personagem é tio de Zoe, irmão de Jack. Após receber os agentes da nova Umbrella de forma nem um pouco amigável (com direito a alguns ganchos no queixo), descobrimos que há uma possível cura para Zoe, e então partimos pelo pântano, em busca do tal antídoto.

Ao começarmos a jogada, ficam claras todas as diferenças com os outros protagonistas. Joe resolve praticamente tudo com as próprias mãos, desde “sentar o soco” nos mofados (detalhe que em seu diário ele anota as melhores sequências de golpes nos monstros!) até socar portas bloqueadas para quebrá-las. Se na campanha tínhamos um receio de estar muito próximos dos mofados, aqui o combate se torna até um tanto engraçado. Porém, nós do EvilHazard achamos que isso acabou quebrando a tensão e tirando parte do medo que era visível na campanha. Joe não passa nenhuma sensação de apreensão, e simplesmente não se importa em sair espancando monstros infectados e com dentes enormes.

Se o combate prioriza ataque físicos ao invés de armas, o inventário de forma geral também não deixa por menos nas diferenças. Ao invés de usar ervas de cura, como Ethan (que deve existir em abundância na região de mata em que se passa o DLC), o personagem prefere comer larvas de besouros ou centopeias, no máximo misturando com o fluído químico para criar um remédio mais forte. Em substituição às moedas da campanha, que potencializam atributos, aqui temos os bonecos de palha (semelhantes ao da demo Beginning Hour) com luvas de boxe, que melhoram a força de ataque. Já quanto ao armamento, também contamos com uma espingarda (disponível no New Game+, e que possui pouca munição no jogo, sendo deixada mais para bosses), arpões de madeira e bombas improvisadas a partir de sucata (que lembram as usadas por Mia no navio).

Ao longo da madrugada em que se passa o capítulo, somos perseguidos por um tipo diferente de mofado, dessa vez, tendo em sua composição barro, insetos e raízes. Seguimos pelos acampamentos montados no pântano pela Umbrella – que agora estão infestados de Mofados – bem como carcaças de navios enferrujados (encalhados no pântano), áreas alagadas e com palafitas, e até um pequeno cemitério. Já próximo ao final do capítulo, descobrimos a identidade do Mofado, e o porquê dele nos perseguir e ser capaz e produzir sons como se tentasse se comunicar. Ao amanhecer, chegamos a uma área já familiar aos jogadores, onde ocorre a luta final com o chefe, agora com mutações. Por fim, conhecemos o real desfecho de Zoe, encerrando de fato a história de Resident Evil 7.

Assim como Not a Hero, essa DLC não responde a tudo o que ficou em aberto, e possui suas qualidades e seus defeitos. Como aspectos positivos, temos enfim a resolução de uma das pontas soltas do jogo (o destino de Zoe Baker), assim como uma chance a mais de reencontrar cenários e personagens. Também como o capítulo de Chris, temos uma luta final nostálgica, com um inimigo que lembra o icônico Nemesis. E de fato, a vulnerabilidade apresentada em Zoe, além de algumas reviravoltas ao longo do caminho, nos faz questionar em princípio se a garota conseguirá ou não sobreviver.

Em nossa opinião, alguns aspectos negativos também saltam aos olhos, e acabam prejudicando a experiência. Por mais que o tempo do capítulo seja curto (menor que Not a Hero, pois esse dá cerca de 1 hora em uma primeira jogada), na escolha de trazer um personagem novo, os produtores deveriam ter trabalhado melhor seu lado humano. Ser um personagem interiorano e com um jeitão mais “bruto” não significa que Joe precise ser incapaz de manter uma conversa, como ocorre no começo do capítulo (que o personagem nem ouve os agentes da Umbrella e já parte para os socos e pontapés). A única percepção de afeto que vemos é em relação à Zoe, e não é explicado se havia um rancor com o resto da família. Talvez um outro direcionamento pudesse tornar o personagem, ainda que “durão”, um pouco mais querido.

Já a forma de combate utilizada, embora pareça mais desafiadora no início, logo se torna repetitiva, e no fim acaba por tirar o senso de ameaça que os Mofados trazem. Basta esperar eles se virarem, para quebrar seus pescoços (ou o que restou após o mofo). Agora a pergunta principal: vale a pena jogar? Para aqueles que gostaram de Resident Evil 7 e pretendem ter a experiência completa do jogo, sim. É interessante saber se Zoe conseguiu escapar, e imaginar a experiência de terror em primeira pessoa priorizando um combate físico é sem dúvidas, algo inesperado. Entretanto, assim como em Not a Hero, esse conteúdo não responde a tudo o que ficou em aberto, restando apenas esperar pelas possíveis respostas adiante.

E então comrades, curtiram a nossa segunda análise? Gostaram de todas as mudanças e novos direcionamentos apresentados em Resident Evil 7 e seus DLCs? Compartilhe sua opinião.

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