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EvilFiles – Resident Evil 7: DLC Not a Hero (Análise)

Lançada como última parte dos DLCs de Resident Evil 7, acompanhada por End Of Zoe, a DLC Not a Hero mostra o que acontece imediatamente após os eventos da campanha principal do jogo. Aqui, temos o veterano da série Chris Redfield, que se encontra ao mesmo tempo em uma caçada a Lucas Baker, e na tentativa de salvar seus parceiros de equipe, pegos como reféns.

Começamos o capítulo nos arredores da propriedade dos Bakers, exatamente onde termina a história principal. Ao passo que os protagonistas da campanha foram resgatados, Chris agora parte para as minas de sal, onde se passou a última parte do jogo. Logo de começo, percebemos a diferença nas habilidades de Chris, que conta com melhores equipamentos (afinal, se trata de um profissional treinado) e possui um melhor manejo de armas, velocidade na recarga, etc.

Logo de início o objetivo já é claro: três membros da equipe da Umbrella perderam contato, e cabe a Chris procurá-los, enquanto também busca capturar Lucas Baker com vida… Sim, Umbrella! O estranhamento por parte dos jogadores foi levado em conta pelos produtores. Também nos primeiros minutos é explicado por files que a antiga organização foi dissolvida e reassimilada como uma empresa militar privada, mantendo o mesmo nome, e Chris deixa claro não confiar nas intenções reais da empresa, conforme conversa com seu contato na base.

Com o desenvolver do jogo (que não é muito longo, levando certa de 1 hora e 20 minutos, numa primeira jogada), conforme já fica estabelecido desde o começo, buscamos salvar os três agentes, e sobreviver às armadilhas de Lucas, para enfim capturá-lo. Entretanto, é nesse desenvolver da aventura que notamos as referências aos títulos anteriores, bem como a filmes de terror (que tiveram boa parte na influência de RE7). É impossível passar pelas armadilhas e não se lembrar de filmes como Jogos Mortais. Por sorte, as referências não se limitam aos filmes, e também vemos várias ligações (umas diretas, outras sutis) à série: a relação de receber diretrizes da base e discutir a melhor estratégia de executá-las lembra muito a vista nos últimos jogos, especialmente Resident Evil 4 e 6 (com a Hunnigan orientando sobre as melhores rotas a seguir). A parte final, em especial, traz uma luta com o chefe final no estilo dos jogos clássicos, com direito a uma batalha relativamente longa, contagens regressivas e evoluções do monstrengo. É uma boa pedida para aqueles que acharam o confronto com Eveline curto.

O capítulo apresenta seus pontos altos e baixos. Como qualidades, é possível ver um resgate da personalidade de Chris (mesmo que sua aparência em princípio traga um distanciamento, o jeito de falar empregado ao personagem logo nos traz de volta a sensação de estarmos jogando com alguém que conhecemos a personalidade há tempos). E há um esforço para não cair na previsibilidade.

Particularmente, considerando a forma que Chris se tornou sinônimo de ação para a série, nós do EvilHazard imaginamos em princípio que essa DLC seria de ação desenfreada. Foi uma grata surpresa ver momentos que colocam o jogador para pensar (como a sala com lasers – e não, eles não têm nada a ver com os filmes!). Além disso, não é porque temos um personagem que literalmente já deu soco em pedra, que abusamos das habilidades físicas. O combate é feito basicamente com armas (muito necessárias, considerando uma maior quantidade de inimigos) e os golpes físicos funcionam apenas para finalizar inimigos atordoados (como já é visto desde Resident Evil 4). Com isso, há uma tensão quanto ao gerenciamento de recursos.

Por outro lado, nem tudo são flores. Por não ser um DLC longo, os outros personagens além de Chris e Lucas são explorados de forma bastante superficial. As situações em que os outros membros da equipe aparecem em cena são curtas, não tendo tempo para criar uma empatia (ou mesmo se importar) com eles. Passando a luta com o final boss (que é realmente boa!), temos um final simples, o que deixa os jogadores que estavam esperando uma grande referência a outros personagens veteranos (ehrr… Jill talvez?), um pouco tristes. E por falar em enredo… a verdade é que mesmo com as DLCs de Chris e Zoe, algumas coisas sobre os Bakers vão ser sempre um mistério. Permanecemos incertos sobre qual era a empresa com quem Lucas tinha contato (tudo o que sabemos é que a atual atende pelo nome “Conexões”), e principalmente, QUEM era a pessoa misteriosa com quem Lucas estava conversando no começo do capítulo. Essas questões provavelmente só serão respondidas em um próximo jogo.

Mas afinal, vale a pena jogar ou não? Após adiamento no lançamento, uma grande quantidade de dúvidas por parte dos fãs sobre o que seria a “nova Umbrella”, e mesmo se estaríamos de fato jogando com Chris, o lançamento de Not a Hero se mostra uma boa experiência sim, válida tanto para termos mais uma vez o contato com essa nova narrativa iniciada no sétimo capítulo da franquia, quanto para sentirmos uma relação um pouco maior entre esse jogo e o universo da franquia como um todo. O DLC não responde de fato a todas as perguntas que ficaram em aberto, mas sem dúvidas, nos deixa ainda mais curiosos (e ansiosos!) sobre o que veremos a seguir na série.

E você comrade, curtiu a DLC Not a Hero? Concorda com os pontos destacados em nossa análise? Não deixe de compartilhar suas experiências conosco!

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