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EvilFiles | Senua’s Saga: Hellblade II (Análise)

A sequência do aguardado título da Ninja Theory, Senua’s Saga: Hellblade II, chegou com um lançamento mais íntimo e misto. Com promessas de visuais impressionantes, o game chegou disponível para Windows e Xbox Series X/S. Após o “hype” dos primeiros dias, uma análise agora pode ser feita de maneira mais justa com o exclusivo Xbox.

Essa análise foi totalmente realizada a partir de um Xbox Series S. Todos os prints e gameplays foram retiradas diretamente do Xbox Series S.

Sinopse

Após os eventos do primeiro game, Senua se encontra na Islândia, na época dos Vikings. Desta vez, além de lidar com suas questões internas, Senua se vê em uma história em que humanos escravizados são usados como ferramenta para manter o poder de tiranos.

Visuais

Rodando a 30fps cravados na Unreal Engine 5, Hellblade 2 é de fato impressionante, um título de fato de nova geração. Não apenas pelos aspectos gráficos, mas também pelas tecnologias de ambientação. O game é realizado em um enorme plano sequência com poucos cortes aparentes. Muitas vezes, o jogador ficará parado achando que tem mais cenas para acontecer, sendo que, a gameplay começou. Existem muitas transições de cenários em tempo real sem tempo de loading. Muitas vezes a câmera irá “passear” pelos cenários como montanhas, planícies e vegetações, boa parte dessas cenas em planos aéreos, levando os personagens do ponto A para o B, em tempo real. O jogo sai do “filme” para de fato gameplay em transições muito suaves.

Os gráficos em si são muito detalhados, em todas as texturas de tudo o que está em vista, roupas, rochas, água, armas e etc. Todos esses aspectos impressionam de fato, enchem os olhos do jogador. O game também possui efeitos de partículas e efeitos especiais. A fotografia sabe muito bem dosar com momentos de grandeza e momentos claustrofóbicos. Isso tudo fica mais impressionante quando é rodado no Series S. Definitivamente, acabou a desculpa de que “o Series S atrasa a geração”.

A seguir, imagens e vídeos diretamente do Series S:

 

História e Narrativa

O game continua os eventos do primeiro, porém, indo para caminhos muito diferentes. Enquanto Hellblade: Senua’s Sacrifice utiliza de muitos artifícios da mitologia nórdica e céltica, com presença de deuses e criaturas, Hellblade 2 parte muito mais pro pé no chão. Ao invés de deuses e criaturas, enfrentamos humanos por boa parcela do game. Ainda há criaturas e seres mitológicos, só que em uma escala muito menor. Dessa vez, Senua não está sozinha em sua jornada, ela divide diálogos com outros personagens que são boas adições ao game. Os novos personagens são interessantes e bem desenvolvidos. Cada um deles tem uma mística por trás, o que agrega em seus ciclos e em seus arcos de fechamentos.

Existem momentos emocionantes nessa sequência. Os gigantes, por exemplo, cada um que é apresentado possui sua própria história e seu desfecho de arco narrativo. O game é sim muito “andado” assim como seu antecessor. Os puzzles são semelhantes ao primeiro, o que é compreensível por se tratar de uma sequência de uma mesma franquia. Esses momentos de andar, eles possuem seu propósito: apresentar os cenários e continuar dando contexto para a história. Nos diálogos deve-se ter uma atenção especial, para o jogador não se perder na narrativa. É compreensível quem pode achar este recurso cansativo, mas não chega a ser um demérito do game, e explicaremos no próximo tópico, a seguir.

Combate 
Assim como no primeiro jogo, o combate é bem coreografado, porém realizado de formas diferentes. Enquanto no antecessor tínhamos uma espécie de arena cheia de inimigos, onde enfrentávamos todos de uma vez, aqui temos batalhas mais no estilo “X1”, e dentro da arena acontecem várias coisas ao mesmo tempo. Você finaliza um inimigo e o game transita pra um próximo inimigo em tempo real, tudo simulando um grande plano sequência. O combate está um pouco mais difícil graças ao próprio realismo e fluidez dos movimentos dos inimigos. Fazer o Parry perfeito é muito mais complicado do que no primeiro game.O combate é sem dúvida os melhores momentos do game, porém, são poucos momentos em que isto acontece. Por isso que devem ser considerados tão especiais.

Muitos jogadores inclusive decidiram jogar “de uma vez só”, e particularmente não é recomendado, pois o jogo necessita de tempo de respiro para poder ter uma melhor experiência. Recomendação pessoal deste Redator: jogue com intervalos de tempo, desse modo você aproveita o que de melhor o titulo pode oferecer. E seguindo na mesma linha, pelo fato dos combates não serem o que domina na maior parte do tempo, quando eles acontecem, eles impactam. Os golpes são mais brutais que no primeiro jogo, por exemplo. Sua coreografia é desafiadora até certo ponto e extremamente satisfatória.

Confira no trecho a seguir:

Pontos negativos

Nem tudo é excelente no game. Boa parcela das pessoas se perderão nos acontecimentos da história. Ao terminar, fica um leve gostinho de que poderia ter algo a mais. Existe um certo trecho que, por exemplo, se o game explorasse mais o lado do terror e survival horror, seria uma bela adição. Ainda assim, o game é bastante repetitivo.

Conclusão

Particularmente, este Redator acredita que muitos jogadores foram muito injustos com o game. Foi possível sentir um leve descontentamento da mídia especializada com o fato de o jogo ser um exclusivo Xbox, considerando que o primeiro foi lançado originalmente como exclusivo do PlayStation. Fica o conselho: não se deixe levar por críticas e notas, joguem e tire suas próprias conclusões sempre que possível.

De fato, este não é um game para qualquer um. É o game perfeito lançando no momento errado. Se ele fosse um lançamento mais próximo do lançamento do Xbox Series X e S, certamente seria mais reconhecido e valorizado, mas mesmo após 4 anos dessa nova geração de consoles, ele ainda assim impressiona, e quem estiver disposto a embarcar na jornada de Senua mais uma vez, poderá esperar uma sequência digna, que melhora muitos aspectos do primeiro game e apresenta uma narrativa envolvente e única.

Com aproximadamente 6h de duração que podem se estender facilmente para 10h pra quem buscar todos os colecionáveis e do cenário, Senua’s Saga: Hellblade II entrega tudo o que prometeu. Visual insano em todas as plataformas, história envolvente, uma narrativa que adiciona mais coisas à personagem Senua, sendo de fato um game que só pode ser de nova geração. Talvez o primeiro título seja um pouco melhor, mas essa sequência não fica muito atrás. Se fosse atribuída ao jogo uma nota, esta poderia ser 8.

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