Mesmo após o sucesso de Sexta-Feira 13: Parte 3, as ideias do que fazer com a franquia estavam ficando escassas, então decidiram botar um fim nessa história. Surge então Sexta-Feira 13: O Capitulo Final, que de “capítulo final” não teve nada.
LEIA TAMBÉM:
EvilFiles | Sexta-Feira 13 (1980): o começo da maior saga de terror do cinema!
EvilFiles | Sexta-Feira 13: Parte 2 – a estreia do serial killer mais famoso dos cinemas!
EvilFiles | Sexta-Feira 13 Parte 3 – Jason finalmente consegue sua máscara!
Um grupo de jovens aluga uma casa em Crystal Lake, vizinha à casa da família Jarvis, mas logo Jason volta e recomeça sua onda de assassinatos, e desta vez.. talvez ele entre para a contagem.
O diretor aqui foi Joseph Zito, que sinceramente faz uma direção muito parecida com a de seus antecessores, mantendo Jason nas sombras por boa parte do filme, dando aqueles sustinhos básicos.
O roteiro desse filme acaba funcionando melhor, afinal, mesmo que reutilize da fórmula básica da franquia, adiciona também um núcleo familiar que deixa a trama mais elaborada, inclusive com uma criança no meio desta loucura. O problema é que qualquer desenvolvimento, que já não é muito, fica somente nesse núcleo.
O núcleo dos jovens adultos na casa vizinha é aquela fila de corpos de sempre, cascas vazias que estão lá só pra morrer (mortes muito bem feitas e muito sanguinolentas, as mais sangrentas da franquia até agora inclusive). Não podemos passar pano, entretanto, para os personagens sendo surdos demais e não ouvindo outra pessoa gritando ou sendo jogada contra a parede (ou pela janela do segundo andar) e ninguém ouvir nada.
A maquiagem e efeitos práticos desse filme são, até hoje em 2024, absurdamente incríveis, sabe por quê? É isso ai que vocês estão pensando… esse filme conta com o retorno do homem, do mito, da lenda Tom Savini, o deus maquiador, que fez um trabalho tão bom na morte de Jason no final que o MPAA pediu para fazerem cortes na cena porque estava muito pesada.
O homem por trás da máscara dessa vez foi Ted White! Dessa vez Jason está com as mesmas roupas do filme anterior, mas bem mais sujas, desgastadas e molhadas, e com a mesma máscara do segundo filme. Claro, sua cabeça está mais inchada também. E no final, Tommy dá conta de destruir um olho do homem.
Em conclusão, Sexta-Feira 13: O Capítulo Final é um filme que repete a fórmula, mas diferente de seus dois antecessores, adiciona algo novo que chama a atenção e apresenta o primeiro e único personagem da franquia que vai retornar, mas ainda é extremamente repetitivo, seja em roteiro ou direção.
CURIOSIDADES
A famosa dança de Crispin Clover no filme é completamente verdadeira, é a forma como o ator dançava em baladas na época, e ele dançou no set ao som de Back in Black, do AC/DC.
Sim, a introdução do filme, onde retiram o corpo do Jason do celeiro, reutilizou o cenário do terceiro filme.
Quando entram com o corpo do Jason no hospital, podemos ver Chrissy de costas em um dos quartos abraçando sua mãe.
Tom Savini só aceitou participar desse filme porque poderia matar Jason, assim dando fim a sua própria criação.
Ted White é o homem por trás da máscara dessa vez, porém na época do lançamento ele pediu para não ser creditado ao filme por achar que afetaria negativamente sua carreira. Anos depois ele veio a aceitar sua participação no filme e até compareceu em eventos com os fãs.
Ted White foi o ator mais velho a interpretar Jason, tendo já 58 anos na época das filmagens.
Ted White e o diretor Joseph Zito brigaram feio no set. Isso porque na cena onde uma jovem é morta no barco de plástico, estava extremamente frio e o diretor não deixava a atriz sair do barco ou se cobrir; lembrando que ela estava totalmente nua na cena. Ted White então se negou a fazer a cena até que Zito deixasse a atriz, que já estava com inicio de hipotermia, se aquecer.
O filme possui um final alternativo que foi cortado. Seria mais uma sequência de sonho, onde pela manhã a irmã Jarvis encontraria o corpo da sua própria Mãe em uma banheira cheia de sangue, mas a mãe abre os olhos e eles não têm pupila. Em seguida Jason apareceria para pegar a irmã.
Nesse filme Jason não mata ninguém com um facão, mas é morto pelo mesmo.
Cory Feldman, nosso menino Tommy Jarvis, foi outro que brigava com Zito. Segundo o próprio Feldman, isso se dava por causa das atitudes do diretor no set também.
Esse filme, junto com as Partes 2 e 3, acontecem em um período de 5 dias, sim, um logo atrás do outro. Jason contabiliza 34 mortes nesse período. 34 mortes em 5 dias, tá bom o rapaz.
Nascido em 1996 em Bauru (SP). Redator e Editor de Vídeos do EvilHazard. Escritor publicado. Diretor e roteirista de cinema.