Um ano após o segundo filme, Sexta-Feira 13 Parte 3 chegava aos cinemas, em 3D e novamente fazendo um sucesso absurdo. E dessa vez nosso querido Jason finalmente consegue sua famosa máscara de hóquei!
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Na trama nós acompanhamos Chrissy indo passar um final de semana com seus amigos em sua casa em Crystal Lake, para se recuperar de um trauma antigo que passou no local. O problema é que Jason está de volta e não estava afim de receber visitas.
Sexta-Feira 13 Parte 3 é um dos filmes mais memoráveis da franquia, isso porque é onde vemos nosso querido Jason adquirindo sua famosa máscara de hóquei, que se tornaria seu maior símbolo até o fim da franquia.
O roteiro, entretanto, deixa muito a desejar, apesar de o longa trazer personagens mais interessantes do que o segundo filme, (todo nosso amor ao “gordinho trollador” rsrs, apesar das pegadinhas dele serem pesadas demais). Até a final girl, Chrissy, é a mais interessante até aqui, já que ela não é uma casca vazia, ela tem uma backstory, um trauma que eles tentam trabalhar.
A base do roteiro é a mesma do segundo filme, uma repetição da final girl se afastar com o namorado pra eles voltarem, encontrarem todos mortos, o namorado “ir de base” e ter a luta final dela com o Jason, e isso enfraquece muito o filme.
Steve Miner retorna na direção, o que até explica o roteiro similar ao filme antecessor. Ele faz o mesmo esquema de esconder o Jason nas sombras, o que é desnecessário, a gente sabe que é o Jason, mas, pelo menos, assim que ele pega sua máscara, não tem mais essa de se esconder nas sombras. E é preciso dizer: o maior problema do filme, disparado, são os diálogos. Completamente artificiais e sem um pingo de atuação. Outra coisa insuportável no filme é o fato de os personagens o tempo todo botarem alguma coisa pra fora da tela pra justificar a filmagem em 3D do filme. O visual do homem mudou aqui, agora ele usa calça escura com uma camisa verde. Não tem mais cabelo, como tinha no segundo filme, e ostenta sua belíssima máscara de hóquei.
Em conclusão, Sexta-Feira 13 Parte 3 se torna memorável por trazer a icônica máscara e por ter uma música muito boa, mas tem um roteiro ainda mais repetitivo e diálogos mais artificiais que os zumbis dos filmes de Resident Evil.
CURIOSIDADES:
O plano inicial para o terceiro capitulo da franquia seria trazer Ginny de volta após os eventos do segundo filme, agora em um hospital psiquiátrico onde seria perseguida por Jason. A ideia foi descartada pela produção por medo de o público não aceitar uma proposta tão diferente na franquia. Amy Steel também recusou retornar pois achava que sua carreira estava prestes a decolar (parece que não rolou né..).
A máscara de hóquei foi um acidente. Steve Miner pediu pra fazer uns testes de maquiagem e o supervisor, que por acaso era fã de hóquei, tinha uma máscara ali com ele e decidiu testá-la. No fim, Steve Miner curtiu muito e assim ficou.
Quem interpreta Jason aqui é Richard Brooker, simplesmente porque a produção agora foi para a California e ninguém quis pagar para trazer Daskawicz do outro lado do país.
Esse é o único filme da franquia onde o nome “Jason” não é citado em momento algum.
Alguns fãs dizem que o trauma de Chrissy é muito maior do que é mostrado. Eles dizem que, como a personagem não detalha muito o que aconteceu e o flashback é muito simples, ela pode ter ocultado um ataque sexual da história, mas assim… isso não parece algo que o Jason faria.
Larry Zerner, o gordinho trollador, anos depois se tornaria o advogado que acompanharia a briga de Cunningham e Victor Miller pelos direitos autorais da franquia.
No final original, o sonho de Chrissy seria com o próprio Jason a decapitando. Não se sabe porque trocaram para aquela coisa horrorosa da mãe do Jason saindo da água.
Filmar em 3D foi uma dor de cabeça gigante, desde escolher direito os figurinos pra não interferir com as cores do 3D a ensinar os atores a jogar as coisas na tela. Sem falar que câmeras 3D são muito complicadas e tiveram que remarcar gravações várias vezes por causa de problemas com elas. E mais: era absurdamente caro adaptar as salas de cinema pro 3D na época.
O terceiro capítulo teve um orçamento de 2 milhões e arrecadou 34.5 milhões, aquele lucro bonito de sempre.
Nascido em 1996 em Bauru (SP). Redator e Editor de Vídeos do EvilHazard. Escritor publicado. Diretor e roteirista de cinema.