Lançado originalmente em 2019, uma época onde os jogos com temática de apocalipse zumbi estava em grande alta tanto por conta de jogos como Days Gone que estaria chegando no mesmo ano, quanto por grandes produções cinematograficas, World War Z chegou com a missão de mostrar que ele pode ser mais do que apenas um jogo genérico de apocalipse zumbi e agora, anos após o lançamento do jogo original, a Saber Interactive retorna com World War Z: Aftermath, uma versão para a nova geração que traz todos os conteúdos adicionais lançados para o jogo base juntamente com algumas melhorias gráficas para os consoles de nova geração, mas será que isso é o suficiente para reviver a matança desenfreada que World War Z proporcionava em seu lançamento?
Esta análise foi escrita graças ao fornecimento a nós do EvilHazard do código do jogo, através da Saber Interactive, a quem deixamos nossos mais sinceros agradecimentos!
Plataformas e ano de lançamento: PlayStation 4, Xbox One e PC, no ano de 2019, PlayStation 5 e Xbox Series S|X, no ano de 2023
Desenvolvedora e Publicadora: Saber Interactive
Gênero: Ação/Tiro Tático
Número de jogadores: 1-4
Inspirado no filme de mesmo nome lançado em 2013, o jogo World War Z é um game de ação que se ambienta num mundo pós-apocalíptico que está repleto de hordas e mais hordas de zumbis, trazendo como seu foco principal a experiência de multiplayer fazendo partidas de até quatro jogadores, onde essa equipe deve realizar diversas missões nas mais variadas localizações enquanto enfrentam as perigosas hordas de mortos-vivos. Sabendo disso a versão Aftermath traz as diversas atualizações e conteúdos novos que haviam sido disponibilizados anteriormente, além de também trazer algumas melhorias inéditas.
Dentre as mais diversas melhorias trazidas em World War Z: Aftermath está a possibilidade de jogar com a visão em primeira pessoa, algo que já era muito pedido na sua versão original e que, dada a temática voltada para o terror, essa opção traz uma maior imersão proporcionando mais suspense e tensão nos momentos de confronto. Junto disso uma outra novidade é o novo sistema de combate corpo-a-corpo, que conta com diversas armas para realizar os mais variados combos e um novo modo exclusivo chamado de Horda XL que conta com hordas de zumbis maiores do que podíamos ver no jogo original. Além disso, essa versão conta com a esperada a atualização para os consoles da nova geração, onde vemos algumas melhorias técnicas como resoluções em 4K e taxa de quadros de 60 fps.
World War Z: Aftermath é dividido por episódios com cada um deles tendo pelo menos três fases que abordam um grupo diferente de sobreviventes em algum lugar do mundo. Nesses episódios os jogadores terão pequenas missões que geralmente envolvem lidar com ataques de zumbis tanto em hordas gigantes como em grupos menores. Cada episódio em sua totalidade costuma ser rápido dependendo da dificuldade escolhida, mas no geral as partidas não costumam demorar muito, ainda mais jogando com amigos, porém o game não traz uma narrativa profunda sobre os acontecimentos que envolvem a propagação do vírus pelo mundo, tornando o filme de 2013 muito mais importante para aqueles jogadores que se empolgam muito mais com a história do que com o multiplayer em si.
Mesmo sem possuir uma história tão profunda, World War Z brilha com outras qualidades, dentre elas a sua jogabilidade que traz diversas classes, sendo elas: o atirador com foco em armas de fogo, o médico focado no suporte e na cura de seus aliados, o retalhador focado totalmente em ataques corpo a corpo, o mestre dos drones que já é autoexplicativa a sua função, o vanguarda que seria a classe mais “tank” do grupo por sua alta defesa, o reparador que oferece a possibilidade de consertar e aumentar seu arsenal do grupo, o exterminador que luta armado com coquetéis molotov e por último o infernal que luta de forma semelhante ao exterminador mas ao invés de utilizar molotov, ele lida com as hordas utilizando explosivos. Cada uma dessas classes tem o seu estilo próprio de gameplay, fazendo o jogo possuir uma maior personalização para os confrontos.
Cada uma das classes possui a sua própria árvore de habilidades com vantagens diferentes uma da outra que podem ser upadas utilizando o dinheiro que é recebido como recompensa ao final das missões, assim como as armas também podem ser upadas utilizando esse dinheiro. Agora se os jogadores estiverem interessados em itens cosméticos, a moeda que será usado já é outra, para itens cosméticos a moeda usada só pode ser obtida em desafios variados que aparecem antes de selecionar as missões.
Como mencionamos anteriormente, a versão Aftermath traz algumas melhorias tanto gráficas como de performance, principalmente para fazer o jogo se adequar aos padrões da geração PlayStation 5 e Xbox Series X com uma resolução chegando aos 4K e uma performance de 60 FPS mantidos de forma quase constante; com essas melhorias, podemos ver cenários que já eram belos antes (como a Rússia ou o Vaticano) se tornarem praticamente quadros artísticos de tão belos que ficam e graças a sua performance atingindo os 60 FPS podemos sentir uma melhor fluidez nos movimentos e nas ações dos personagens.
Outra coisa que sofreu melhorias com o lançamento da versão Aftermath foram as gigantescas hordas de zumbis que na versão original chegavam a derrubar a performance nos consoles da antiga geração, porém agora com a nova geração o jogo se mantém constantemente com os 60 quadros durante esses embates que, combinado com a trilha sonora que ouvimos durante esses confrontos, criam um verdadeiro clima de tensão.
Como não encontramos o jogo perfeito nessa vida ainda, World War Z: Aftermath possui os seus problemas também. Mesmo ganhando pontos com gráficos mais bonitos e um FPS estável, Aftermath peca em não corrigir problemas que tínhamos desde a versão original do jogo, como alguns bugs e delay entre o disparo da arma do sobrevivente e o impacto no zumbi, o que se torna mais perceptível nos momentos de hordas grandes mesmo na nova geração. Além disso, mesmo trazendo um novo modo horda, isso não é o suficiente para manter os jogadores entretidos por muito tempo, aliado ao fato de que, para uma experiência melhor, os jogadores ou devem se juntar com mais 3 amigos ou então encontrar jogadores aleatórios pelo matchmaking, tendo a possibilidade de cair com jogadores que podem acabar atrapalhando a sua experiência por conta do friendly fire, já que, como dito anteriormente, em dificuldades mais elevadas a inteligência artificial não ajuda tanto quanto deveria.
Por fim, World War Z: Aftermath conseguiu manter e ainda aumentar a sua diversão como um jogo multiplayer; mesmo com a história não sendo uma das mais primorosas que já vimos, ela funciona bem para a proposta que o jogo tenta nos entregar. O principal foco dele é sim a experiência de jogar o multiplayer com os amigos e ficar horas e mais horas se divertindo matando zumbis. World War Z: Aftermath tem seus aspectos que o tornam um bom jogo e isso, combinado com as melhorias que podem parecer poucas mas que fazem uma diferença na experiência final (como a visão em primeira pessoa e as melhorias técnicas), o tornam um jogo interessante a se jogar ainda mais se você gostar de jogos como Left 4 Dead e Back 4 Blood.
Lembrando que World War Z: Aftermath foi lançado no dia 24 de janeiro de 2023 para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series S|X e PC.
Esta análise foi escrita graças ao fornecimento a nós do EvilHazard do código do jogo, através da TechLand, a quem deixamos nossos mais sinceros agradecimentos!
20 anos, paulista, Redator do Evilhazard, amante de jogos indies (em especial jogos de terror indies) e oldshool gamer!