Eu sei o que vocês devem estar pensando ao ler o título dessa matéria: “mas já!?”. Pois é. Vocês já pararam pra pensar que, enquanto todo mundo aguarda ansioso por qualquer migalha de notícia sobre o REmake de Resident Evil 2, a Capcom certamente já está trabalhando no próximo capítulo numerado da franquia?
Um ano após seu lançamento, Resident Evil 7: Biohazard ainda é considerado uma das melhores experiências do ano de 2017. E com todo o sucesso de crítica e de vendas conquistado pelo game, é obvio que a Capcom não ia parar por aí. E agora que todas as DLCs previstas para RE7 já foram lançadas, a equipe certamente já está trabalhando em RE8. Então junte-se a nós enquanto reviramos algumas informações já divulgadas pela Capcom, algumas dicas deixadas na historia de RE7 e algumas especulações diretamente de nossa bola de cristal.
Certamente que cabe aqui um aviso de SPOILER. Se ainda não terminou a campanha (e as DLCs de RE7), siga por sua conta e risco. Não diga que não avisei.
O QUE A CAPCOM DIZ?
Se você não se surpreendeu como a nossa afirmação sobre RE8 já estar em desenvolvimento, tudo bem. A gente não te culpa. A própria Capcom, ou melhor, alguns membros do time de desenvolvimento, já confirmaram que o próximo game já se encontra em estado inicial de desenvolvimento, e que Biohazard foi o início de um novo REboot para a saga.
Em abril de 2017, durante uma entrevista para um “Making Off” do game, o Produtor Executivo Jun Takeuchi disse: “Nós queremos que RE7 seja o começo de um novo estilo de survival horror e de uma nova série. Nós já temos vários planos para um próximo game, mas também queremos ver como podemos continuar a evoluir o gênero survival-horror em si. Nos próximos anos, a tecnologia vai continuar a avançar, e aquilo que os jogadores querem também pode mudar, mas nós queremos sempre criar experiências de horror onde os personagens superam situações difíceis.”
E continua: “Então, a obra atual (RE7) é apenas o começo. Planos para o próximo título já estão em andamento e, quando vocês virem o jogo, podem pensar que está muito diferente de Resident Evil 7 em alguns aspectos enquanto ainda mantém aquele conceito principal de survival horror das pessoas superando as dificuldades. Resident Evil sempre manterá essa essência.”
Takeuchi certamente está falando menos do que realmente sabe. Mas podemos perceber que esse foco renovado no survival horror, comparado aos momentos cheios de ação dos episódios anteriores, continuará sendo muito importate para a Capcom e o futuro da franquia. E julgando pelas críticas recebidas por Resident Evil 6, não podemos culpá-los. (“Mas Junior, eu adorei RE6, foi o melhor jogo da geração, GotY, redefiniu os jogos eletrônicos, revolucionou a indústria com a jogabilidade, história e desenvolvimento de personagens!!” Aham. Senta lá.)
O QUE RESIDENT EVIL 7 NOS DIZ?
Vamos entrando no terreno de spoilers, mas a história do próprio Resident Evil 7, especialmente o final, deixou várias dicas do que podemos esperar para essa nova geração de zumbis, mofados, e “super-pragas”. Realmente, podemos esperar que RE8 comece a responder algumas das muitas dúvidas levantadas pela história de RE7. O que aconteceu com Chris nesse tempo todo? Qual o verdadeiro propósito da Umbrella? O que raios vai acontecer com o coitado do Ethan que tá infectado?
Mas sim, os dois pacotes de DLC lançados recentemente, Not a Hero e End o Zoe, lançaram alguma luz em alguns desses mistérios, especialmente no primeiro, mais focado no próprio Chris. Mas ainda assim, apesar de as duas DLCs se passarem após o final do game, nenhuma delas oferece uma resposta concreta sobre o que esperar do futuro da saga.
De qualquer maneira, depois de uma história (intencionalmente) mais isolada, a aparição de Chris no ultimo minuto, pode ser um grande sinal de que o próximo episódio nos trará de volta ao “universo” Resident Evil, ou ao menos revelar como essas histórias separadas se unem.
O QUE A GENTE ACHA?
Resident Evil 7, apesar de polêmico, trouxe novos ares para uma série que precisava desesperadamente de uma reinvenção. E não espere ouvir de mim qualquer crítica se a Capcom decidir manter a gameplay em primeira pessoa na sua continuação. Porém, algumas coisas podem ser incorporadas a Resident Evil 8, independente da perspectiva. Novos locais, talvez um outro país, o retorno de mais personagens clássicos, e como eles se encaixam nessa nova perspectiva da história.
Enfim, tudo isso não passa de especulações sobre um game que ainda nem existe (oficialmente), mas depois de assumir um risco tão grande com o reboot em RE7, não custa dar um voto de confiança para a Capcom construir em cima de todos os conceitos apresentados com Resident Evil 7 e torná-los ainda melhores. Como o próprio Takeuchi afirmou, não importa qual forma Resident Evil 8 assuma, enquanto o survival horror estiver no coração da experiência, ela será sempre muito boa.
E você, o que achou das nossas idéias? Concorda? Discorda? Transforme a sua opinião em um dinossauro-mosca zumbi em primeira pessoa nos comentários!
