A Capcom busca redefinir o que significa um remake (de novo) em 2019, usando nada menos do que a sequência da versão pioneira original de Resident Evil como o modelo.
Responsável por elevar a franquia de um sub-gênero de nicho para um sucesso mundial, a aventura maior, mais ousada e mais sangrenta de Resident Evil 2 tem um número igual de novos e antigos admiradores, loucos para guiar Leon e Claire para a segurança. Mas independente se você está visitando Raccoon City pela primeira ou pela décima quinta vez, a Capcom guardou um monte de surpresas que todas as gerações poderão curtir. neste novo jogo.
A delegacia de polícia ainda hospeda locais familiares como o hall principal, mas teve seus labirintos de corredores e salas conectadas embaralhados para manter veteranos e iniciantes em pé de igualdade. Alguns fazem referência ao layout do famoso protótipo que foi cortado, mas outros estão cheios de homenagens à família Baker de Resident Evil 7, mais uma certa protagonista do derivado de Resident Evil, Outbreak.
Ainda maior que seu tremendo REmake, a Capcom está fazendo de tudo para que o revival de Raccoon City seja mais que um olhar moderno sobre um clássico, mas uma declaração de amor à série e seus fãs, mergulhado até os olhos em sangue, coragem e segredos tão bem guardados que você precisará de uma lupa para encontrá-los. Confira abaixo:
1. Rita Philips
A Capcom, ao ter decidido recriar Resident Evil 2 do zero, deu uma rara oportunidade de fazer algumas mudanças retroativas em prol da continuidade. Um monte de sequências e derivados seguiram de onde parou a versão original, alguns dos quais elaboraram o cânone estabelecido, resultando em inconsistências como Rita Phillips.
Destaque do costumeiramente esquecido Resident Evil Outbreak, Rita, junto de um punhado de outros sobreviventes, era uma policial lotada em Raccoon City na época da eclosão dos zumbis, que com a ajuda do garoto Marvin, supostamente escapou da delegacia – e da cidade – viva.
Nenhuma menção da existência de Rita ou de sua fuga é feita em Resident 2, mas alguns poucos sortudos que jogaram um demo inicial do remake deram de cara com uma placa de identificação com seu nome lá.
Ainda permanece um mistério se ela aparecerá em pessoa, mas pelo menos a Senhorita Phillips foi canonizada no lore de Resident Evil.
8. Fotografia clássica
Como parte de um esforço reconstrutivo, a Capcom fez várias mudanças importantes sobre o layout do departamento de polícia de Raccoon City. Isso significa que locais memoráveis como o escritório S.T.A.R.S e a sala de revelação podem não estar onde você se lembra, mas não se engane, elas estão no jogo e apresentam os mesmos segredos que estavam presentes há 20 anos.
Bem, quase todos. Há uma possibilidade de que a foto pervertida de Rebecca não esteja na mesa de Wesker, mas outra famosa fotografia, uma com toda a equipe S.T.A.R.S. antes de ser dizimada, estará presente no jogo.
Novamente, alguns deram de cara com a foto explorando a sala de revelação da demo inicial, descobrindo uma cópia embaçada da icônica foto dos S.T.A.R.S que Leon descobre na delegacia de polícia de Raccoon City.
7. A pobre vítima de Brian Irons
Se você quer manter alguém importante para você segura, que lugar melhor que levá-a à delegacia de polícia?
O prefeito de Raccoon City Michael Warren teve a mesma ideia, entregando sua filha mais querida aos cuidados do chefe de polícia Brian Irons no auge da invasão zumbi, sem saber que ela estaria mais segura andando pelas ruas da cidade.
O corpo da filha de Warren faz uma participação especial no último trailer do jogo, deitada sobre a mesa de Irons da mesma forma que no original, mas nós saberemos dessa vez como ela encontrou esse destino infeliz?
Graças a documentos escondidos na infame sala de troféus de Irons, fica claro que suas tendências sádicas levaram a pobre garota à morte, mas nós nunca descobrimos exatamente como ela morreu no original. Como uma das mais memoráveis e intrigantes sub-tramas passada nas horas finais de Raccoon City, a esperança é que a Capcom não responda a pergunta, mas expanda Irons como personagem, e como um psicopata degenerado chegou à chefia de todo um precinto policial.
6. Retro Gaming
A inclusão sorrateira de um console PS1 na apresentação inicial do remake de Resident Evil 2 foi a primeira e única dica que alguns precisaram para entender o que estava sendo revelado, mas estava longe de ser a única pista.
Além da homenagem ao console que serviu de base para as raízes da série, um briga entre um policial e um zumbi no fundo do trailer, vista pelos olhos de um roedor vetor do G vírus (descanse em paz, carinha), faz referência à própria sequência de abertura de Resident Evil Outbreak, que também rolava pela perspectiva de um rato, até mesmo o ruído final que ele solta após ser esmagado sem cerimônia por um armário derrubado é exatamente o mesmo som que foi usado na abertura do derivado de horror de sobrevivência.
Se trata de uma das mais deliciosamente diabólicas referências às raízes de Resident Evil que vimos por praticamente um minuto inteiro. Mas quanto ao console PS1, seria possível que a Capcom o escondesse em algum lugar do jogo, com uma cópia pré-instalada do Resident Evil 2 original?
Sério, isso não seria demais?
5. Restaurações
O prédio da delegacia de polícia de Raccoon City tem algumas esquisitices arquitetônicas intrigantes, para dizer o mínimo. Ter uma escada de emergência como o único método para acessar os andares superiores a partir do hall principal, seria por exemplo, uma forma certa de violar regulamentos de segurança, não apenas por só poder ser baixada de cima.
Felizmente, em prol da nossa capacidade de suspensão do descrédito, a Capcom fez uma varredura para eliminar essas inconsistências da delegacia, como uma forma de promover um senso de progressão mais lógico através de seu interior labiríntico.
O hall principal , em particular, recebeu um redesenho drástico: a mencionada escada foi substituída por duas escadas gêmeas que levam ao segundo andar, e a estátua chamativa, previamente posicionada na frente e no centro, foi realocada para atrás da mesa da recepção.
Ah, e esteja certo de prestar atenção aos conteúdos da mesa. É certeza que haverá um uso, além de decoração, para aquela máquina de escrever. Seria o retorno não confirmado dos Ink Ribbons?
4. Boutique da Aruka
Na lista de coisas importantes que um remake tem que ter, atenção aos detalhes é uma das áreas mais importantes, especialmente quando se quer chamar atenção nas primeiras impressões. Se Leon e Claire começarão seus contos de sobrevivência no mesmo beco, ainda não sabemos, mas seus confins mal iluminados estarão presentes no jogo.
De fato, uma olhada rápida sobre suas características pouco notáveis surge em um trailer, e tem um componente essencial que pode servir de exemplo sobre como a Capcom está comprometida em assegurar que o menor dos detalhes estará presente e será considerado.
A exata mesma fachada da Aruka presente na versão original aparecerá no remake. É um detalhe menor que somente os mais atentos perceberiam a ausência, mas aí está, a referência à fã apaixonada por Ryu, Sakura, da série Street Fighter.
São as pequenas coisas, sabe?
3. A escolha da bebida
Por mais que seja uma parte genuína da série, o relacionamento de Resident Evil 7 com continuidade da franquia é muito mais uma questão de cortesia do que qualquer coisa. Dado que o status de RE 7 é de um reboot suave, não é de todo surpreendente se a aparição de última hora de Chris Redfield em RE7 e um certo easter egg atrevido no remake do ano que vem forem uma indicação de que a Capcom considera muito que o encontro aterrorizante de Ethan com os Bakers faça parte da franquia.
Uma garrafa vazia de cerveja Dulvery, a bebida favorita de Jack Baker, que Ethan descobre quando é “convidado” para jantar, pode ser vista caída de lado no trailer inicial do remake de RE2, uma simples referência que levanta um milhão de perguntas.
A presença de uma marca particularmente notável alude a algum tipo de conexão entre os Bakers e Raccoon City? Extremamente improvável, mas se a bebida é feita no estado natal dos Bakers na Lousiana, então isso propõe uma ligação entre as conexões obscuras originais entre a Umbrella e Resident Evil 7.
Mais provável que seja uma referência simpática ao título mais recente da série, que consolida seu lugar na mitologia Resident Evil.
2. “We DO it”
Nós todos lembramos da confirmação original da Capcom que Resident Evil 2 iria receber tratamento de remake, e não foi pelo elogioso gameplay inicial que acompanhou a confirmação.
O que chamou atenção foi o produtor Yoshiaki Hirabayashi tirar seu agasalho para revelar uma camiseta com a mensagem gramaticalmente questionável “We do it” que manteve o entusiasmo e a esperança vivos nos quatro anos de silêncio total que seguiram o anúncio inicial. Gravado sobre um busto comemorativo que a maioria passará sem notar, lá estão as três lendárias três palavras, reaproveitadas como o mote do departamento de polícia.
Veja a evidência dessa fantástica referência clicando aqui!
1. Inspirações de Resident Evil 1.5
A infame sequência que nunca foi, a versão descartada do sucessor do Resident Evil original apresentava muitos dos mesmos personagens e elementos – Mr.X, Ada, uma versão alternativa RPD, etc. – que eventualmente virariam parte integral da história de Leon e Claire, mas muito dessa versão ficou de fora.
A entusiasta das motos e progenitora de Claire Redfield, Elza Walker, é o exemplo mais conhecido de conteúdo não usado e descartado com o protótipo, mas outros elementos, incluindo roupas alternativas para Ada e Claire também pararam na sala de edição. Até agora.
Cortesia da colagem abaixo, parece que a Capcom não está avessa em resgatar elementos não usados para o remake, incluindo, onde puder, referências ao jogo que nunca foi. A nova roupa de Ada em particular, é uma referência direta ao que a Capcom planejava originalmente que ela vestisse (com um par de óculos escuros para completar o visual) e o layout revisado do hall principal da delegacia tem muito a ver com a versão 1.5.
Considerando o esforço da Capcom para esconder essas e outras referências a serem descobertas dentro do jogo, será difícil se segurar até o ano que vem!
Traduzido do What Culture.
Paulista de Taubaté, Designer Gráfico, Designer de Games, quality assurance tester, tradutor de Inglês e Francês e dono do blog e canal Loading Time.