Por quase 25 anos, a Capcom encanta e aterroriza os jogadores em todos os lugares com o horror de Resident Evil. Muito parecido com os vários vírus que formam a espinha dorsal do enredo da série, Resident Evil evoluiu constantemente com o tempo, passando do horror da sobrevivência a ação frenética e de volta ao terror atualmente, onde parece ter fincado os pés.
Uma coisa que permaneceu constante em meio a toda essa reinvenção, no entanto, é a capacidade da série de fornecer algumas das melhores lutas contra boss em seus jogos.
A consistência de Resident Evil em entregar divertidas batalhas contra chefes é genuinamente impressionante. Lutas contra boss em jogos já são notoriamente difíceis de realizar, e lutas finais contra boss são especialmente delicadas. Fato é que a franquia Resident Evil possui em seu currículo batalhas verdadeiramente memoráveis contra chefes finais, e são elas que lembraremos aqui agora neste artigo especial, confira abaixo!
10. Resident Evil Zero – Leech Queen
Adequadamente para um jogo apresentado como uma história de origem, a Leech Queen em Resident Evil 0 fornece um exemplo por excelência de uma luta final contra o estilo de Resident Evil. Muitas das características encontradas ao longo dos duelos climáticos da série estão presentes e corretos aqui: um prazo apertado, uma versão mutada do principal antagonista do jogo e (de maneira um pouco irritante) o golpe fatal em uma cena.
No entanto, a luta tem um grande truque para diferenciá-la do esquema padrão de RE: ao contrário de uma batalha normal contra boss, não é esperado que você atire na Leech Queen até que ela fique sem vida.
Em vez disso, em toda a luta você vai distraindo-o com Billy Coen, enquanto Rebecca Chambers percorre a arena, ativando as válvulas do teto do local e deixando a luz do sol entrar.
É uma visão interessante de uma batalha de boss e um uso inteligente do truque cooperativo de RE Zero, dando aos dois personagens tarefas igualmente vitais para derrubar a rainha. Pode não ser a melhor luta nesta lista, mas seu uso inteligente do gancho central do jogo definitivamente a torna uma das mais exclusivas.
9. Lucas Baker – Resident Evil 7 (Not a Hero)
Catártico. Essa é a palavra que vem à mente quando o mal-humorado e sádico pretendente Lucas Baker finalmente mostra mais das suas garras.
Lucas era sem dúvida o membro mais monstruoso da terrível família Baker. Um valentão arrogante e retorcido que se divertiu assistindo as pessoas navegarem em seu labirinto caseiro, um labirinto cruel projetado para causar ferimentos agonizantes em suas vítimas antes de queimá-las até a morte, Lucas era um vilão genuinamente odioso. Como tal, sua partida abrupta do enredo do jogo base foi uma grande decepção.
Felizmente, a Capcom corrigiu seu erro com ‘Not a Hero’, um episódio gratuito de DLC projetado para ajudar a história de RE7. Jogando como o personagem principal da franquia, Chris Redfield, depois de duas horas de perseguição como gato e rato, finalmente Chris teve a chance de ficar cara a cara com Lucas e entregar a retribuição que o bastardo orgulhoso merecia.
A luta final pode ter sido um retorno padrão (antagonista mutante, limite de tempo), mas, neste caso, a chance de acabar com um dos vilões mais detestáveis da franquia era a recompensa necessária aos jogadores.
8. Javier Hidalgo – Resident Evil: The Darkside Chronicles
Esta pode não ser a melhor luta da lista, mas definitivamente tem o melhor “plot”: “Leon Kennedy luta com um traficante de drogas com a ajuda da filha pirocinética e afastada do traficante”.
Isso não quer dizer que a luta não justifique sua inclusão aqui por seus próprios méritos, é claro. Boss final do spin-off Resident Evil: Darkside Chronicles, Javier é a personificação da abordagem maximalista que tipificou os jogos da franquia em seu princípio.
Não há um significado mais profundo do estilo de Silent Hill em seu design, ou qualquer estratégia real necessária para combatê-lo além de “Atire na cara dele com poder de fogo suficiente para exceder os orçamentos militares da maioria dos países”.
Alguns podem ver isso como decepcionante, mas essa abordagem funciona perfeitamente para Darkside Chronicles. Os jogos de canhões de luz são projetados como espetáculos em primeiro lugar, permitindo ao jogador abrir caminho em seu próprio filme de ação e, nesse sentido, a luta contra Javier Hidalgo, que tem muitas histórias, é um sucesso.
E, novamente, apresenta um humano que virou uma B.O.W. versus sua filha adolescente que lança chamas. Genial.
7. Jack Norman – Resident Evil Revelations
É uma pena que a Capcom tenha criado uma das melhores lutas de Resident Evil para um dos piores vilões da série.
Primeiro, o ruim: Jack Norman é tão chato quanto seu nome. Ele é tão chato, de fato, que esquecemos que ele existia e, em vez disso, lembramos dessa luta como sendo contra um personagem completamente diferente. Felizmente, pelo bem da reputação do Sr. Norman, a luta contra ele é uma das melhores da história da franquia.
A primeira coisa que você nota é o design do boss, uma variação aquática do modelo Tyrant padrão da série (adequado para um jogo ambientado principalmente no oceano). A próxima coisa que você percebe, muito rapidamente, é que Norman é implacável.
Ele pode se teletransportar e criar ilusões para você gastar munição, e usa esses truques constantemente. Isso cria um encontro brilhantemente tenso, pois qualquer movimento desperdiçado de sua parte é imediatamente punido.
A luta pode durar apenas cinco minutos, mas a trilha sonora, o visual e a mecânica da luta se combinam para torná-la épica. O que, novamente, torna mais uma pena que essa batalha seja desperdiçada com um bandido unidimensional em um spin-off que não tem muita influência na trama dos jogos principais.
6. Nemesis -Resident Evil 3
É seguro dizer que RE3 Remake foi uma grande decepção para muitos fãs de RE, e as razões para isso podem ser encontradas nas maneiras contrastantes em que ele e o original lidaram com o antagonista de mesmo nome do jogo.
Enquanto a batalha final do remake transforma a arma biológica que está perseguindo os S.T.A.R.S. em um monstro genérico, a forma menor, porém mais móvel, de lagarto do original, torna Nemesis muito mais sinistro.
Além disso, os limites limitados da localização do original criam uma arena tematicamente perfeita. Depois de ser caçado por uma cidade inteira, a natureza claustrofóbica da sala deixa claro que é isso – não há outro lugar para fugir, e não há saída senão através do bastardo que o aterrorizou durante todo o jogo. Esse sentimento está completamente perdido no local, do tamanho de um hangar, em que a luta do remake acontece.
Por fim, quem quer que seja na Capcom que decidiu remover a icônica frase de Jill ” Você quer ESTRELAS? Vou te dar estrelas!” da batalha final, bom, abaixe a cabeça com vergonha, senhor.
Se você quer a melhor versão da batalha final de RE3 (e a melhor versão do ponto final de RE3), você precisa jogar o original.
5. Derek Simmons – Resident Evil 6
Por falar em jogos decepcionantes de Resident Evil …
Na verdade, RE6 não é tão ruim quanto sugere sua reputação. Duas das quatro campanhas podem ser fracassadas, mas Leon e Ada proporcionam emoções suficientes em suas respectivas histórias para que o jogo valha um pontapé se você o achar barato para comprar, por exemplo. Até mesmo a campanha de Chris possui seus pontos positivos, especialmente na figura do inesquecível Piers. O destaque indiscutível das campanhas de Leon e Ada, entretanto, é a luta magnificamente exagerada contra Derek Simmons, outro caso de um vilão chato que proporciona uma batalha única contra o boss.
A luta contra Simmons é uma das poucas tendências maximalistas de RE6 a seu favor. Essa luta é memorável, não apenas pelo número de vezes que você precisa abater o vilão, mas pelas situações cada vez mais insanas que ela cria:
1) Lute contra ele em um trem em alta velocidade depois que ele se tornar um cavalo gigante.
2) Atire nele com uma metralhadora montada na traseira de um caminhão depois que ele se tornar um T-Rex
3) Jogue-o de uma ponte aérea para outra que esteja pegando fogo.
4) Finalmente acabe com ele, acertando-o com um raio depois que ele se transformar em uma mosca do tamanho de um godzilla.
Um cenário absolutamente bizarro em uma batalha de boss! Simmons pode não ter sido um grande vilão, mas sua morte “rasputiniana” é um dos momentos mais memoráveis nos jogos da década passada.
4. Tyrant – Resident Evil
A antítese do participante anterior, o Tirano original de Resident Evil mostra a virtude da simplicidade.
Enquanto as outras lutas nesta lista podem ser explicadas de maneira mais elaborada, Tyrant consegue ser “O” boss final, acertando no básico. Um visual direto, mas memorável (humanóide, mas com bastante erro para criar uma sensação de horror), uma batalha de altas apostas contra o relógio e uma recompensa explosivamente satisfatória combinam-se para tornar o Tyrant o melhor boss final da trilogia original.
Sim, a luta real pode ser básica para os padrões de hoje, mas com o clímax do primeiro Resident Evil (um dos melhores de todos os tempos) somado ao modelo do próprio boss, geram um resultado que legitimam Tyrant ao direito mais do que suficiente de merecer sua inclusão nesta lista.
3. Mr X – Resident Evil 2 Remake (Leon)
De um tirano para outro, o duelo final de Leon contra a abominação favorita dos memes mostra a Capcom aprendendo com seu passado ao fazer uma batalha de boss que se destaca como um clássico moderno.
O duelo final contra Mr. X no recente remake do RE2 parece uma carta de amor à trilogia original. O design de Mr. X é uma óbvia referência ao Tyrant de RE1, e a arena fechada em que a luta ocorre evoca o mesmo sentimento da batalha final do RE3 contra Nemesis – que a presa encurralada precisa finalmente parar de correr e tirar seu predador do caminho para sobreviver e prosseguir.
Combinando a atmosfera dos jogos originais com a tecnologia moderna e o design do jogo, essa luta atua como um microcosmo do motivo pelo qual o remake do RE2 foi tão bem-sucedido – ele conseguiu atualizar o apelo do jogo original para o público moderno sem perder nada do que o fez tão especial para aqueles de nós que jogaram o clássico em todos esses anos.
2. Osmund Saddler – Resident Evil 4
O boss final de Resdient Evil 4 fornece um final adequado a tudo o que o precede.
Assistido por uma performance perfeita do dublador Michael Gough, o líder do culto Osmund Saddler é um dos melhores vilões de Resident Evil, o que torna mais satisfatório derrubá-lo no final de Resident Evil 4. Melhor ainda, a luta em si é ótima.
Resident Evil está no seu melhor quando você suspeita que os designers têm a língua nas bochechas, e em alguns momentos que essa batalha cria, você suspeita que as pessoas boas da Capcom tiveram suas línguas alojadas tão firmemente nas bochechas que podiam lamber as orelhas.
Leon revirando uma viga atirada nele como um dardo? Por que não!? Pular nas costas do monstro-aranha para cortar seu ponto fraco exposto com uma faca, em vez de dispará-lo à distância como um ser humano são? Vá em frente!
Uma briga de boss deliciosamente tonta e divertida, Spider-Saddler fornece a cota perfeita para Resident Evil 4, o jogo mais divertido da série na opinião de muitos fãs.
1. Albert Wekser – Resident Evil 5
Poderia realmente ser mais alguém?
Albert Wesker é, a uma distância considerável, o melhor vilão de Resident Evil. O planejador superpoderoso foi o ponto central da trama da série, e sua remoção da franquia no final de RE 5 ainda parece um passo em falso. No entanto, se ele realmente tinha que morrer, pelo menos a Capcom deu ao menino uma senhora despedida, lembrada até hoje.
Uma luta épica que se estende por vários locais antes do clímax em um duelo de curta distância no meio de um vulcão, esta batalha contém alguns dos momentos mais instantaneamente icônicos da história da série.
Seja Wesker promissoramente insano (“COMPLETE.. GLOBAL.. SATURACTION!”) ou Chris Redfield socando uma pedra na finalização, essa luta ocupa um lugar especial no coração de todos os fãs de Resident Evil.
Sim, não é perfeita (como muitos jogos, ela sofre o flagelo dos QTEs), mas ainda é muito agradável. O que resume Resident Evil como um todo, realmente. Os jogos raramente acertam tudo, mas há mais do que suficiente para justificar a fé dos fãs na franquia e nos deixar empolgados com o próximo RE Village, por exemplo!
Mal podemos esperar para terminar o próximo jogo da franquia, lutando contra um lobisomem gigante!
Adaptado de What Culture
Redator do EvilHazard, paulista, 21 anos, gamer amante de jogos de computador, fã de videogames antigos e de jumpscares em jogos de terror.
