A série de TV de The Last of Us está próxima de seu lançamento e durante uma entrevista, o criador do jogo The Last of Us e co-roteirista/produtor executivo da série, Neil Druckmann, diz acreditar que sua adaptação do jogo será “a melhor e mais autêntica adaptação de jogo” até agora (via Gamesradar).
“Acho que vai mudar as coisas”, disse Druckmann sobre a série de The Last of Us em entrevista ao New Yorker. “Às vezes, as adaptações não funcionaram porque o material de origem não é forte o suficiente. Às vezes, não funcionaram porque as pessoas que o fazem não entendem o material de origem.”
De acordo com Druckmann e o roteirista Craig Mazin, a chave foi que eles abordaram o show de maneira muito diferente da do jogo, embora ainda respeitassem o meio original.
“Adoro a capacidade de vagar, de não fazer nada, em Skyrim”, disse Mazin. “[Mas] isso não é traduzível! The Last of Us sempre foi uma história em que a história vem primeiro.”
“Espero que isso acabe com a maldição da [adaptação de jogo de videogame]”, disse Druckmann, acreditando que o programa “será a melhor e mais autêntica adaptação de jogo”. “Eu trapaceei, apenas peguei aquele com a melhor história”, explicou Mazin. “Tipo, eu amo Assassin’s Creed. Mas quando eles anunciaram que iriam fazer um filme, eu pensei, tipo, não sei como! Porque a alegria disso é a jogabilidade. A história é impenetrável.”
“A outra coisa que as pessoas erram é que acham que as pessoas querem ver a jogabilidade na tela”, acrescentou Druckmann.
A série de The Last of Us da HBO Max será uma das grandes estreias de janeiro de 2023, e nesta fase de promoção pré-estreia da produção, diversos dos principais responsáveis pela série estão revelando algumas novidades sobre o que esperar da adaptação.
Produzida em conjunto com a PlayStation Productions e a Naughty Dog, a série de TV de The Last of Us não será uma recriação direta do jogo. Um dos maiores exemplos disso está no nível reduzido de violência e num foco maior em alguns dos personagens que surgem no percurso de Joel e Ellie. As informações são do Eurogamer.
Neil Druckmann, um dos diretores do jogo, disse ao The New Yorker que eles reduziram bastante a violência na série e que isso até foi pedido por Craig Mazin, co-criador da adaptação.
“Uma das coisas que adorei ouvir de Craig Mazin e da HBO muito cedo foi, ‘Vamos tirar toda a violência, exceto a extremamente essencial,'” comentou Druckmann.
A série de TV de The Last of Us é conhecida pela sua cinematografia, personagens, narrativa e também pela violência de diversos dos seus principais momentos. A violência é um dos seus principais elementos e apesar de não definir os jogos, faz parte deles. O ciclo de violência e o seu impacto na vida dos personagens foi parte essencial da construção narrativa da franquia nos jogos, por isso é certamente interessante ouvir o seu diretor dizer que tiraram quase todo esse elemento da adaptação.
Quem jogou The Last of Us conhece também a trágica história de Frank e Bill, mas a série parece pronta para a levar para novos patamares com um episódio dedicado à sua relação amorosa. Segundo compartilhado por Neil Druckmann, esta relação será o foco de um episódio dedicado que explorará eventos muito além do que vimos no jogo, segundo o Eurogamer. Druckmann diz que o episódio é espetacular, mas está ciente que alguns fãs do jogo vão ficar incomodados. O produtor do jogo diz que “para mim, a história que contamos é autêntica para o mundo. É autêntica perante os temas dos quais falamos.”
Além das palavras de Druckmann, Craig Mazin, co-criador da série, comentou que Frank e Bill são um casal que representam a personificação do abrangente interesse da série no “amor próprio e o amor pelos outros.”
A série de TV de The Last of Us, que está chegando ao HBO Max em janeiro, está reduzindo a violência e por um bom motivo.
“Precisamos de uma certa quantidade de ação, ou violência, que poderíamos usar para a mecânica, para que você possa se conectar com Joel e entrar em um estado de fluxo”, disse Druckmann na próxima edição da revista SFX, que apresenta Teen Wolf na capa. “Então você realmente se sentiria conectado com esse avatar na tela e vendo o mundo através dos olhos dele. Mas isso não existe em um meio passivo. Uma das coisas que adorei ouvir de Mazin e da HBO desde o início foi: ‘Vamos eliminar toda a violência, exceto a essencial’. Isso permitiu que a violência aumentasse tem ainda mais impacto do que no jogo, porque quando você continua mostrando a ameaça e vê a reação das pessoas a uma ameaça, isso torna tudo mais assustador.”
Segundo Druckmann podemos então esperar uma grande carga emocional e de suspense muito maior do que víamos no jogo, já o fato da redução da violência excessiva devemos aguardar e torcer para que isso nos conecte mais aos personagens, lembrando que a série de The Last of Us da HBO será lançada semanalmente tendo a sua estreia prevista para dia 15 de janeiro de 2023 na plataforma de streaming HBO Max.
20 anos, paulista, Redator do Evilhazard, amante de jogos indies (em especial jogos de terror indies) e oldshool gamer!
