Ao longo dos anos, donos de consoles Nintendo têm tido uma relação de altos e baixos com a franquia Resident Evil. Depois de verem a série nascer no PlayStation, e terem o segundo título desembarcando no Nintendo 64, os nintendistas viveram uma fase de ouro quando a Nintendo e Capcom firmaram um contrato de exclusividade que levou o Nintendo GameCube a receber Resident Evil 0, Resident Evil Remake e Resident Evil 4.
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Mas essa realidade mudou rapidamente ainda no final da mesma geração, quando a exclusividade foi quebrada com o lançamento de Resident Evil 4 para o PlayStation 2. Já na geração seguinte, títulos da série principal como Resident Evil 5 e Resident Evil 6 ficaram longe do Nintendo Wii, que se limitou a receber os derivados Resident Evil Umbrella e Darkside Chronicles.
Realidade semelhante vive o atual console da Big N, o Nintendo Switch, que a despeito de sua impressionante performance comercial e liderança na venda de consoles, recebeu apenas compilações de títulos já lançados, na forma de Resident Evil Revelations Collection (Revelations 1 e 2), Orgins Collection (RE 0 e RE Remake) e Triple Pack – este contendo RE4, 5 e 6.
Enquanto isso, PlayStation 4, Xbox One e PC reberam tanto um título novo na forma de Resident Evil 7, quanto aguardados remakes de Resident Evil 2 e Resident Evil 3: Nemesis.
Switching things up?
O ponto importante a se considerar era se o Nintendo Switch, console com menor capacidade de processamento que seus concorrentes, suportaria a RE Engine, o motor gráfico utilizado para a produção dos últimos títulos da franquia Resident Evil. E é aí que entra Monster Hunter Rise:
Para a surpresa geral, a Capcom recentemente não apenas anunciou dois títulos exclusivos da franquia Monster Hunter para Nintendo Switch, como deixou claro que Monster Hunter Rise está sendo produzido sob a RE Engine, que em tese seria pesada demais para o console híbrido. O lançamento experimental de Resident Evil 7 por streaming (apenas no Japão) e as ausências dos remakes de RE2 e RE3 seriam evidências nesse sentido, inclusive. Mas a entrevista que o produtor de Monster Hunter Rise, Ryōzō Tsujimoto, deu ao site Eurogamer deu a entender que o maior obstáculo ao lançado de RE7, RE 2 e 3 Remake foi finalmente superado.
Na entrevista, Tsujimoto informa que o desenvolvimento de Rise começou há quatro anos, ou seja, ainda antes do lançamento do Switch, e que agora, os engenheiros da Capcom enfim conseguiram fazer a engine rodar com desempenho e apresentação gráfica satisfatórios.
Outro detalhe interesse nesse sentido, é que ainda em 2017, o Gamesindustry Japan revelou que a Nintendo fez uma reunião com várias desenvolvedoras para discutir a performance e as especificações técnicas do Switch. A Capcom então pediu que a Nintendo aumentasse a memória RAM do console, justamente para que ele pudesse suportar a RE Engine. A Nintendo cedeu, e por isso o Switch conta com 4GB de memória RAM. Agora, 3 anos depois, enfim o motor gráfico está operacional e já foi usado em um jogo que apresenta um mundo semi-aberto com grandes e detalhadas criaturas. O que nos leva a pergunta: teria então chegado a hora de novos Resident Evil para o Nintendo Switch?
Isso porque uma vez a engine estando funcional, a Capcom pode escalonar modelos de personagens, de cenários, efeitos gráficos e resolução de imagem em um padrão suportado pela plataforma – no caso o Switch. Em tese, até Resident Evil Village poderia ser portado.
E aí, o que acham? Será que esse aumento de suporte da Capcom co Nintendo Switch levará a novos Resident Evil para o console?
Texto escrito pelo Parceiro Avcf, do Loading Time.
Paulista de Taubaté, Designer Gráfico, Designer de Games, quality assurance tester, tradutor de Inglês e Francês e dono do blog e canal Loading Time.