Sendo o terceiro filme da saga em live action, Resident Evil: A Extinção nos traz para 5 anos após os eventos do último filme, Apocalipse. Acompanhamos mais uma vez a jornada de Alice, que une forças a um grupo de sobreviventes em busca de sobreviver num mundo pós-apocalíptico, devastado pelo T-Vírus.
O longa é dirigido pelo australiano Russell Mulcahy, que trabalhou em obras como Highlander. Mais uma vez, a produção ficou por conta de Paul W. S. Anderson, que retornaria a dirigir a partir do quarto filme.
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Título: Resident Evil – Extinction
Ano de lançamento: 2007
Dirigido por: Russell Mulcahy
Classificação: 16 anos
O vazamento do T-Vírus não se limitou a Raccoon City, tendo logo se espalhado pelo mundo todo, e dizimou a maior parte da população. Após perceber que estava sendo monitorada e por vezes controlada pela Umbrella (devido ao “Projeto Alice”, explicado no filme anterior), a protagonista então se separa de seu grupo, por representar um risco, dados os poderes psíquicos que adquiriu e não possui muito controle. A heroína passa a viver sozinha, coletando recursos, até o dia em que ajuda um grupo de sobreviventes, liderado por Claire Redfield.
Ainda que relutante, Alice se junta ao grupo, na tentativa de juntos chegarem a Arcadia, um local supostamente livre da infecção. Ao longo do filme, acompanhamos as tentativas dos cientistas da Umbrella no desenvolvimento de uma cura com base no material genético de Alice, pelo uso de clones.
Com o fracasso, buscam capturar a protagonista, devido a sua adaptação a nível celular e DNA puro poder ser a chave para a cura. No fim, Alice consegue um transporte para os sobreviventes do comboio de Claire, mas percebe que a única forma de se livrar da Umbrella é destruindo os agentes que a procuravam. Ao adentrar nas instalações subterrâneas, enfrenta o Dr. Isaacs, agora transformado em um Tyrant, e encontra a linha de produção de seus clones, que serão usados em sua futura luta com a Umbrella.
O filme teve a melhor estreia até então nos Estados Unidos, mas mesmo assim, seguiu com os pontos criticados nos antecessores: o roteiro que segue um caminho previsível, o pouco aproveitamento de elementos dos jogos e cenas de ação ocorrendo de forma rápida e um tanto confusa.
Com um orçamento de US$45 milhões (um pouco maior que o segundo filme, com 40), o filme também conseguiu superar a marca anterior em arrecadação mundial, lucrando um total de US$148 milhões. Embora pensado originalmente como um último filme, o sucesso comercial garantiu uma nova sequência três anos depois, em 2010.
E esse filme tem curiosidades também? Claro que sim! As primeiras delas são quanto ao próprio título e roteiro. Em princípio, o subtítulo do filme seria Afterlife, por passar a ideia de pós-apocalipse. Entretanto, o título foi mudado para Extinction, e o título original foi usado então no quarto filme. Por ser uma sequência, também traria de volta a personagem Jill Valentine, mas a atriz Sienna Guillory desistiu, alegando já estar comprometida com o filme Eragon (embora acredite-se que o real motivo seja um desacordo de cachê). Por isso, trouxeram outra protagonista dos jogos, Claire Redfield.
Além disso, a produção faz diversas referências sutis à saga e outras séries. Esse filme é o primeiro a fazer uma pequena referência às ervas dos jogos (aparecem em um rápido momento no laboratório do Dr. Isaacs), traz os corvos em uma das principais cenas (em que foram usados uma mistura de réplicas em CG com corvos reais, tendo apenas os olhos alterados por computação). A ideia do diário encontrado no corpo que explica sobre Arcadia é uma referência aos Files do jogo. Os cães usados não são mais dobermanns, e sim Pastores-Belgas Malinois (que são maiores, o que ajudaria a criar os efeitos de decomposição).
A ideia de cenários desérticos à luz do dia teve inspiração na trilogia Mad Max. Para a cidade de Las Vegas tomada pelo deserto, foi usada uma maquete com miniatura dos principais prédios. Os Kukris (facões curvados) usados por Alice são uma arma tradicional do povo Gurkha, que vive entre o Nepal e a Índia. Foram escolhidos por serem extremamente afiados, bons para combate corpo a corpo (usados no filme para decapitações).
E você, amigo leitor, o que acha do terceiro filme? Gostou do caminho independente que a história tomou, ou preferia que os filmes se ligassem mais aos jogos? Deixe sua opinião!
Redator do EvilHazard, paulista, administrador, viciado em jogos de aventura e cultura nerd, com uma queda pelo mundo do Survivor Horror