EvilSpecial | Resident Evil 9: Perspectivas sobre gameplay, história e possíveis rumos para o futuro da franquia!

Rumores contraditórios, supostas informações de insiders, teorias e expectativas: o clima para o aguardado anúncio de Resident Evil 9 nada difere do que foi visto com seu antecessor, Resident Evil Village, e também com o Remake de Resident Evil 4. Todavia, dentro dessa confusa revoada de informações e desinformações, é possível por meio de teorias chegar a algumas previsões e palpites fortes para o que o 9º título numerado da franquia pode nos trazer!

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Com base nessa premissa, analisando informações que já discutimos antes e perspectivas com base no que já ocorreu no passado, o artigo de hoje tem como objetivo discutir como Resident Evil 9 poderá ser apresentado para nós como jogo final, dentro de três tópicos principais: gameplay, história e futuro que o jogo pode desenhar para a franquia!

Lembrando que todos os pontos que serão debatidos nesse artigo não passam de teorias!

Gameplay:

Para começar tirando o elefante da sala, Resident Evil 9 provavelmente não retornará com a perspectiva em primeira pessoa. A única justificativa possível para essa decisão seria fazer jus ao estilo adotado pelos dois jogos numerados anteriores, ajudando a ‘fechar’ de certo modo a trilogia mantendo sua característica visual mais marcante.

Contudo, existem argumentos e indicadores que podem apontar para a descontinuidade da visão em primeira pessoa; um dos principais fatores que suportaria essa ideia é o cansaço geral que alguns fãs mais antigos manifestaram em resposta a essa mecânica. Tal cansaço é notável a ponto de que a Capcom lançou uma DLC para RE Village com a campanha principal em terceira pessoa, fora que toda a DLC Shadows of Rose é em terceira pessoa. Para encerrar sobre a perspectiva de câmera, a boa recepção das perspectivas de Resident Evil 2 Remake, Resident Evil 3 Remake e Resident Evil 4 Remake também sustentam uma melhor aceitação da comunidade para com a câmera em terceira pessoa.

Com relação a mecânicas de combate, é muito provável que Resident Evil 9 se apresente nos mesmos moldes que o remake de RE4. Desde o remake de RE2, a Capcom vem fazendo ligeiras alterações no combate (com facas em especial) e no remake do quarto jogo observa-se a implementação excepcional e bem recebida do sistema “parry” e um modo “stealth limitado” que casou perfeitamente com a atmosfera do jogo. O melhor caminho para RE9 se consagrar em sua gameplay é pegar a base de RE4 Remake e inserir novidades que girem em torno de suas temáticas próprias.

História:

Sem dúvida, esse é o ponto mais difícil de discutir deste artigo, haja vista uma miríade de questões, dentre as quais figuram: pontas soltas na história que facilmente poderiam ser aproveitadas (mais sobre isso em breve), o fato da Capcom já ter confirmado que o arco dos Winters foi encerrado na DLC Sombras de Rose, e claro, os próprios rumores serem conflitantes em muitos sentidos.

Há rumores que cravam que o jogo se passaria em localidades desoladas da América do Norte, envolvendo uma cidade rural afetada por um culto bioterrorista. A premissa principal de Resident Evil 9 segundo estes rumores gira em torno da “9ª Fase da Lua” e um iminente “Apocalipse” provocado no final dessas fases. A lua unirá a história e o que os personagens estão fazendo na cidade e também aparecerá no logotipo do jogo, assim como o título seria devidamente estilizado como ApocalIXpse (nome vazado das planilhas da Capcom no ataque hacker de 2020).

Especulações mais antigas também falavam de um jogo ambientado em um local isolado na América do Norte, com inimigos como o Wendigo e o Homem Bode, e a leva de especulações citadas acima também incluíam no suposto bestiário do jogo inimigos baseados nos folclores Ingleses, Irlandeses e Germânicos, como um cão chamado Barghest, uma criatura feminina chamada Hulder e uma vilã conhecida como Glastig. Vale lembrar que todos esses seres, ao serem incluídos em Resident Evil, seguiriam a lógica do bioterrorismo, ou seja, são mutantes e não seres sobrenaturais.

A leva de rumores de 2023 sugere que o jogo não se passaria na América do Norte, e sim, novamente na Europa. O que esses rumores tem em comum com os mais antigos é que eles sugerem o retorno de personagens clássicos, especialmente Chris e Claire Redfield, e também enfatizam o retorno de elementos do horror folclórico.

RE9 started dev in 2018, when it releases it'll be by far the RE game that's been in dev the longest (probably about 6-7 years of dev). https://t.co/RKcvcX5fxv

— AestheticGamer aka Dusk Golem (@AestheticGamer1) June 9, 2021

Contudo, esses rumores já perderam muita força com o passar do tempo, visto que as informações oficiais que eles sugeriam para outubro ou novembro não foram concretizadas. Além do mais, Dusk Golem, o insider mais conhecido da comunidade de Resident Evil, alega desde 2021 que Resident Evil 9 começou a ser produzido em 2018 (vide o Tweet acima) e ele segue sustentando essa alegação em postagens mais recentes, como na print abaixo de um servidor do Discord:

Vale lembrar que Dusk Golem não é um portador de informações oficiais e ele também já errou e foi impreciso no passado. Dusk, porém, também conta com uma boa quantidade de acertos em seu currículo, especialmente no tocante a Resident Evil Village, que inclusive teve seus primeiros rumores muito desacreditados pela comunidade, estes que acabaram quase todos sendo reais. Você pode conferir na íntegra o artigo cobrindo as novas informações sobre RE9 de Dusk Golem no Discord clicando aqui.

De acordo com o insider, a ideia inicial de Resident Evil 8 e RE9 seria ‘encerrar um arco atual da série’, mas essa ideia provavelmente foi descontinuada ou re-significada, visto que, como dito anteriormente, a Capcom confirmou que a DLC Shadows of Rose (Dusk ainda disse que essa DLC não estava nos planos inicialmente) encerrou o ‘arco Winters’. A interpretação que resta é que esse jogo deve encerrar o arco de um ou mais personagens clássicos da franquia, e essa ideia é reforçada pelo fato que todos os rumores até aqui insistem no retorno de dois ou mais dos veteranos de Resident Evil, ou seja, a interpretação de ‘encerrar o arco’ talvez tenha sido aplicada para um dos nossos personagens clássicos, uma vez que os Winters já foram tirados da jogada.

Trabalhando dentro da lógica que RE9 não vai se passar após o salto temporal de 16 anos de RE Village para Shadows of Rose, e sim em um período intermediário, tem-se a provável certeza de que Chris não vai morrer, já que ele é confirmado como vivo e ainda atuante contra o bioterrorismo dentro da história presente de Rose. Contudo, alguns rumores da leva mais recente sugerem a morte de sua irmã Claire, (ainda é difícil acreditar que a Capcom mataria um de seus personagens veteranos), mas se a proposta no nono título numerado é essa que foi comentada por Dusk, precisamos nos preparar para alguma guinada drástica da história do jogo nesse sentido.

É fácil acreditar que Chris vai retornar no jogo devido ao seu papel em RE7 e RE Village, mas também não se pode descartar que Jill, Leon e Claire voltem, especialmente depois do fanservice feito por Resident Evil: Death Island, que uniu quase todos os personagens clássicos. Simplesmente não tem como descartar isso no momento.

Já os elementos de Folk Horror também deverão se fazer presentes para combinar com a estética e as influências artísticas e culturais envolvendo os dois jogos numerados anteriores (e até RE4 e seu remake). Ao contrário da câmera em primeira pessoa, as temáticas envolvendo o horror folclórico parecem pertencer a uma seara de novos elementos inseridos na franquia que conquistaram um certo grau de apreciação.

Além do que há em rumores e supostos vazamentos, vale lembrar que existe uma ponta solta IMENSA e potencialmente catastrófica deixada por Resident Evil Revelations 2: a consciência de Alex Wesker está viva dentro do corpo de Natalia Korda que está morando na residência de Barry Burton. Não tem muito mais o que falar sobre isso, um dos personagens mais tradicionais da franquia está criando um Wesker dentro de sua casa sem saber, é um descaso e um desrespeito a Capcom não aproveitar esse plot.

Perspectivas para o futuro:

É muito difícil cravar o que seria o futuro de Resident Evil após o nono jogo, falando em termos de história. O salto temporal que Village estabeleceu abriu um espaço de 16 anos para preencher com eventos de possíveis próximos títulos numerados e spin-offs; isso sugere que mais arcos de personagens devam ser encerrados. A ênfase em encerramentos se dá ao fato de que os personagens principais de Resident Evil (com exceção de Jill, devido à recente revelação de seu envelhecimento desacelerado) estão ficando mais velhos, e mesmo que Chris possa deixar de atuar no combate armado e assumir uma posição mais de inteligência, o que Leon poderia fazer? Ele parece cada vez mais deprimido e desiludido com sua luta no bioterrorismo, e o governo não pode deixar ele livre devido ao que ele presenciou em Raccoon City, então como encerrar o arco desse personagem?

O futuro envolvendo RE9 permanece um grande mistério, mas o que nos resta como fãs é teorizar e especular. Somente isso pode nos trazer a a ambígua sensação de uma satisfação momentânea de acreditar que chegamos a alguma conclusão satisfatória, bem como de uma cruel dúvida que não se tem perspectiva de ser sanada em breve.

 

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