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EvilFiles – Resident Evil Zero: Análise

Considerado por grande parte dos fãs como um dos Residents mais difíceis e estratégicos de toda a saga, Resident Evil Zero é um jogo de survival horror que foi desenvolvido e publicado pela softhouse japonesa Capcom para o Nintendo GameCube, em 2002. É o quinto jogo da série principal de Resident Evil (não contando o remake de Resident Evil para o GameCube).

Plataforma inaugural e ano de lançamento: GameCube, 2002
Publicadora: Capcom
Desenvolvedora: Capcom
Gênero: Survival Horror
Diretor: Koji Oda
Produtor: Tatsuya Minami
Número de jogadores: 1

Resident Evil Zero foi apresentado pela primeira vez na Tokyo Game Show do ano 2000. O jogo seria lançado originalmente para o Nintendo 64, já que a Capcom acreditava que a tecnologia dos cartuchos era a mais adequada para suportar o sistema de troca de personagens e controle simultâneo dos mesmos, chamado de “Partner Zapping”, sistema este inviável no PlayStation ou no Dreamcast, devido aos demorados loadings. Outro fator que pesava a favor para o lançamento do jogo no console de 64bits da Nintendo era o sucesso da conversão de “Resident Evil 2” para o Nintendo 64, feito considerado por muitos analistas da época como “um milagre”, uma vez que o jogo coube todo em apenas um cartucho, não perdendo tanto em qualidade, comparado à versão do console da Sony. Até um comercial sobre o desenvolvimento do game para o N64 chegou a ser veiculado em alguns locais. Confira:

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Resident Evil Zero ocorre antes do primeiro jogo da série e mostra o que aconteceu durante a missão da equipe Bravo da S.T.A.R.S. nas montanhas Arklay. Em 23 de julho de 1998, o Bravo Team, da divisão de elite do R.P.D (S.T.A.R.S.) é enviado para investigar uma série de terríveis assassinatos nas Montanhas Arklay, região do município de Raccoon. No caminho para a cena, o helicóptero do esquadrão sofre uma pane e é forçado a fazer um pouso na floresta. A equipe então se depara com um veículo militar tombado, onde há corpos mutilados de dois oficiais. Não muito longe dali, sob a ferrovia, uma locomotiva segue para seu destino; os passageiros exaustos e cansados são surpreendidos por hordas de sanguessugas mutantes, que aparentemente matam a todos e param o trem. Foi então que a médica do esquadrão, Rebecca Chambers, que investigava a cena, encontra o trem estagnado, o Ecliptic Express. Rebecca investiga os vagões e descobre que os passageiros se tornaram zumbis. Ela então depara-se com o único sobrevivente, o ex-tenente Billy Coen, homem condenado a morte que estava sendo transportado no veículo destruído. Os dois então formam uma aliança sem precedentes, para sobreviver ao episódio.

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O grande diferencial de Resident Evil Zero em relação ao primeiro Resident Evil fica por conta das mecânicas: em RE Zero é necessário alternar o controle entre os dois protagonistas, Rebecca e Billy. Enquanto assume o controle de um deles, também é possível influenciar o segundo personagem parcialmente com a alavanca da direita em vez de deixar todo o trabalho por conta da Inteligência Artificial, já que isso nem sempre é confiável quando se trata de economizar munição, um artigo muito valioso dependendo do nível de dificuldade escolhido.

Cada personagem tem vantagens e desvantagens: Rebecca sofre danos com facilidade, mas pode combinar ervas para se curar e compensar isso, já Billy é mais resistente, mas não sabe combinar ervas. Eles podem andar juntos ou explorar áreas isoladamente, mas se um deles morre, é Game Over! O estilo de controle foi simplificado e está excelente, embora o excesso de dinamismo às vezes atrapalhe na hora de pegar ou empurrar objetos: é comum ficar rodando em volta de uma caixa ao tentar arrastá-la, por exemplo.

A ausência de baús para guardar itens é um fator estranho e que limita as suas opções, porém é possível abandonar itens indesejados pelo caminho, e é aí que o jogo se torna bastante estratégico na visão de muitos fãs da franquia. Embora esses itens fiquem identificados no mapa, isso cria um vai-vém desnecessário para buscar coisas que ficaram largadas longe da área em que se fazem necessárias. Ainda no tocante ao gameplay, RE Zero segue o mesmo esquema de “controle tanque” em sua jogabilidade, semelhante a outros clássicos da franquia como RE1, RE2, RE3, RE CODE: Veronica e RE Remake.

Os gráficos do jogo são espetaculares e, a exemplo de RE Remake, demonstraram todo o potencial do hardware do Nintendo Game Cube à época. Os cenários são extremamente bem detalhados, a iluminação é eficiente e, apesar dos cenários serem pré-renderizados, alguns sutis movimentos no mesmo (como o balançar de uma mesa dentro do trem em movimento) trouxeram uma sutileza enriquecedora para a experiência de jogar o game, assim como ocorreu em RE Remake. A variedade de cenários em RE Zero também conta pontos a favor, sem falar na trilha sonora, sempre marcante e pontual para aprimorar a imersão na hora de jogar.

O fator replay de RE Zero é interessante: após zerar o jogo, o modo Leech Hunter é desbloqueado, onde o objetivo é explorar grandes áreas do mapa do game para coletar amuletos, mas é preciso eliminar inimigos em locais diferentes e com poucas armas e itens.

Originalmente lançado para GameCube em 2002, Resident Evil Zero foi recentemente remasterizado para os consoles da nova geração, com ótimos resultados: ambientes e objetos com texturas em alta resolução, excelência na remasterização das vozes, músicas e efeitos sonoros. As cenas em CG continuam abaixo do nível de todo o resto – afinal, são as mesmas de anos atrás – mas, no geral, o jogo ficou lindo. A versão remasterizada trouxe ainda, além do Leech Hunter, outro material inédito, o Wesker Mode: trata-se de uma versão do jogo normal em que Rebecca ganha uma roupa preta e Billy adota o visual de Albert Wesker, contaminado pelo vírus Uroboros e com duas habilidades inéditas: supercorrida e um poder óptico. A voz de Wesker, porém, continua sendo de Billy. Estranho, mas divertido!

Resident Evil Zero pode ser considerado um excelente jogo, que traz a essência dos jogos clássicos da série, com visual impressionante, um bom clima de suspense e horas de diversão garantidas por ótimos desafios. O fato de ser um dos títulos mais estratégicos de toda a franquia, e o fato de ter nos contado os eventos ocorridos antes do incidente relatado em RE1, faz de RE Zero um jogo obrigatório para todos os apreciadores da maior franquia da Capcom!

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