ANUNCIE AQUI!

EvilFiles – Obscure 1 & 2

Entre 2004 e 2005 chegava para PlayStation 2, Xbox e Windows o jogo Obscure, que aproveitava o auge da era dos Survivor Horrors e trazia uma temática que, mesmo clichê para filmes de terror, era inovadora para videogames, e contaria com mecânicas que foram implementadas em outros jogos posteriormente.




Esta matéria nos foi sugerida pelo leitor Phelipe Mota. Mande também a sua sugestão de temas para escrevermos, sobre qualquer obra do survival horror, acesse nossas redes sociais!

Imaginem um cruzamento de Silent Hill com Alone in The Dark e Resident Evil: Outbreak. Agora pegue essa mistura e substitua os personagens por um grupo de colegiais, no estilo de quase todos os filmes de terror do início dos anos 2000. Pronto, aí temos Obscure. A premissa do game é a seguinte: após estranhos acontecimentos na escola Leaf High, que culminam no desaparecimento de um estudante, um grupo de amigos busca investigar o ocorrido, e se escondem para vasculhar o local durante a noite. Até aí tudo bem, certo? Nem perto disso…. Com o cair da noite, se veem presos na escola e começam a acontecer eventos tão bizarros que a única forma de sobreviver até a manhã seguinte é chegar ao fundo da situação.

OBSCURE

Plataforma(s) inaugural(is): PlayStation 2, Windows e Xbox

Ano de Lançamento: novembro de 2004 (Europa) e abril de 2005 (América do Norte)

Desenvolvedora: Hydravision Entertainment

Publicadora: MC2 – Microids (Europa) e DreamCatcher Interactive (América do Norte)

Gênero: Survival Horror

Número de jogadores: 1 ou 2 (co-op local)




No jogo temos 5 personagens diferentes, cada um com suas habilidades e fraquezas: Josh Carter (o “nerd”, capaz de identificar itens no cenário), Stanley Jones (o “garoto problema”, capaz de arrombar portas), Kenny Mattews (o “atleta”, capaz de correr mais rápido), Shannon Mattews (a “popular”, irmã de Kenny e capaz de curar os amigos) e Ashley Thompson (a “líder de torcida”, namorada de Kenny e boa no uso de armas). O salvamento do jogo é limitado (usando CDs que são encontrados pelo cenário) e sempre jogamos em dupla, sendo que caso um personagem morra é possível formar outro par. Assim como outros survivors clássicos, existe a exploração de cenários, combinação de itens e muito backtracking.

Na história, encontramos alunos com diversas mutações grotescas, infectados por algo desconhecido. Logo, descobrimos que eles estão envoltos em uma aura obscura, que pode ser enfraquecida com luz, usando uma lanterna (conceito que foi reaproveitado em Alan Wake). Com o avanço da campanha (que dura de 6 a 9 horas), descobrimos que os experimentos nos estudantes desaparecidos são orquestrados pelo diretor e a enfermeira da escola, que aparentam por volta de 60 anos, mas já possuem mais de 100, graças a um raro esporo de plantas.

Um dos diferenciais é que por ser uma história com vários protagonistas, é possível algum deles morrer ao longo do jogo e a história continuar com os outros (recurso que se popularizou em Heavy Rain, alguns anos depois). Isso gera diferentes finais, sendo que só um deles é canônico (todos vivos). É possível jogar em dois jogadores, porém apenas off-line (já que na era PS2 o online ainda não era comum, sendo visto em poucos jogos).

Por ser um jogo francês, desenvolvido em parceria de estúdios, com um baixo marketing e em uma era com muitas opções do mesmo gênero, o jogo acabou se tornando desconhecido pela maioria do público, e rendeu notas medianas de sites especializados na época – uma média de 60 no Metacritic. Apesar de ter vendido aproximadamente 100 mil cópias, mesmo assim rendeu uma continuação, dois anos depois.




OBSCURE 2

Em 2007 foi lançada a continuação, Obscure 2, para PlayStation 2, Windows, Nintendo Wii e posteriormente para PSP. Mesmo com a venda baixa do primeiro título, foi considerado rentável pela Hydravision, por ser uma produtora de pequeno porte, levando a uma nova aposta na franquia.

Plataforma(s) inaugural(is): PlayStation 2, Windows e Wii (posteriormente PSP)

Ano de Lançamento: setembro de 2007 (consoles) e outubro de 2009 (PSP)

Desenvolvedora: Hydravision Entertainment

Publicadora: Playlogic Entertainment (Europa) e Ignition Entertainment (América do Norte)

Gênero: Survival Horror

Número de jogadores: 1 ou 2 (co-op local)

Dois anos após os fatos do primeiro jogo, os irmãos Shannon e Kenny Mattews (o “atleta forte” e a “popular”) agora estão na Universidade Fallcreek. Enquanto isso, Stanley Jones (o “repetente e arrombador de portas”) trabalha como motorista de entregas. Ambos os rapazes ainda precisam de medicamentos para evitar que os efeitos da planta infectem seus corpos, enquanto a Shannon se adaptou de alguma forma. Lá eles fazem novos amigos, que também são personagens jogáveis: Corey Wilde (o “skatista”, capaz de escalar locais altos e namorado de Mei), Mei Wang (uma “hacker”, capaz de invadir sistemas e viciada em videogames), Jun Wang (irmã gêmea de Mei, também apaixonada por games), Sven Hancen (o “atleta” da vez, junto de Kenny, capaz de mover objetos pesados e apaixonado por Amy) e Amy Brookes (a “popular e gostosa” da vez, porém com alta inteligência; capaz de desvendar quebra-cabeças). Com isso, temos 8 personagens jogáveis, ao invés dos 5 do game anterior. Shannon, por ter se adaptado, é agora capaz de drenar a “energia obscura” de portas e inimigos, não sendo mais necessário mirar a lanterna nas portas para abrí-las.




Após experimentarem uma nova droga a base de uma planta desconhecida que está sendo usada no campus, Corey e Mei tentam avisar aos amigos sobre a estranha visão que tiveram quando estavam drogados. Porém, percebem que os alunos do campus estão todos mortos e surgem criaturas iguais às já vistas na escola Leaf High. Então o objetivo dos protagonistas é se reunir, para conseguirem escapar com vida. Com isso, a ambientação não se limita ao interior da universidade, contando também com trechos em esgotos e florestas.

Nesta sequência, não só os cenários em si se tornaram maiores. A trama em si foi melhor trabalhada. Apesar de alguns furos de roteiro e muitos clichês que fazem parte de todos os filmes de terror para adolescentes, todos os personagens apresentam momentos que os desenvolvem. E diferentemente do anterior, em que múltiplos finais eram possíveis, devido à possibilidade de determinado protagonista morrer durante a jornada, agora há apenas um final, em que não apenas alguns morrem, mas também estabelece uma ligação inteligente com o jogo anterior.

Apesar de ser muito similar ao primeiro, algumas características mudam nesse jogo. As duplas dessa vez são geradas automaticamente ao longo da história, não sendo possível escolher o personagem, e essas duplas variam, já que cada um vai ser essencial em determinado momento. Apesar de cada personagem ainda possuir uma habilidade única, dessa vez todos possuem a mesma força e velocidade. Agora não é possível seguir a história se algum personagem morrer (gera Game Over). Também há locais de salvamento específicos (não sendo necessário o uso dos CDs). A parte técnica (gráficos, cenários, itens para uso) melhorou, porém ainda estava abaixo de outros títulos, de estúdios maiores.

A venda do segundo título foi maior, vendendo aproximadamente 300 mil cópias. Sua classificação em sites permaneceu mediana. Apesar das vendas maiores, o estúdio francês Hydravision Entertainment não conseguiu implacar nenhum jogo, e com isso uma terceira parte da saga nunca chegou a ver a luz do dia, permanecendo na “obscuridão” (pegaram?)




TEM CHANCE DE RETORNO?

Em setembro de 2012 a Hydravision Entertainment anunciou oficialmente seu fechamento. Porém, no ano seguinte, anunciaram a mudança para o nome Mighty Rocket Studio, em uma tentativa de voltar ao mercado. Em setembro de 2013 lançaram o jogo Final Exam, que seria um sucessor espiritual da série Obscure. Contudo, o jogo spin-off não lembra em praticamente nada a série, sendo um beat’em up em 2D, com combate mais frenético, fugindo totalmente do foco em survival horror. O jogo foi lançado na PlayStation Network, Xbox Live e Windows. Com a baixíssima receptividade do título (que pode ser considerado um jogo indie), a produtora fechou de vez, ainda em 2013.

Por ser uma série pouco conhecida e que não emplacou, muitos jogadores a desconhecem, e entre os que viram na época, alguns não quiseram experimentar, devido a outros títulos do gênero com maior destaque. Ainda assim, os dois jogos apresentaram elementos que fizeram bastante sucesso em jogos posteriores. O tema de “terror adolescente” ainda se mostra presente nos filmes e na televisão (em séries como Scream), e recentemente, a Supermassive Studios conseguiu reaproveitar o tema de forma muito bem-sucedida, no jogo Until Dawn, de 2015 (que rendeu um spin-off em 2016 e um prólogo em 2018). E você comrade, chegou a conhecer a saga Obscure? Gostou dos jogos? Deixe abaixo a sua opinião.



Comments

comments

Curtiu este artigo? Gostaria de APOIAR nosso projeto para que ele siga criando os mais diversos conteúdos do universo do Survival Horror? Basta nos ajudar com qualquer colaboração através do PIX! Desde já agradecemos!

Facebook
Twitter
Telegram
Email
WhatsApp

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Populares

Nossa Loja Evilstore

APOIE-NOS NO PADRIM!

Séries de Resident Evil

EvilFiles: Análises e Biografias

EvilSpecial: Artigos e Traduções

EvilWorld: O Universo do Terror

VOCÊ PODE GOSTAR

Populares

Nossa Loja Evilstore

APOIE-NOS NO PADRIM!

Séries de Resident Evil

EvilFiles: Análises e Biografias

EvilSpecial: Artigos e Traduções

EvilWorld: O Universo do Terror

Contact Us