Durante os seus sete episódios, The Last Of Us da HBO Max tem impressionado o público com o seu trabalho impecável e fidelidade notável à obra original. Lançado no domingo dia 26/02, na plataforma de streaming, o 7° episódio, chamado de “Deixada para trás” – “Left Behind”, em uma tradução livre e adaptativa, possui 55 minutos de duração e tem como foco nos mostrar o passado de Ellie (Bella Ramsey) na escola preparatória de Boston e a origem de sua mordida no braço.
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Continuamos a trama a partir de seus últimos eventos, onde Joel (Pedro Pascal) é gravemente ferido e acaba ficando incapaz de prosseguir na jornada. “Deixada para trás” basicamente retrata o DLC do primeiro jogo que leva o mesmo nome – Left Behind. O DLC conta aos jogadores como Ellie foi mordida pela primeira vez durante um passeio em um shopping abandonado na zona de quarentena de Boston com a sua melhor amiga Riley (Storm Reid), mas diferente do jogo, a série mostra ao público mais detalhes sobre a passagem de Ellie na escola militar e sua convivência com as demais garotas.
Temos também outros detalhes que acabam enriquecendo ainda mais a obra, como a HQ Savage Starlight; o livro de piadas “Cem Trocadilhos” – “No Pun Intended”, no original; um pôster em uma das paredes do quarto da garota do clássico Mortal Kombat II, que, inclusive, faz uma aparição surpreendente ao longo do episódio trazendo consigo uma energia nostálgica que poucos conseguem sentir; e uma leve referência ao segundo jogo quando Neil Druckmann e Craig Mazin mostram ao público uma fita cassete de “Take On Me” no quarto de Ellie, dando a entender que ela já ouvia a banda A-Ha em seu Walkman há muito tempo antes de cantar a canção para Dina em The Last Of Us Parte II. O Walkman, aliás, também pode ser encontrado na mochila de Ellie no segmento em que a controlamos no primeiro jogo. Devido à liberdade de adaptação dos produtores, ocorreram muitas mudanças ao longo da história, mas, novamente, nenhuma que a distorceu de seu conteúdo original.
Como o episódio tem o foco em Ellie e seu passado pré-mordida, Pedro Pascal, o nosso Joel da série, possui pouquíssimo tempo de tela – tempo este que é compreensível dadas as circunstâncias. Apesar das muitas alterações em tal segmento da história, Bella Ramsey junto de Storm Reid dão um show de interpretação e nos entregam uma conexão entre Ellie e Riley muito bem estabelecida e real. Outros elementos do DLC também são apresentados na série durante as cenas no shopping, como o carrossel, a cabine de fotos, o fliperama e a loja de artigos de Halloween. Ao final do episódio, já no tempo presente, uma cena sutil, porém intensa, deixa evidente ao espectador o quanto a relação de Ellie e Joel já se encontra fortalecida, e evidencia o quanto um não consegue mais viver sem o outro.
O 7° episódio contém cenas semelhantes, algumas até idênticas, e a própria trilha sonora do conteúdo adicional, o que torna a experiência mais imersiva. A equipe de maquiagem da série merece os parabéns por seguir com o trabalho fenomenal e a de figurino também por o manter igual ao do jogo. O trabalho de Luiz Carlos Persy, Luíza Caspary e demais dubladores encarregados da dublagem em português do Brasil se mantém firme e agradável aos olhos dos fãs brasileiros. O roteiro por sua vez continua com a caminhada impactante e original, carregando os traços e o significado da obra original. Se Neil Druckmann e Craig Mazin tivessem uma mensagem para o mundo dos games, esta seria a seguinte: “Sim, é possível realizar uma adaptação de um jogo para outras mídias e não perder a essência do mesmo no processo”.
Abaixo, confira o teaser do Episódio 8, o penúltimo da primeira temporada:
Do interior de São Paulo. Redator e coordenador chefe de redes sociais do EvilHazard. Possui um grande conhecimento e domínio da franquia Resident Evil.
