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EvilFiles | Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim: uma boa adaptação em um filme ruim?

Five Nights at Freddy’s, um jogo indie de terror com animatrônicos assassinos, se tornou aos poucos uma das maiores franquias de jogos de horror da atualidade. A marca até ganhou filmes não oficiais feitos por fãs como “Willy’s Wonderland”, por mais que os realizadores neguem ter copiado os jogos. Então era óbvio que cedo ou tarde o famoso FNAF ganharia um filme oficial, e agora que ele chegou, fica o questionamento… o filme agradou os fãs?

Desesperado para não perder a guarda da irmã mais nova, Mike Schmidt (Josh Hutcherson) aceita o trabalho de segurança noturno na Freddy’s Fazbear Pizza, um restaurante que fez muito sucesso nos anos 80 e foi fechado após ser associado ao desaparecimento de cinco crianças. Mas o que parece ser um restaurante inocente guarda um segredo sobrenatural mortal.

A diretora e roteirista, Emma Tammi, (com ajuda no roteiro de Seth Cuddeback e Scott Cawthon) foi muito esperta em, ao invés de seguir a história do jogo detalhe por detalhe, criar uma linha do tempo própria a partir do material original, assim tendo mais liberdade para construir a história de uma forma que fosse mais compatível com a linguagem cinematográfica.

Apesar de funcionar como adaptação, entretanto, estruturalmente não funciona como filme. Temos uma decisão de roteiro, para Mike conseguir as respostas, que é difícil demais de acreditar e é utilizada repetidamente ao longo do filme inteiro. Temos a personagem doutora do roteiro que existe no filme apenas para explicar tudo a Mike e trazer um plot twist completamente desnecessário. E ainda: o grande vilão mal tem dez minutos de tela.

A direção de Tammi é boa, mas não tem nada de excepcional. Ela acaba fazendo uma montagem esquisita, com muitos cortes, deixando o filme com um ritmo lento nos dois primeiros atos, o que inevitavelmente faz o terceiro ato ficar corrido, deixando a conclusão do filme muito curta e deixando a desejar.

Tammi também pesa a mão em jumpscares: ela se importa muito mais, durante o filme todo, em dar sustos do que criar a atmosfera de horror, do que criar o suspense. (apesar de que, nas poucas cenas em que ela cria o suspense, o faz muito bem). A subjetividade dos animatrônicos perseguindo as pessoas, mostrando apenas as sombras, passando ao fundo ou o som dos passos, é surpreendente. Pena que Tammi joga isso completamente fora na metade do filme.

Muitos pontos devem ser dados, porém, para a produção do filme, por ter feito todos os animatrônicos; os bonecos estão todos lá, não tem CGI nenhum neles. Isso torna o filme mais real e favorece muito a atuação do elenco por estarem interagindo com algo real.

Para concluir a parte sem spoilers: Five Nights at Freddy’s funciona como uma adaptação e com certeza vai agradar os fãs mais fiéis da franquia, porém como filme tem um roteiro mal trabalhado e uma direção confusa. No geral, é uma boa diversão, mas não um bom filme de terror.

A PARTIR DAQUI, CONTÉM SPOILERS DO FILME!

Tem muitas coisas no filme que agradaram a este Redator, e muitas coisas que desagradaram também. O filme divertiu, mas há decisões do roteiro que não fazem sentido algum. Ao longo do filme me peguei fazendo um facepalm pelo menos três vezes.

O filme faz duas coisas para explicar a história da pizzaria a Mike: conversar com as crianças desaparecidas através dos sonhos, e Vanessa (a doutora roteiro), explicando o resto. Vanessa funciona no começo, mas aos poucos ela começa a saber muito mais do que deveria, o que leva ao plot twist desnecessário dela ser filha do homem ruim, William Afton, o vilão do filme.

Quanto aos sonhos, o artifício não funciona. Se temos algo assim nos jogos tudo bem, mas isso não funciona no cinema. É difícil demais para acreditar e é usado tantas vezes, oito pelo menos, que desgasta a ideia ao longo do filme. Sem falar que seria muito mais benéfico para o filme se não entregasse tão rápido a verdade por trás dos animatrônicos, pois criaria um suspense e interesse maior do(a) espectador(a).

Esses não são os principais problemas, infelizmente. O primeiro deles é o terceiro ato corrido. Como fã, este Redator ficou esperando ansiosamente pela entrada de William Afton como Springbonnie, mas a luta contra ele é extremamente rápida e acaba por não ter impacto nenhum. Sem falar que o famoso Springtrap acontece, mas foi reduzido a apenas travar o mecanismo na barriga, o que parece ser fácil de resolver para tirar Afton da fantasia (o que não era para acontecer). Mas vale falar que a atuação de Matthew Lillard, como Afton, é sensacional.

O segundo grande problema, o pior de todos, é quando Abby (Piper Rubio) fica amiga dos animatrônicos e apresenta Mike a eles. O grupo, contando até com Vanessa, brincam e fazem um acampamento com os animatrônicos. O problema disso é que qualquer ameaça que eles apresentavam vai embora nesse momento, no terceiro ato só se sente ameaça vindo de Afton, pois a ameaça dos animatrônicos acaba ali.

Como fã de FNAF, este Redator se divertiu. Como cineasta e cinéfilo, sai decepcionado.

 

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