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EvilFiles – Silent Hill 1

Combinando puzzle, ação, boa jogabilidade e um ótimo enredo, a Konami lançou, em 1999, um jogo no estilo Resident Evil, mas que, ao menos no aspecto “medo e terror” conseguiu impressionar mais que o concorrente da Capcom na época. Os desenvolvedores do jogo usaram, inclusive, um artifício interessante e que, inusitadamente (ou não) aumentou a sensação de pavor ao jogar o game: a névoa e a escuridão presentes na cidade título do jogo foram empregados para disfarçar as limitações de hardware do PlayStation, o que acabou aperfeiçoando a imersão. Ao contrário dos jogos anteriores de survival horror que se concentravam em protagonistas com treinamento de combate, o protagonista do jogo em questão é um um homem comum.

Estamos falando de Silent Hill 1, considerado por muitos, um jogo mais assustador que qualquer Resident Evil de sucesso!

Plataforma inaugural e Ano de Lançamento: PlayStation, ano 1909
Desenvolvedora: Konami (Team Silent)
Publicadora: Konami
Gênero: Survival Horror
Número de jogadores: 1

Quatro anos após o falecimento de sua esposa, e ainda muito triste por esta perda, o protagonista de Silent Hill, Harry Mason, decide dar um descanso de seu ofício como escritor e sai de viagem de férias à cidade turística, acompanhado de sua filha Cheryl. No meio da estrada que leva à cidade, Harry se depara com a figura de uma garota que surge no meio da rua de forma inesperada. Assustado, Harry tenta desviar o carro da garota, perdendo assim o controle do mesmo, derrubando-o morro abaixo e, consequentemente, desmaiando. Despertando do pesadelo, Harry encontra a cidade deserta, com apenas uma jovem policial, Cybil, o vigiando. Cybil está lá para descobrir o que aconteceu com a população da cidade, e, no início, não sabemos se ela é realmente amiga.

Assim começa a misteriosa trama de Silente Hill, lançando os jogadores em um mundo assombrado por demônios e escuridão. É tudo um sonho? Um pesadelo? Ou a mais pura realidade?

“Cheryl, onde está você?”

O esboço de uma criança desaparece na névoa densa e o homem que procura por sua filha começa a longa perseguição. Precavendo-se de um estranho cachorro, se posta no portão de uma estreita ruela que conduz ao começo deste pesadelo. Um animal jaz em uma piscina de sangue com suas entranhas para fora. Mais adiante, intestinos esparramados por todos os lugares.. Escurece de repente.. Um cadáver foi amarrado nas grades.. Há sangue por todos os lugares.. caixas toráxicas.. intestinos.. e olha que estamos no começo do jogo, nos primeiros minutos! Todo esse clima bizarro e perturbador se mantém presente no game, até sua conclusão!

No tocante ao gameplay, os movimentos do personagem são bem naturais, o que é essencial em um game frenético como esse. Harry pega objetos, examina e os armazena em seu inventário para usá-los depois. As armas e munições são recolhidas da mesma forma. Esses itens devem ser descobertos na vasta cidade, toda construída em 3D (e valendo-se do recurso da névoa para ocultar imperfeições, como já dissemos). Para ajudar Harry em sua jornada, ele conta, desde os primeiros minutos do jogo, com um rádio que transmite um sinal de advertência quando um inimigo se aproxima, uma faca e um pistola. Avançando no jogo, ele ainda encontra outras formas de se defender e novas armas, como uma shotgun e um rifle.

O objetivo de Harry é vasculhar a extensa área do jogo e alguns locais chave de Silent Hill para descobrir o paradeiro de sua filha Cheryl. Você pode ir virtualmente para qualquer lugar de Silent Hill, como para dentro de edifícios, mas tome cuidado com as ruas que são habitadas por alguns monstros  ferozes que constantemente atacam pela terra e pelo ar.

Para manter o frame rate em alta, a Konami optou por dois tipos de ambientes: durante as horas de luz do dia, a densa fumaça limita severamente a distância de visão, enquanto quando a escuridão cai, a iluminação que Harry carrega consigo ilumina apenas ao redor. A perspectiva da câmera é em terceira pessoa e pode ser mudada pra sempre oferecer uma visão perfeita.

O sistema de mapa é mais útil que o de Resident Evil: se uma porta está trancada, um marcador vermelho aparece no lugar exato no mapa. Se tiver um acesso livre, uma seta azul fica indicando. Já com relação aos inimigos presentes no game, eles são bem variados e atacam de uma maneira rápida e furiosa; pelas ruas vagam cachorros em carne viva, répteis voadores com garras afiadas, gorilas gigantes e vermes sorrateiros pelos esgotos.. isso sem falar nos inimigos da escola e do hospital, bastante peculiares e terrivelmente assustadores, dentre eles crianças-zumbi, e as famosas enfermeiras. Estes edifícios são assombrados pelos fantasmas e enfermeiras zumbis que vêm até você como touros furiosos, portanto, todo cuidado é pouco!

Cada área deve ser jogada duas vezes, uma vez neste mundo e novamente em uma versão “amaldiçoada” e completamente aterradora. Silent Hill é dividido em três zonas onde você descobrirá muitos edifícios enormes para investigar, como hospitais, igrejas, esgotos e parques de diversão. Há também uma delegacia de polícia, um ônibus escolar, algumas casas e um motel. Para ajudar no clima de terror na hora de explorar a cidade e estes edifícios, a Konami caprichou na trilha sonora: o mestre Akira Yamaoka foi o responsável por inserir no game efeitos sonoros e trilhas arrepiantes, muitas vezes inquietantes; o silêncio também é muito bem empregado no jogo em determinados momentos, o que garante inclusive alguns bons sustos! Confira uma amostra abaixo:

Silent Hill recebeu inúmeras críticas positivas de diversos sites especializados e foi um sucesso comercial. O jogo é considerado, até hoje, uma referência no terror nos jogos e um dos mais importantes no gênero de survival horror, afastando-se de elementos de terror de filmes B e se focando em um estilo de terror psicológico, enfatizando a atmosfera. Devido ao sucesso, várias adaptações de Silent Hill foram lançadas, incluindo uma visual novel, um filme live-action (considerado por muitos como a melhor adaptação dos games para o cinema) e uma reimaginação, intitulada Silent Hill: Shattered Memories. A sequência direta do jogo, Silent Hill 3, foi lançada em 2003, enquanto seu predecessor Silent Hill: Origins, foi lançado em 2007; já Silent Hill 2 é cultuado como o melhor game de toda a franquia.

É mais do que lógica a comparação com Resident Evil, mas a Konami mostrou muita competência em Silent Hill e fez dele um jogo tão importante que seu “colega do terror”, imprimindo no game personalidade e identidade própria, a despeito de toda a escola que Resident Evil 1 fez nos consoles da era 32 bit. Silent Hill 1 é mais do que recomendado, ele é obrigatório, principalmente para os fãs da maior franquia da Capcom!

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