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EvilFiles | Terror em Silent Hill – O filme captou a essência do jogo? É uma boa adaptação?

Adaptações de jogos sempre foram uma fonte infinita de piadas e desgosto dos fãs, mas, por anos, havia provavalmente um só filme tido como uma boa adaptação. Um filme que foi considerado por mais de uma década como a melhor adaptação dos games. Claro que hoje temos outras boas adaptações como a série de The Last of Us da HBO (como queria poder colocar “Resident Evil” nessa lista) porém, por muito tempo, foi o filme Terror em Silent Hill que reinou como a melhor e única boa adaptação de um jogo em anos.

A filha de Rose da Silva, Sharon, é atormentada por visões desde pequena. Desesperada com a piora da menina, Rose decide levá-la à cidade que sempre menciona durante os pesadelos. Silent Hill. Próximas ao local, elas sofrem um acidente e a criança desaparece misteriosamente.

Pela sinopse já se pode notar uma das grandes diferenças em relação ao jogo: a mulher e mãe Rose da Silva ao invés do homem e pai Harry Mason. O diretor do filme alegou que os espectadores do filme, em nível global, teriam mais compaixão pela busca da mãe por sua filha, ao invés da figura do pai a procurá-la, como ocorre no primeiro jogo. O filme é dirigido por Christophe Gans e roteirizado por Roger Avary, Nicolas Boukhrief e o próprio Christophe Gans, e no longa o pai de Sharon não se chama Harry, mas sim Christopher.

Terror em Silent Hill se divide em duas tramas. Rose em Silent Hill e Christopher procurando pela esposa e filha, segunda trama essa que é pouco interessante e só serve para mostrar como Silent Hill trabalha com dimensões paralelas, o que acaba apenas alongando o filme muito mais do que precisava.

O que realmente importa é o lado de Rose em Silent Hill. Um acerto enorme é terem usado toda a trilha sonora do jogo, seja em músicas ou efeitos sonoros, o que nos causa um reconhecimento e nos coloca com mais facilidade dentro da história. Christophe ainda foi muito inteligente em usar planos emulando a câmera isométrica do jogo e mostrando Rose usando os mapas para se guiar pela cidade, e ele ganha pontos por ter usado o mesmo mapa do jogo também.

O ponto onde o filme acaba se tornando uma excelente adaptação é justamente em trazer Silent Hill à vida. Seja no design da cidade ou dos monstros, foi tudo muito bem traduzido para o filme. Mas, verdade seja dita, Pyramid Head apenas está presente por sua fama dentro dos jogos, já que o personagem não está presente no primeiro jogo e não possui ligação alguma com Alessa. O personagem, entretanto, está incrivelmente bem feito. Uma curiosidade aqui é que nenhuma criatura vista no filme é feita sob o auxílio da computação gráfica: todos são bailarinos e contorcionistas profissionais, o que trouxe uma dose alta de realismo a todos os movimentos dos inimigos!

Chegamos então ao ponto onde o filme mais falha: Christophe acertou completamente em trazer Silent Hill à vida visualmente, mas o grande diferencial dos jogos de Silent Hill foi deixado de lado. Todo o lado psicológico da trama de Silent Hill foi completamente esquecido. Os monstros da cidade, no jogo, são reflexos dos traumas e vontades de Alessa, o que seria incrível de se ter explorado no filme. Porém os responsáveis pelo roteiro optaram por ignorar isso e apenas trabalhar no apelo visual, perdendo assim o filme parte importantíssima da essência de franquia de jogos Silent Hill.

Terror em Silent Hill é um filme de terror que apela para assustar e incomodar com o visual extremamente gráfico. Apesar de uma boa direção de Christophe Gans, que consegue emular muito do próprio jogo, o roteiro se perde com uma subtrama que não precisava existir e um terceiro ato perdido e confuso. Ainda assim, é uma das adaptações mais bem feitas dos jogos para o cinema; Gans já declarou em entrevistas ser fã dos jogos da série de terror da Konami inclusive, o que certamente influenciou no resultado final da produção (a sequência inicial onde Rose procura Sharon assim que se separam em Silent Hill é simplesmente brilhante e evoca muito a imersão retratada na cena equivalente do primeiro jogo). Vale nota também a atuação de Jodelle Fernand (Sharon/Alessa) que consegue interpretar duas personagens de forma completamente diferente e sendo muito boa em ambas.

Bem-Vindos a Silent Hill

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