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EvilSpecial – EvilHazard Entrevista Marcelo Tavares, fundador da Brasil Game Show

O EvilHazard teve a honra de entrevistar Marcelo Tavares, empreendedor, jornalista e sobretudo um grande colecionador e apaixonado por videogames. Caso você tenha passado os últimos anos em uma caverna, Marcelo é também o criador da Brasil Game Show, a maior e mais bem sucedida feira de video games da América Latina!

Equipe EvilHazard com Marcelo Tavares, na BGS 2019

Graças a BGS, os fãs brasileiros já puderam conhecer os maiores lançamentos dos games, as grandes novidades de empresas como Microsoft, Sony, Nintendo, Capcom, entre outras; assistir torneios de e-sports e ter contato pela primeira vez com ídolos e personalidades da indústria, como Charles Martinet, D.C Douglas, Hideo Kojima e Ed Boon.

O EvilHazard teve a honra de ser escolhido como um dos Parceiros Oficiais da feira em 2018 e em 2019, e na entrevista realizada conosco, Marcelo conta bastidores e histórias muito interessantes sobre a BGS, curiosidades sobre os convidados internacionais, aprendizado, dentre outras curiosidades; há bastante informação e esperamos que vocês gostem! Toda a Equipe EvilHazard agradece imensamente ao Marcelo pela oportunidade, confiança, e disposição na confecção desta publicação, que foi feita em parceria com o Loading Time!

1) Para começar, queremos saber: você já vê a BGS, a maior feira de games da América Latina, como um sonho realizado em sua totalidade? Ou suas ambições para a feira são ainda maiores para os próximos anos?

R: Como empreendedor e apaixonado por games me sinto muito feliz com os resultados da BGS. Sempre sonhei em trazer para o Brasil uma feira como as internacionais que via nas revistas de games. Um evento em que os fãs brasileiros pudessem ter contato com as empresas do mercado, encontrar as personalidades por trás dos jogos e experimentar as principais novidades do setor. Não imaginava que a Brasil Game Show alcançaria essa envergadura, se tornando o terceiro maior evento de games do mundo com um público que superou os 326 mil visitantes na última edição. Na primeira edição, em 2009, o evento inteiro tinha o tamanho de um único estande da BGS 2019 e recebeu 4.000 pessoas. Claro que, além de muito trabalho, o crescimento e amadurecimento do mercado nacional e a paixão dos jogadores brasileiros contribuíram para esse crescimento. Respondendo à sua pergunta: sim. A Brasil Game Show é um sonho realizado, mas ainda temos muito a fazer para essa indústria, que não para de crescer no Brasil e no mundo, e também para o público brasileiro

2) Sabemos que a sua paixão por videogames e seu lado colecionador é algo que você traz desde sua infância, mas e hoje? Como é o Marcelo Tavares “gamer” de atualmente? Você consegue se divertir jogando games hoje em dia?

R: Apesar da rotina atribulada, continuo jogando todos os dias. Nas semanas que antecedem à BGS fica mais difícil, pois a organização de um evento desse porte exige dedicação máxima, mas fora esse período jogo todos os dias por prazer. Os games são meu trabalho, mas continuam sendo minha diversão e meu hobby. Minha coleção conta com mais de 350 consoles de todas as gerações e 4 mil jogos e estou sempre procurando algo mais para meu acervo.

3) Um dos maiores destaques da BGS 2019 foi a volta da Nintendo ao evento, com estande oficial e bastante caprichado! Como foi este retorno da gigante japonesa nos bastidores? Foi difícil convencê-los a retornar? E já ficou garantido o regresso da empresa em edições futuras da BGS, como sempre acontece com Sony e Microsoft, por exemplo?

R: O retorno da Nintendo foi uma grande conquista para a Brasil Game Show. Vibramos muito, já que nem a E3 deste ano conseguiu reunir a Nintendo, PlayStation e Xbox. Nós nunca deixamos de convidar a Nintendo para o evento. Sabemos o quanto os brasileiros são apaixonados pela marca e como seus jogos marcaram gerações e foram os primeiros a se popularizar no país. No ano passado, a Nintendo já ensaiou um retorno à BGS patrocinando a área cosplay e trazendo jogos que puderam ser testados por alguns jornalistas. Acredito que a vinda discreta em 2018 tenha sido decisiva para o retornar com mais força em 2019. Assim como outras importantes empresas do setor, a Nintendo percebeu o potencial do mercado nacional e a grande paixão que o público tem pela marca. Em relação à futuras participações, ainda não temos como cravar o que acontecerá nas próximas edições, mas vamos torcer e trabalhar bastante para que a Nintendo esteja conosco nos próximos anos, assim como acontece com PlayStation e Xbox.

4) A Sony e a Microsoft estão preparando seus consoles de nova geração, PS5 e novo Xbox respectivamente. Quais as expectativas da BGS quanto a essas novas máquinas, e a presença das mesmas na BGS 2020?

R: Quem não está animado com os novos consoles? 2020 será um ano importantíssimo para o nosso mercado.

5) Por falar em anúncios, há algum plano ou idéia de transformar a BGS em um evento mais próximo de uma E3 ou Gamescon, no sentido de ser um evento mais voltado à anúncios, conferências e novidades inéditas?

R: A Brasil Game Show é um evento democrático que tem como objetivo principal oferecer diversão e entretenimento para todos os perfis de jogadores – de consoles, PCs, mobile, realidade virtual. Não é à toa que nosso slogan é “Aqui se joga”. Também buscamos acompanhar e antecipar mudanças e tendências do mercado, como o crescimento dos eSports, dos PCs, da indústria nacional, do mercado mobile, etc. A cada edição, o público também pode contar com diversos jogos ainda não disponíveis no mercado para serem testados em primeira mão. Claro que gostaríamos de ser palco de grandes anúncios globais e trabalhamos para isso. Esse ano, por exemplo, Yoshinori Ono, produtor de Street Fighter V esteve na BGS e anunciou que o Brasil faria parte da Intel World Open 2020, que acontecerá antes dos Jogos Olímpicos do Japão, no ano que vem. Já a Epic Games promoveu em seu estande na BGS o evento mundial e simultâneo de encerramento da X temporada de Fortnite. Acredito que estamos no caminho certo. Na medida em que as grandes marcas e personalidades internacionais conhecem a potência do mercado brasileiro, a paixão de seus jogadores e o país ganha importância em suas estratégias, os anúncios globais serão mais frequentes.

6) Ainda sobre eventos estrangeiros, você que já esteve em vários deles fora do Brasil, pode nos dizer que tipo de experiência você trouxe destes eventos à BGS? E ainda que tipo de falhas você notou nesses eventos que você aperfeiçoou aqui no Brasil?

R: Temos boa relação com os eventos do exterior e temos grande carinho principalmente por aqueles que nasceram antes da BGS. Acredito que a BGS não deve nada em qualidade a nenhum evento lá fora e todos nós organizadores vivemos com os mesmos desafios. Não há algo exato que venha de outro lugar, mas certamente se algum evento em outro país faz algo de interessante, nos sentimos inspirados a fazer algo a mais no nosso.

7) Há algum plano para que edições futuras da BGS tragam convidados internacionais do universo dos jogos, mas que não necessariamente sejam desenvolvedores? Figuras famosas no YouTube como, por exemplo, Angry Video Game Nerd (AVGN), Game Historian, Joueur du Grenier ou PewDiePie?

R: Estamos sempre abertos a novas ideias.

8) Na BGS 2019, você trouxe de volta ao evento Ed Boon, que desenvolveu Mortal Kombat. Há planos para trazer outros desenvolvedores de retro-jogos famosos, como por exemplo Frederick Raynal (Alone in the Dark), Jordan Mechner (Prince of Persia), Yuji Naka (Sonic the Hedgehog), ou ainda o grande mestre Shigeru Miyamoto?

R: Somos muito gratos a todos os desenvolvedores de games por fazerem jogos que nos divertem, que nos fazem pensar, que nos colocam em posições de cooperação com nossos amigos. Seria ótimo trazê-los. Há uma série de trâmites a serem seguidos com cada um deles e… certamente Miyamoto é um sonho que adoraríamos realizar.

9) Que bastidores da BGS você pode contar sobre os convidados internacionais que estiveram recentemente aqui na BGS? Houve algum pedido estranho? Que tipo de experiências curiosas eles viveram aqui em São Paulo?

R: Sempre tem aquela ideia de comer churrasco brasileiro e feijoada também. Boa parte deles sempre falam de ir a Foz do Iguaçu porque acham um lugar muito bonito e que pode servir de inspiração para os jogos.

10) Houve algum tipo de resistência inicial por parte de alguns dos convidados internacionais para virem à feira? Eles já conheciam a BGS, no momento da primeira abordagem? Ou causou estranhamento o convite, por ser um evento no Brasil?

R: Nunca houve estranhamento por ser o Brasil. Pelo contrário, sempre somos muito bem recebidos por todos. Normalmente, o maior entrave costuma ser agenda.

11) Com relação às produtoras de games nacionais, você notou um aumento de interesse por parte delas em estar na BGS? O evento tem interesse em atrair mais empresas nacionais?

R: O espaço para os indies começou na BGS de 2014 com apenas sete estandes e desde vem crescendo. Nesse período, já recebemos estúdios de vários estados brasileiros e até internacionais. Além do maior número de desenvolvedores, destacamos a melhoria na qualidade dos jogos, a evolução dos gráficos, da arte, dos enredos cada vez mais complexos e envolventes, elogiados, inclusive por grandes desenvolvedores, como Hidetaka Miyazaki, de Sekiro: Shadows Die Twice, John Romero, criador de Doom e Quake e Yoshinori Ono, produtor de Street Fighter. A BGS tem todo o interesse em fomentar o desenvolvimento do mercado nacional. Tanto que este ano realizamos, pela primeira vez, um concurso popular para eleger os melhores jogos. A iniciativa contou com o apoio do Banco do Brasil e premiou os três primeiros colocados com sendo R$ 5 mil para o 1º colocado, R$ 3 mil para o 2º colocado, e R$ 2 mil para o 3º colocado.

12) Como gamer “oldschool” que você é, assim como nós, o que você acha do mercado atual de jogos? Acha que, na simplicidade do passado, os gamers aproveitavam e se divertiam mais com os games? Ou, na sua opinião, toda a tecnologia e modernidade de hoje são o cenário ideal para a diversão do gamer de qualquer idade?

R: O mais legal da nossa indústria é que você pode ter o perfil que for, que sempre haverá um jogo para você. A evolução tecnológica vem para melhorar não só gráficos, mas maneiras de jogar. Então, há espaço para quem quiser jogar games mais antigos e games mais recentes. E que bom que é assim.

13) Qual o balanço que você pode traçar sobre a Brasil Game Show 2019? Você possui alguns números e estatísticas desta última edição que poderia compartilhar com a gente?

R: A BGS 2019 foi incrível! Nos cinco dias do evento, estiveram presentes mais de 326 mil pessoas, um recorde de público. Recebemos muitos feedbacks positivos de visitantes, expositores e imprensa, e encerramos a edição com a sensação de dever cumprido. A BGS é um evento cada vez mais democrático, com jogos para todos os públicos e gamers de todos os níveis, dos casuais aos hardcore. Os fãs puderam jogar os principais lançamentos do ano em milhares de estações de games espalhadas por mais de 400 estandes, participar de ativações, de campeonatos, concursos de cosplay, encontrar seus influenciadores digitais preferidos e ficar frente a frente com os grandes ídolos da indústria de jogos eletrônicos: Hidetaka Miyazaki, de Sekiro: Shadows Die Twice; John Romero, criador de Doom e Quake; os protagonistas de GTA V (Steven Ogg, Shawn “Solo” Darnell Fonteno e Ned Luke); Al Lowe, criador de Leisure Suit Lerry; Howard Scott Warshall, desenvolvedor de E.T, e Gary Stern, dono da Stern Pinball. Outros já eram conhecidos do público da BGS, como Charles Martinet, dublador do icônico personagem Mario, da Nintendo; Shota Nakama, que pela primeira vez fez dois grandes shows com sua orquestra durante o evento; Ed Boon, cocriador de Mortal Kombat, e Yoshinori Ono, de Street Fighter. Os fãs de esportes eletrônicos também acompanharam disputas eletrizantes na BGS Esports. Esse ano, além de quatro campeonatos com premiação total de mais de R$200 mil, o público desfrutou de uma arena ainda mais moderna e confortável do que nas edições passadas, com infraestrutura de primeira, inclusive com o lançamento do Camarote BGS, espaço localizado na parte superior das arquibancadas e que dava visão privilegiada do palco. Também tivemos muitas novidades para PC gamers, cosplayers, entusiastas de jogos independentes, fãs de arcades e desenvolvedores, que tinham uma série de novidades à disposição nas diversas áreas da BGS, como Avenida Indie, BGS Arcade & Pinball, área B2B, pavilhão PC gaming e BGS Cosplay Zone.

14) Para encerrar, qual foi, até agora, a sua maior realização pessoal com a Brasil Game Show? E qual foi a pior decepção?

R: Algumas realizações recentes muito comemoradas por nós da organização da Brasil Game Show e também pelos gamers brasileiros foram a vinda de Hideo Kojima em 2017, um dos nomes mais pedidos em pesquisas realizadas com o público, e a volta da Nintendo, em 2019, com a oportunidade para os que visitantes experimentarem vários jogos de Nintendo Switch, entre eles Luigi’s Mansion 3, lançado depois da feira, em 31 de outubro. Já em relação à maior decepção é jogar menos do que eu gostaria. A BGS consome muito tempo, mas mesmo assim não tem como não fazer o evento de maneira feliz.

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