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EvilFiles – Resident Evil: Operation Raccoon City

Algumas pessoas, depois de Resident Evil 3, desanimaram um pouco com o rumo que a série da Capcom estava tomando. Resident Evil 4, por exemplo, apesar de ser um jogo inquestionavelmente bom, rompeu com diversas mecânicas as quais todos se acostumaram em Residents clássicos e, talvez por isso, muita gente tenha gostado tanto de Resident Evil Outbreak File #1 e #2 do PlayStation 2, capítulos fora da cronologia oficial, onde você é um mero civil em meio ao holocausto zumbi; RE Outbreak foi a volta ao estilo survival horror, mostrando um ponto de vista diferente do caos de Raccoon City.

Depois de ver o lado dos heróis e dos civis, o anúncio de Resident Evil: Operation Raccoon City despertou a curiosidade em muitos fãs, afinal, veríamos a situação do ponto de vista dos vilões.. mas nem tudo foram flores.


Ano de lançamento: 2012
Publicadora: Capcom
Desenvolvedoras: Slant Six Games, Capcom

Gênero: Tiro em Terceira Pessoa
Produtor: Masachika Kawata
Número de jogadores: Multiplayer (até 4 jogadores)

A trama de RE: ORC (como é “carinhosamente” chamado pelos fãs da franquia) ocorre antes e durante os eventos de Resident Evil 2, e você é um dos integrantes da U.S.S. (Umbrella Security Service), equipe especial de “limpeza” da Umbrella, enviado para Raccoon City com o objetivo de impedir o cientista Willian Birkin de vender o T-Vírus e o G-Vírus para o governo americano. A situação sai de controle quando o cientista é baleado e, antes de morrer, injeta em si mesmo uma amostra do G-Vírus. Deste momento em diante, você faz o caminho até a aparição de Leon e Claire. Ao contrário do que muitos pensam, Resident Evil: Operation Raccoon City não tem relação com a cronologia da série.

O que fará a alegria dos fãs em RE: ORC será ver momentos interessantes “dos bastidores” da história de Resident Evil 2, como a cena do helicóptero descarregando cilindros contendo as armas biológicas Mr.X e as criaturas Hunters, bem como fragmentos de informação de Resident Evil 3: encarar o gigante Nemesis e entender como Nicholai Ginovaef, agente da U.B.C.S. (Umbrella Biohazard Countermeasure Service), enviado para evacuar a cidade, revelou-se um traidor. Por ser uma releitura destes dois jogos, RE: Operation Raccoon City tem seus momentos originais, no melhor estilo “e se…”, e mostra uma conclusão bem diferente do que você viu em Resident Evil 2. O amarrado da trama talvez seja a parte mais interessante deste jogo, até porque você não pode esquecer nada dos diálogos forçados.

A estrutura de jogo é a mesma de SOCOM: U.S. Navy SEALs. A produtora Slant Six Games foi responsável pelos dois últimos títulos da série para PSP, e pelo episódio Confrontation, adotando em RE: ORC quase os mesmos recursos, e é aqui que o maior problema começa. Usar paredes e objetos para se proteger, por exemplo, seria excelente, não fosse problemático pela lentidão na ação. Já no tocante aos protagonistas do jogo, você tem seis personagens com habilidades únicas, bastando escolher um para controlar e definir outros três para acompanhá-lo. O espírito de equipe é declarado, mas na prática ele não funciona: a inteligência artificial dos aliados é tão medíocre que eles mais atrapalham do que ajudam. Não é possível orientar a equipe, e isso deixa você refém de certas situações onde é obrigatório a equipe estar junta para avançar. Essa falha é corrigida caso jogue online e seus companheiros sejam controlados por outros jogadores (que podem entrar a qualquer momento da partida).

A jogabilidade genérica e a quantidade desproporcional de inimigos ficam claros quando você encara Hunters e estes não deixam você levantar. Os zumbis são esponjas de bala, e sua munição acaba numa velocidade inacreditável. Nessas horas, seu ultimo recurso é partir para o ataque de faca, que nem sempre é eficaz. Além de zumbis e armas biológicas, Raccoon City está cheia de soldados do governo em missão secreta (pegar amostras do T-Vírus), e encarar inimigos humanos até bota em prática ideias bacanas. Faça o inimigo sangrar, e os zumbis partem para cima do ferido; se o inimigo for infectado enquanto ferido, será transformado em zumbi. Essas condições se aplicam a você sua equipe.

A campanha principal do jogo tem sete capítulos, cada um com cenários longos e lineares, mas com um visual bonito e cheio de tensão. No âmbito da trilha sonora, ela é bacana e envolvente, mas sofre cortes e interferências constantemente, antes de voltar a tocar. Há ainda o modo online, que oferece quatro modalidades: Team Attack (duas equipes disputam a vitória por pontos), Biohazard (colete amostras de G-Vírus em pontos aleatório do cenário), Heroes (duas equipes se enfrentam) e Survivor (duas equipes trabalham juntas para sobreviver). É seguro dizer que o online é um dos pontos mais divertidos do jogo, mesmo sofrendo com lentidão, e vale aqui destacar o modo Heroes, onde, como o nome sugere, você pode controlar ícones da franquia Resident Evil, como Ada Wong e Jill Valentine.


A Slant Six Games ostentava estar desenvolvendo “um projeto novo e surpreendente”, mas não foi assim que reagiu a crítica especializada, na época do lançamento do jogo. O IGN, por exemplo, atribui uma pontuação 4/10 ao game, afirmando que “um surto de zumbis real teria sido menos trágico.” A GameInformer deu a nota 6/10, o GameSpot atribuiu 4.5/10, o GamesRadar com o título: “Jogue este jogo por algumas horas e estará rezando para um real apocalipse zumbi começar” deu a nota de 3/10. As duras críticas da imprensa acabaram por contagiar os fãs mais fervorosos da franquia, que passaram a considerar RE: ORC o pior Resident Evil já lançado à época.

Entre erros e acertos, entretanto, Resident Evil: Operation Raccoon City tem sim sua cota de diversão para os fãs. Se a jogabilidade tivesse sido melhor trabalhada e a IA fosse mais eficiente, o jogo teria um apelo ainda maior. O que realmente incomoda em RE: ORC é que o jogo passa uma sensação de “ultrapassado”, afinal, existem jogos mais antigos que conseguem ser muito melhores que ele. Ainda assim, fica o conselho: jogue-o, e divirta-se!

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