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EvilSpecial | Por que a Capcom precisa explicar a grandeza de Wesker antes de lançar Resident Evil 5 Remake?

Os vilões vêm ganhando cada vez mais espaço dentro da cultura pop como peças essenciais para as franquias, afinal, eles personificam os obstáculos, as tentações e o apelo sedutor das emoções inferiores e da maldade, desafios que todo ser humano enfrenta e consegue se identificar. Tem se tornado impossível nos últimos anos construir boas obras de ficção sem um antagonista marcante, afinal, grande parte das obras que tem heróis amados possuem um ou mais vilões que preenchem papeis essenciais para a construção desse herói, e muitas vezes o vilão ganha objetivos, personalidade e um apelo todo diferenciado que o faz ser tão adorado quanto o herói ou até mais.

+ DLC “Separate Ways” traz referências a Resident Evil 5 e aumentam especulações sobre remake do título

Dito isso, é notório que dentro do universo de Resident Evil, nenhum outro vilão preencheu esse papel de forma tão bem sucedida e por tanto tempo quanto o icônico Albert Wesker, sendo relevante mesmo após sua morte em Resident Evil 5.  A popularidade de Wesker é tão grande que ele é considerado um dos maiores antagonistas dos video games, sendo reconhecido e contemplado até mesmo em outros jogos como Marvel Vs Capcom e Dead by Daylight.

+ EvilSpecial | Qual é o papel de Albert Wesker em Resident Evil 4?

De forma inevitável, Wesker voltou a aparecer na franquia na nova cronologia dos remakes, na recente releitura de Resident Evil 4 e em sua DLC Separate Ways, trazendo consigo indícios que apontam quase que de forma certa para um remake de Resident Evil 5 em algum momento no futuro. O problema com isso é que ele naturalmente não apareceu e nem foi mencionado nos remakes de Resident Evil 2 e 3 e nem mesmo ainda ocorreu um remake de Resident Evil CODE: Veronica, jogo em que ele também tem grande participação. O espetacular remake de Resident Evil 1 de 2002 também parece ser solenemente ignorado pela Capcom nesta linha do tempo dos remakes, e todos os fãs mais antigos sabem da importância de Albert Wesker no plot do primeiro jogo. Mesmo que ele tenha aparecido no remake do primeiro jogo, tecnicamente, esse título faz parte da cronologia principal e não da cronologia dos remakes, ou seja, todos esses fatores acarretam no risco de Wesker voltar em um eventual Resident Evil 5 Remake trazendo a impressão de ser um vilão sem relevância para aqueles que estão jogando e acompanhando apenas os jogos mais novos.

+ EvilSpecial | Estaria a Capcom preparando terreno para um Remake de Resident Evil 5?

Pensando nessas questões, o artigo de hoje tem como objetivo explorar a importância de Albert Wesker dentro da franquia e como suas ações influenciaram a maior parte dos eventos vistos até hoje dentro de Resident Evil. Este artigo tem como objetivo evidenciar toda a bagagem que um vilão do porte de Albert Wesker traz desde sua primeira aparição em Resident Evil 1, e como isso não pode ser ignorado nesta nova linha do tempo dos remakes que a Capcom vem desenvolvendo. Lembrando que você também pode ler com detalhes a biografia de Wesker em nosso site, visto que o objetivo desse artigo é destacar seus feitos e importância, não necessariamente a história completa do personagem.

Para começar, é importante destacar que apesar de ter se tornado imensamente poderoso após quase morrer em Resident Evil 1, Albert Wesker é um vilão que agia nas sombras e por meio de terceiros sempre que podia. Naturalmente, isso implica que Wesker esteve envolvido de forma significativa em eventos importantes da franquia mesmo que não tenha diretamente participado. Nos eventos de Resident Evil 1, Albert Wesker era líder do grupo S.T.A.R.S., e, ao mesmo tempo, era um dos principais integrantes da Umbrella Corporation, a mesma empresa que começava ali a destruir Raccoon City após o incidente com o T-vírus. Esta traição de Wesker foi descoberta pelos membros do grupo Alpha dos S.T.A.R.S., mais notavelmente Chris Redfield, Jill Valentine e Barry Burton (este que, inclusive, era chantageado por Wesker).

Após ter forjado sua morte em Resident Evil 1, Wesker só voltaria a dar as caras meses depois durante os eventos de Resident Evil CODE: Veronica. Nesse contexto, Wesker ouviu rumores sobre o poderoso vírus T-Veronica sendo experimentado na ilha Rockfort, ficando obcecado por obter uma amostra do vírus; com isso, ele não perdeu tempo em liderar um ataque à ilha junto da HCF, o braço paramilitar da Organização a qual ele havia se juntado após trair a Umbrella. Esse ataque colocou Wesker em rota de conflito com Alexia Ashford, Chris e Claire Redfield, e apesar de ter enfrentado Alexia, Wesker se sentiu intimidado pelo poder dela e deixou que Chris a enfrentasse sozinho. Após a morte de Alexia pelas mãos dos irmãos Redfield, Wesker humilhou Chris em uma luta e o teria matado caso não tivesse sido forçado a fugir por conta da autodestruição iminente da ilha, porém, não sem antes levar o corpo de Steve Burnside infectado com o T-Veronica.

Após esse incidente, Wesker conseguiu manter seu padrão de geralmente operar nas sombras e apenas em raras ocasiões atuar diretamente em suas atividades, o que foi mostrado em Resident Evil: The Umbrella Chronicles, mais notavelmente.

Para ilustrar essa ideia, vem o fato de que, depois testemunhar contra a Umbrella e dar o golpe final na empresa durante os tribunais de Raccoon City (após o caos em Raccoon City), Albert abriu caminho para sua própria ascensão no mercado negro de armas biológicas durante o início dos anos 2000, ainda contando com o apoio financeiro e logístico da misteriosa ”Organização”, enquanto fazia uso de tecnologia e dados de armas biológicas roubadas da Umbrella. A questão é que Wesker não provocou só a sua própria ascensão, uma vez que destruir a Umbrella e vazar muitos de seus dados de B.O.Ws no mercado negro contribuiu para o surgimento de inúmeros grupos e incidentes bioterroristas no contexto da guerra ao terror nos anos 2000.

Um fato muito curioso é que também no início dos anos 2000 a HCF, a mesma divisão de operações paramilitares que Wesker comandou na ilha Rockfort, esteve envolvida cooperando de forma técnica e logística com o sindicato criminal conhecido como ”The Connections”, em um projeto que tinha como objetivo a criação de uma arma biológica revolucionária baseada em um fungo similar ao mofo oriundo de uma certa região montanhosa do leste europeu.

Após vários experimentos fracassados, as amostras do mofo fornecidas por Mãe Miranda resultaram na criação de Eveline, uma B.O.W. com o fenótipo selecionado de uma garotinha de 10 anos, porém, com a capacidade de implodir uma sociedade inteira por meio de controle mental sem causar danos estruturais e econômicos irreversíveis. A culminação disso, é claro, foram os eventos vistos em Resident Evil 7 com o incidente bioterrorista em Dulvey, que deixou inúmeros mortos até a situação ser neutralizada por uma operação conjunta da nova Umbrella e da BSAA.

As implicações de tudo isso nos fazem pensar que Albert Wesker pode ter estado diretamente envolvido em pesquisas com o mofo e no desenvolvimento das B.O.W.s que originaram Eveline, isso é sustentado não só pela proeminência que ele tinha dentro da organização na época, como também em seu conhecimento e formação ímpares em engenharia genética.

Vale lembrar que antes de aparecer para executar de vez o seu plano mestre em Resident Evil 5, Wesker esteve envolvido nos eventos de RE4 (falando especificamente da linha do tempo do jogo original) através de Ada Wong e Jack Krauser, seus agentes/colegas da ”Organização” enviados para obter amostras da Plaga dominante. Acontece que por ordens da Organização que já suspeitava que Albert estava conspirando com a Tricell, Ada traiu Wesker e enviou uma amostra de Plaga subordinada, o que não impediu seus planos, uma vez que ele conseguiu extrair a plaga controladora do cadáver de Krauser.

O fato de Wesker ter obtido essas amostras de Plaga para a Tricell culminou não apenas no incidente bioterrorista de Kijuju, como também em um surto do parasita durante uma guerra civil no país da República Eslava do Leste, após a Presidente Svetlana Belikova comprar o parasita diretamente da Tricell e utilizá-lo contra as forças rebeldes que se opunham ao governo. Ou seja, além de estar diretamente conectado aos eventos de Kijuju em RE5, Wesker provocou os incidentes vistos na animação Resident Evil Damnation após prover o parasita Las Plagas para a Tricell.

Como todos sabem, Wesker foi morto em Resident Evil 5 após tentar usar o vírus Uroboros para aniquilar a raça humana por meio de um plano eugenista de induzir uma nova seleção natural, porém como se não bastasse, essa não foi a única vez que as suas ações causaram catástrofes globais e, mesmo após a sua morte, Wesker quase conseguiu mais uma vez causar a extinção da raça humana.

Um claro exemplo disso é a crise do C-Virus em Resident Evil 6: para aqueles que não sabem, o C-Virus nada mais é do que uma fusão do G-Virus retirado dos anticorpos do organismo de Sherry Birkin com o T-Veronica. A amostra de T-Veronica usada por Carla Radames para engenharia genética do C-Virus foi obtida por Derek Simmons a partir do DNA de Manuela Hidalgo, que estava sob custódia do governo americano após ser salva por Leon e Krauser na Operação Javier em 2002.

O que isso tudo quer dizer afinal? Para começar, o T-Veronica deveria ter sido extinto junto com Alexia Ashford durante o incidente na Ilha Rockfort, mas como foi dito antes, Albert Wesker junto com a HCF realizaram uma intervenção paramilitar na ilha com o propósito de recuperar o T-Veronica para a Organização, operação que foi bem sucedida após Wesker recuperar o corpo de Steve Burnside que estava infectado com o vírus. Em posse das amostras do vírus, Wesker passou a fazer negócios com o chefe do crime organizado Javier Hidalgo, vendendo amostras do vírus para tratar a doença da filha de Javier.

Em resumo: por causa de Wesker, o vírus T-Veronica foi entregue de bandeja através do corpo de Manuela, isso possibilitou que Simmons e Radames criassem o C-Virus, arma biológica que simplesmente provocou a morte de dezenas de milhares de pessoas com o ataque bioterrorista em Lanshiang na China e mais de 70 mil pessoas no Incidente em Tall Oaks, incluindo o presidente dos EUA, Adam Benford. Sem falar que a humanidade quase foi extinta quando uma arma bio-orgânica baseada no C-Virus, o monstro Haos, foi liberada para os oceanos, sendo por pouco destruída através dos esforços de Chris Redfield e Piers Nivans, que morreu para impedir a catástrofe.

Diante todo o exposto até aqui, o que queremos realmente ressaltar com este artigo é uma linha de raciocínio simples: muito do legado de Wesker foi evidenciado e explicado após sua morte nos eventos de Resident Evil 5, jogo este que pode receber seu remake muito em breve, mas a contribuição de Albert Wesker para tornar Resident Evil a franquia sensacional que é até os dias de hoje é algo inegável e começou já no primeiro jogo da franquia e foi enaltecida em Resident Evil CODE: Veronica (e também em RE: Umbrella Chronicles), porém, o novo fã que conhece a série da Capcom a partir do remake de Resident Evil 2 e não tem sequer conhecimento da existência dos jogos clássicos pode ter visto na nova DLC Separate Ways um vilão “vazio”, pode tê-lo visto de forma estranha, uma vez que Wesker “cai de para-quedas” em Resident Evil 4 Remake, sem contexto evidente e sem toda a bagagem narrativa que carrega desde os eventos do primeiro jogo (este que já tem o seu remake, remake que é negligenciado pela Capcom na linha do tempo atual de remakes). Foi um total acerto a Capcom dar maior tempo de tela a Wesker em RE4 Remake e na sua DLC Separate Ways, porém seria um erro grotesco por parte da empresa fazer isto com Wesker sem contextualizá-lo para os novos jogadores antes do provável lançamento de Resident Evil 5 Remake. Um meio de corrigir isto seria o lançamento do remake de Resident Evil CODE: Veronica, onde a figura de Wesker e seus feitos anteriores poderiam ser muito bem explorados.

Os feitos de Albert Wesker são numerosos e extensos: além de ter sido um vilão extremamente marcante, poderoso e cheio de estilo, ele foi o causador direta e indiretamente de inúmeras ou mesmo a grande maioria das catástrofes vistas no mundo de Resident Evil. As ações de Wesker provocaram danos significativos ao mundo, aos personagens e deixaram uma enorme vazio em muitas vidas nesse universo, por isso é tão necessário que a Capcom não esqueça da grandiosidade desse personagem antes e depois de sua morte, caso venha a produzir Resident Evil 5 Remake.

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