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EvilSpecial – Quais são as diferenças entre Remake, Reboot, Remaster, Reimaginação e Port?

A geração atual de consoles nos trouxe grandes novidades no universo gamer, alguns jogos novos bem interessantes e potenciais promessas de franquias, porém, desde a geração do PS3 e Xbox 360, percebe-se no mercado de jogos um aumento de quantidade de Remakes, Remasters, Reboots, Ports e Reimaginações de jogos, um movimento saudosista que, aparentemente, ainda têm muito fôlego pela frente!

Com tantos jogos caracterizados como Remakes, ou Remasters, ou Reboots, ou Reimaginações, ou Ports, é comum que nós consumidores fiquemos bastante confusos com todas estas nomenclaturas! Até as desenvolvedoras dos jogos por vezes “se atrapalham” em distinguir os jogos, vendendo um Remake dizendo que é Remaster, e vice-versa. Você, amigo comrade, sabe diferenciar todos estes nomes, e o que cada um deles significam? Não? Então se acalme, não precisa ficar preocupado, pois nós do EvilHazard iremos tentar explicar de uma forma fácil e simples de identificar a diferença entre eles e acabar de vez com toda essa confusão. Vamos lá!

REMASTER

Remasterizar nada mais é que atualizar um produto já feito, tanto na parte gráfica como no áudio, trazendo uma resolução maior e atual, assim permitindo melhorias nas definições de texturas do jogo, tanto como personagem como cenário. A taxa de quadros ou FPS (Frames Por Segundo) acaba aumentando, e em muitos casos, jogos que eram a 30FPS acabam passando para 60FPS, dando assim mais fluidez ao jogo. Os jogos remasterizados também podem sofrer algumas mudanças nos cenários e ter coisas novas adicionadas, mas sem alterar a mecânica do jogo e principalmente a história do jogo, por exemplo.  Muitos destes jogos já mostram em seus títulos as expressões “Remastered” ou “HD Remaster”. Como exemplo recente, temos o lançamento de Resident Evil HD Remaster para a nova geração de consoles, jogo que é original do GameCube, de 2002.

Outro exemplo: um dos jogos de maior sucesso da história recente, e exclusivo da Sony, recebeu sua versão remasterizada para PS4. The Last of Us, que foi lançado inicialmente para PlayStation 3, ganhou sua versão melhorada para PlayStation 4, intitulado como The Last of Us: Remastered. O game recebeu melhorias nos gráficos, os deixando com mais detalhes, resolução maior e uma taxa de quadros que ajudou o game a ter mais fluidez em seus movimentos, tanto de personagens quanto as paisagens/natureza apresentados no jogo.

Veja abaixo um vídeo feito pelo canal Candyland, mostrando o game simultaneamente, lado a lado, em suas versões do PS3 e PS4.

REMAKE

Remake.. re-make, ou seja, significa refazer o jogo, porém sem mexer nas principais características do mesmo, como ações dos personagens e história, onde os materiais do jogo são totalmente reaproveitados, porém com recursos gráficos totalmente atualizados para aumentar a experiência dos jogadores. Além disso, as produtoras costumam acrescentar coisas novas como: modos de jogo, personagens, desafios e vários outros conteúdos extras.  E mesmo agora você sabendo o que é Remake, algumas produtoras ainda vendem o Remake como “Remaster”, e temos como recente exemplo Crash Bandicoot N. Sany Trilogy, lançado para PS4, XO e PC. O jogo é nitidamente um Remake, mas a produtora o vende como Remaster; isso faz com que nós consumidores fiquemos perdidos, já que até mesmo as produtoras acabam “se confundindo”.

Outro exemplo de Remake é Shadow of The Colossus, exclusivo da Sony, lançado originalmente em 2005 para PlayStation 2. O game também teve um Remaster para PlayStation 3 em 2011, e seu Remake foi lançado para PlayStation 4 em fevereiro de 2018.

REBOOT

O conceito de “Reboot” consiste em refazer totalmente o jogo, pegando o mesmo titulo e modificando completamente a história e elementos de gameplay, ou seja, recontar o game trazendo ele com gráficos atuais, novas jogabilidades, mecânicas, cenários, mas sem perder o sentido. Podemos ver isso acontecendo também nos cinemas, onde vemos títulos sendo refeitos ao passar dos anos, como Transformers: Bumblebee, The Amazing Spider Man, IT: A Coisa, e tantos outros.

Outro clássico exemplo de reboot é Tomb Raider, onde o primeiro jogo surgiu em 1996 para PlayStation 1 e Saturno. No jogo original, a protagonista Lara Croft já era muito experiente em combates, em movimentações, sabia se virar muito bem, parecia até uma “robô”. Já em 2013 a Eidos Montreal junto com Crystal Dynamics, decidiram refazer o jogo, dando uma nova história para Lara Croft, deixando-a mais “humana”, mostrando uma protagonista totalmente indefesa no inicio do game. Apesar do game contar com praticamente tudo novo, as “essências” dos jogos da série Tomb Raider permaneceram.  No vídeo abaixo colocamos um vídeo do canal PlayGround, onde é possível ver a evolução dos clássicos jogos da saga Tomb Raider, junto com os Reboots lançados a partir de 2013.

PORT

Um Port nada mais é que fazer a portabilidade de um jogo para outra plataforma ou geração. O game não sofre grandes mudanças, sendo elas gráficas ou conteúdos novos, apenas alguns comandos dos personagens são configurados para a plataforma atual, ou a inclusão de troféus e conquistas. Alguns jogos “port” podem conter algum aumento em sua resolução, porém, as produtoras evitam fazer tais ports, pois pode haver problemas para fazer isso, como Dark Souls 1 para PC, que havia saído para geração de PS3 e X360. O port do jogo, infelizmente, veio com vários problemas, tais como: resolução inferior apresentado na geração anterior, comandos totalmente desconfigurados, dentre outras dores de cabeça. Os fãs se mobilizaram e trouxeram melhorias feitas por eles, como o “famoso” DSFix, onde houve grandes updates de arquivos, praticamente semanalmente, para tornar o jogo jogável. O DSFix trazia melhorias gráficas, suporte para grandes resoluções em HD, mapeamento correto dos comandos, além de suporte para controles. A From Software lançou anos atrás o Remaster do primeiro jogo para todas as plataformas da geração antiga e para PC, e quem já tinha o game normal, ganhou 50% de desconto (visto por muitos como um “pedido de desculpas” sobre o port).

Outro jogo que se saiu mal nessa história de “ports” foi Batman Arkham Knight, lançado para PS4 e XO anos atrás. O game recebeu um port para versão PC, que infelizmente foi uma grande decepção para os fãs do morcego. O jogo apresentava graves erros: taxa de quadros instáveis pela má otimização do jogo, crashs constantes, bugs e tudo que tinha direito. A Warner se pronunciou falando que havia contratado uma empresa “terceirizada” para fazer o port. A empresa terceirizada tentou lançar patchs de correções, mas infelizmente só alguns problemas foram resolvidos. A Warner chegou a liberar o reembolso para os consumidores do PC, que estariam insatisfeitos com os problemas apresentados.

[ LEIA TAMBÉM: EvilSpecial – Os Ports e Remasters de Resident Evil ]

Nem todos os ports, entretanto, são ruins: o jogo Resident Evil 4 de 2005 recebeu port para PS4 e XO, e se saiu muito bem. O game havia sido lançado para PC em uma versão remasterizada em HD e tempos depois a Capcom fez o port desta versão para os consoles das gerações atuais. RE4 HD saiu em Agosto de 2016 para a geração atual, porém, não foi preciso fazer melhorias no jogo, pois a versão portada já era acima da versão original.

REIMAGINAÇÃO

Chegamos ao conceito que mais confunde os jogadores, por se assemelhar muito com a ideia de “Remake”. A Reimaginação é parecida com o conceito do “Remake” e ainda com o de “Reboot”, e isso pode confundir muita gente, pois a reimaginação é como se fosse contar a mesma história, porém “fazendo um caminho diferente”, mudando alguns diálogos, ou percursos que o personagem faz até tal ponto, acrescentando cenários, acrescentando detalhes da história.. na reimaginação, é como se a produtora do jogo fizesse tudo no mesmo ambiente clássico que conhecemos do jogo original, porém, com um rumo diferente mas com a mesma finalidade! Bem confuso né?

Um bom exemplo de reimaginação é Resident Evil, lançado em 2002 para o Nintendo GameCube. O jogo não recebe em seu título a palavra “Remake”, e, apesar de trazer todos os eventos já conhecidos do clássico RE1 de PS1, ele traz também novos cenários, uma história expandida, novos personagens e novos diálogos. Esta versão de 2002 veio “completar” a versão de 1996, tanto que, na cronologia oficial da Capcom para a franquia, os eventos de Resident Evil 1 foram desconsiderados, e os eventos de Resident Evil de 2002 tomaram seu lugar.

Outro grande exemplo de reimaginação: na notícia publicada pelo EvilHazard onde a Capcom explica o porque de o novo Resident Evil 2 não ser um Remake, o gestor da marca da Capcom diz de forma bem clara que os jogadores e fãs de RE que jogaram várias vezes o segundo titulo da franquia, vão jogar “o mesmo jogo”, porém com uma experiência nova, proporcionando aos jogadores já experientes com o jogo a sensação de que estão jogando algo “completamente novo”! A Capcom mudou muita coisa no jogo e acrescentou coisas novas, como cenários, diálogos, perspectiva nova de câmera, mas também reformulando alguns elementos já presente no RE2 clássico, como puzzles e os caminhos percorridos por Leon e Claire. O próprio gestor da Capcom usou a palavra “reimaginação” para classificar o novo Resident Evil 2.. ou seja, parece Remake, mas não é! O mesmo conceito permaneceu com os remakes de Resident Evil 3 e Resident Evil 4.


E então amigo Partner, nosso texto te ajudou a entender um pouco mais as diferenças entre os conceitos de Remake, Remaster, Reboot, Reimaginação e Ports? Você concorda com nossas avaliações, ou discorda? Não deixe de dar sua opinião abaixo nos comentários!

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