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Qual foi (e está sendo) o impacto dos remakes de Resident Evil no mundo dos games?

A recente renovação da franquia Resident Evil, com dois remakes lançados (e mais outro em produção), jogos com diferentes ângulos de câmera, novas abordagens de terror e resgate de antigos elementos vitais para a qualidade dos jogos, ajudou sem dúvida a fortalecer a tendência do resgate, reimaginação e nostalgia dentro dos padrões da saga. Avaliando dentro deste âmbito e tendo em mente que o vindouro Remake de Resident Evil 4, com toda sua proposta mais obscura, promete trazer uma experiência ímpar dentro da franquia, este artigo tem a intenção de analisar e compreender como os remakes ou reimaginações de Resident Evil estão e devem continuar fazendo a diferença dentro da franquia e dos jogos de terror no geral!




Para entrar no mérito almejado, precisa-se fazer uma avaliação dos dois remakes recentes da franquia, referentes ao segundo e terceiro jogo, e o remake do primeiro jogo lançado vinte anos atrás! Provavelmente, em termos de história, o remake do primeiro jogo estabeleceu um padrão que ainda não foi desbancado, pois ele consegue a proeza de recriar e reproduzir toda a história original e incrementar ainda mais elementos na narrativa e no cenário que engrandeceram a experiência. O plot de Lisa Trevor é o grande destaque das novas adições por ser assustador, envolvente e triste, adicionando uma camada a mais na história, algo que os jogadores desligam o console e ficam pensando a respeito.

Resident Evil 2 Remake conseguiu um feito semelhante com seu plot do orfanato, que apresenta elementos cruéis, vis e desumanos sendo praticados pela Umbrella, tornando o jogo mais perturbador. O remake do segundo jogo também apresenta problemas de coerência da história, resquícios dos cenários A e B do jogo original que não foram bem adaptados, isso sugere que algumas coisas não precisam ser necessariamente tratadas ”ao pé da letra” e ao invés disso, devem ser realmente reimaginadas, Já o remake do terceiro jogo infelizmente pouco acrescenta e pouco desenvolve, para efeito de comparação; ele acaba causando cortes de conteúdo muito gritantes.




Nesse ínterim, já tocamos em um ponto polêmico e iremos tratá-lo de forma rápida e sucinta: um remake deve seguir à risca o jogo original? A resposta é não, um remake não deve seguir de forma exata o material raiz, ele precisa sim ser fiel ao jogo original pois carrega seu nome e seu legado, mas deve usar a história e mecanismos do jogo com adaptações precisas e incrementar conteúdo, isso é o mais importante.

Resident Evil muitas vezes é uma franquia que não se sabe se aproveitar; existem diferentes escalas de terror da franquia dentro do que o bioterrorismo pode causar: existem os momentos megalomaníacos de tentativa de destruição mundial, ataques em larga escala e monstros gigantes; porém e quando um agente biológico infiltra uma estrutura familiar, uma casa por exemplo, criando um terror mais contido às paredes decrépitas e os rangidos de passos no assoalho? Nesse critério, Resident Evil 7 criou uma experiência definitiva e que deveria ser mais explorada.




Quanto potencial não existe para um terror mais visceral e contido em um Resident Evil 4 por exemplo? Vendo as ambientações da vila, as casas, a quantidade de degeneração mental e sofrimento imposto aos aldeões é algo que faz refletir como o vindouro remake pode explorar através de seu cenário e subtramas, experiências de terror introspectivas e efetivas ao passo que impõe o sentimento de vastidão e medo dos arredores desconhecidos que são característicos de um bom Resident Evil.

Discutimos muito sobre a gama de experiências e expectativas de remakes e demais jogos de Resident Evil e suas inovações dentro da própria franquia, contudo, Resident Evil é uma marca cujos sucessos e insucessos acabam reverberando em seu nicho e demais tendências do mercado. É inegável o sucesso que o Remake do segundo jogo fez, inclusive popularizando os remakes dentro da indústria dos jogos, como pode-se perceber, não apenas pelo vindouro remake de Dead Space, jogo assumidamente inspirado por Resident Evil 4 e agora pelo Remake do RE2, também há o retorno do lendário Alone in the Dark!

Alone in the Dark: remake é detalhado antes da hora




Apenas ao vislumbrar o trailer do jogo, fica impossível não comparar com o Remake de RE2 e os mais recentes títulos feitos na RE Engine e isso é muito positivo: da mesma forma que Alone in the dark foi um dos carros chefes na concepção de Resident Evil, este agora influencia diretamente no retorno de um dos primeiros títulos do gênero do terror! O novo Alone in the Dark é uma autoproclamada carta de amor ao original de 1992 – uma que mergulha nas minúcias de um jogo claramente datado pelos padrões modernos, a fim de recriar facetas integrais de seu mundo e narrativa. Por quê? “Não podemos simplesmente refazer o original de 1992”, explica o diretor criativo e escritor principal Mikael Hedberg durante uma demonstração prática na Gamescom 2022. “Seria apenas cerca de três horas de duração!”.

Os remakes e reimaginações estão sendo adições muito bem vindas na franquia e para o mercado também vem sendo uma tendência muito interessante, que na melhor das hipóteses, se executada pensando no fã, na renovação da experiência e adição de conteúdo relevante, sem dúvidas vai agradar e vender bem. Precisamos de Remakes inteligentes, feitos por pessoas que compreendam os cernes e meandros das obras, sabendo analisar potenciais não explorados anteriormente e aprendendo com diferentes obras o que pode ser aproveitável dentro do ideal almejado de experiência de gameplay e história; nesse sentido, reforça-se todo o poder da franquia Resident Evil em sua capacidade de inspirar diferentes obras e se reinventar dentro de seus próprios conceitos.

O que não pode acontecer é continuarem sendo lançados jogos com conteúdos relevantes cortados e vendidos a preço cheio, precisa-se de obras completas e inovadoras em seus próprios termos.

E você, caro amigo(a) comrade? Concorda com nosso texto? O que pensa destes remakes? Não esqueça de comentar, curtir e compartilhar!

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