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EvilFiles – Resident Evil: O Capítulo Final

Enfim, chegamos ao final… Depois de quinze anos da série em live action, muitos fãs divididos sobre os longas, mudanças no elenco de apoio e dúvidas de como Paul W. S. Anderson conseguiria dar um final para a saga de Alice, temos apenas duas certezas: independentemente do quanto alguns fãs desgostem os filmes, eles foram de fato um sucesso comercial, e representam um marco em adaptações de games.

[LEIA TAMBÉM – SAGA EM LIVE ACTION]

…Leve-me (de volta) para a cidade-paraíso

Onde a grama é verde e as garotas são lindas

Me leve para casa…

 

Título: ResidentEvil – The Final Chapter

Ano de lançamento: 2017 (dezembro de 2016 no Japão)

Dirigido por: Paul W. S. Anderson

Classificação: 16 anos

O filme anterior termina com Alice e outros sobreviventes (Jill, Ada e Leon) reunidos a Wesker, no teto da Casa Branca; uma das últimas bases de resistência humana, logo após Alice ser injetada novamente com o vírus que lhe garantia habilidades sobre-humanas. Nesta última parte, descobrimos que isso era apenas um plano para eliminar os protagonistas, e após Alice acordar em meio aos escombros do que restou do lugar, descobre ser a única ainda viva.

Com um contato da Rainha Vermelha informando que dentro de 48 horas a Umbrella conseguirá eliminar de vez a raça humana, Alice parte para as ruínas de Raccoon City, em busca de entrar novamente na Colmeia e obter uma vacina que, quando dispersa no ar, elimina o T-Virus (uma cura definitiva). Em meio a intensas cenas de ação, que se desenvolvem dessa vez de uma forma bastante rápida – semelhante aos filmes de luta – Alice une forças a Claire Redfield e seu grupo, enquanto encontra-se novamente com Doutor Isaacs (do segundo e terceiro filme) e Wesker. Sua busca a leva não apenas a um desfecho sobre a cura para a humanidade, mas a descobrir definitivamente suas próprias origens.

Este filme apresenta um final satisfatório, em que mesmo com a tendência de Paul W. S. Anderson de sempre terminar o filme com um final em aberto e mais grandioso do que o anterior conseguiu entregar uma conclusão que dá a sensação de desfecho da saga, além de respeitar a natureza guerreira da protagonista. A história se apoia em elementos religiosos, já tradicionais ao terror, e foi construída de forma que, mesmo no universo fantasioso em que se passa, estabelece um bom comparativo com o que vivemos nos dias atuais. Temos também, novamente, o retorno de Claire, que está com um figurino muito bem adaptado do jogo Revelations 2 (a melhor adaptação de figurinos dos jogos, em nossa opinião, sendo mais fiel até do que a roupa de Jill em Apocalipse). Aqui também vemos, como de costume, a personagem subaproveitada, que serve apenas de apoio e não tem nenhuma cena de grande destaque.

Com um orçamento de 40 milhões de dólares, o longa arrecadou mundialmente 312,2 milhões, tornando-se o mais lucrativo mundialmente da franquia. Depois de ter sido planejado desde setembro de 2012, com o sucesso comercial do filme anterior, e devido a outros projetos do diretor e um atraso no desenvolvimento do roteiro, as filmagens iriam finalmente ser rodadas a partir de agosto de 2014, mas foram adiadas em quase um ano devido à gravidez da atriz Milla Jovovich. Em julho de 2015, foi confirmado oficialmente o começo das filmagens, que se deram em sua maioria na Cidade do Cabo, na África do Sul. Esse filme também conta com 3D, mas diferente dos dois anteriores, ele foi totalmente filmado em 2D, sendo convertido na pós-produção.

Como aspectos positivos, O Capítulo Final conta com boas cenas de ação e efeitos práticos (não se apoiando tanto em CG como os filmes anteriores), e muitas lutas bem coreografadas. A história possui uma conclusão que responde a muitas questões sobre o passado de Alice e o início do apocalipse viral, além de ser bem explicado de uma forma geral (não que o roteiro fosse apresentar dificuldades pra quem não tenha visto os anteriores. Enfim…).

Por outro lado, com o objetivo de mostrar a ação de uma forma rápida e intensa, são feitos muitos cortes de câmera (lembrando RE Apocalipse), o que torna a sequência de algumas lutas difícil de acompanhar com clareza. A explicação da origem do T-Vírus, apesar de funcionar bem nesse filme, simplesmente anula a explicação dada no segundo filme (em que o vírus teria sido feito por Charles Ashford, para ajudar sua filha Angela). Os personagens dos jogos que estavam no filme anterior não retornarem nesse (e sequer serem citados, deixando suas mortes subentendidas) tornam o começo do filme anticlimático, por não corresponder à expectativa criada no longa anterior. E por fim, o filme não ter sido planejado inicialmente em 3D torna o recurso dispensável. Em cenas de cortes rápidos, assistir ao filme dessa forma se torna ainda mais confuso, uma vez que o 3D funciona melhor em cenas mais lentas.

E temos curiosidades na última parte da série de artigos dos longas? Temos sim senhor(a)!… Embora as referências aos jogos sejam menores do que nos filmes anteriores, elas também estão presentes. A mais óbvia é a grande inspiração em Resident Evil 5, com direito a uma criatura gigante que mistura os visuais de um Popokarimu (o boss que lembra um “morcego” gigante) e um Kipepeo (a criatura alada já vista no final do filme anterior), filtros de câmera que trazem o tom sépia vistos nos cenários de RE5, além de cenas de ação protagonizadas dentro de um Hummer com o logo da BSAA, veículo também muito presente no quinto jogo. Não bastando isso, a sequência final se desenvolve em uma plataforma subterrânea rodeada de cápsulas para membros da Umbrella (semelhantes à usada por Jill, também em RE5). Já Claire, além de estar com o visual fiel ao de Revelations 2, faz parte de uma cena em que o grupo pula de um precipício na água, filmada de forma semelhante à vista no game. Também há mais uma referência aos itens de cura da série, quando o personagem Doc oferece à Alice um remédio verde, feito a base de algo que parece ser as famosas Green Herbs. Por fim, há uma luta com um Bloodshot, monstro do game Resident Evil 6 (em um dos poucos casos em que a adaptação superou o original; com o monstro do longa tendo um aspecto muito melhor – e mais assustador!).

Agora duas curiosidades MUITO TRISTES sobre o longa… A primeira é que em outubro de 2015 a dublê inglesa Olivia Jackson, durante uma cena de ação com moto e sem capacete, colidiu contra uma grua (que devido a um mau funcionamento, falhou e não se afastou da direção da moto), em um acidente gravíssimo, que a deixou em coma induzido por duas semanas. Para se ter uma ideia da extensão do dano, a atriz sofreu traumatismo craniano, teve cinco nervos da coluna partidos, rompeu uma artéria no pescoço, fraturou várias costelas, quebrou o osso da escápula e uma clavícula, teve dois dedos decepados no impacto e teve de amputar o polegar em seguida, e ficou com o braço paralisado, além de vários ossos da face fraturados (por não estar com capacete). Em dezembro de 2015, Jackson anunciou que seu braço teve de ser amputado, acima do cotovelo. Com tudo isso, foi um milagre a atriz sobreviver, e infelizmente precisou encerrar de vez a carreira de dublê, além de ficar com sequelas do acidente para o resto da vida. A segunda é que um membro da equipe de produção, Ricardo Cornelius, morreu esmagado por um veículo Hummer do exército americano (semelhante ao veículo da BSAA que Chris dirige na abertura de RE5). O veículo estava posicionado numa plataforma giratória que, ao ser movida manualmente, fez com que o veículo se soltasse do equipamento, e esmagasse o assistente contra a uma parede, que morreu horas após, no hospital.

Gostem ou não, a verdade é que ao longo desses quinze anos, a saga de filmes ajudou a popularizar ainda mais a franquia de jogos, e ainda que ela fuja muito do material original, os filmes trouxeram sim a série a um público muito maior. É fato que os longas seguiram por um caminho próprio, adaptando superficialmente situações ou visuais. E talvez, exatamente por esse universo próprio – voltado para o público geral, a franquia no cinema teve uma longevidade tão grande. Por fim, após essa série de artigos mostrar um resumo da jornada de Alice ao longo desses seis filmes, que tal mostrarmos aquilo em que REALMENTE os longas se destacam: as grandes cenas de ação! Aumenta o volume 😉

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