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EvilSpecial | Vale a pena jogar Resident Evil Re:Verse? (Análise)

Resident Evil Re:Verse, ou simplesmente Re:Verse, é o mais recente lançamento da Capcom dentro da série de jogos. Re:Verse, a princípio, acompanhou Resident Evil Village em seu lançamento, no dia 2 de maio de 2021 – assim como Resident Evil Resistance com Resident Evil 3 Remake – mas Re:Verse não pôde ser jogado na mesma data, pois seus servidores estavam fora do ar. Sua data de lançamento oficial foi no dia 28 de outubro de 2022, sendo lançado para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e PC.

Em uma breve explicação, Re:Verse se trata de um multiplayer online free-for-all, onde o jogador deve enfrentar outros 5 jogadores rivais em uma espécie de mata-mata e marcar mais pontos que seus adversários. Os pontos são obtidos por abates de jogadores humanos e criaturas e, a cada morte, o jogador perde 5 pontos. Mas a questão que deve ser abordada e respondida neste texto é: Re:Verse é um jogo que vale a pena ser jogado?

Começaremos pelo básico, explicando como o novo multiplayer da Capcom funciona. O jogo nos disponibiliza 3 mapas que servem como palco para as partidas; a delegacia de polícia de Raccoon City, popularmente conhecida como R.P.D., a casa da infame família Baker, de Resident Evil 7: Biohazard e o vilarejo inicial de Resident Evil Village. Todos os mapas possuem suas limitações e são montados para oferecer jogadas táticas e oportunidades de fuga para os jogadores.

Entre os personagens do elenco de Re:Verse, podemos escolher rostos famosos, como Leon Scott Kennedy, Claire Redfield, Chris Redfield, Jill Valentine, Ada Wong, Hunk, e recentemente foram adicionados ao elenco via atualização Tundra e Uivo Noturno, dois dos integrantes do esquadrão de Chris em Resident Evil Village, o Esquadrão Lobo de Caça (The Hound Wolf Squad). Cada personagem possui sua arma padrão, arma pessoal, habilidades e passivas únicas. Todos os personagens humanos são capazes de efetuar esquivas semelhantes a de Jill em Resident Evil 3 Remake para escaparem de situações críticas com custo de adrenalina.

Espalhados pelos mapas, há itens que auxiliam o jogador durante a partida, como ervas verdes para restaurar a vida, caixas de munições para reabastecer a munição da arma pessoal – a arma padrão se trata de uma pistola com munição infinita, já a arma pessoal de cada personagem não. Possui uma certa quantia de munição -, armas especiais de uso único que causam dano massivo, como lança-foguetes, lança-granadas, e cápsulas virais. As cápsulas virais coletadas na partida (máximo de duas por renascimento) aumentam o dano e a precisão do jogador e dita qual criatura o jogador se transforma ao morrer na forma humana. Isso mesmo, podemos nos transformar em armas biológicas após morrermos com os personagens humanos de acordo com o número de cápsulas virais coletadas. Sem nenhuma cápsula coletada, o jogador se transforma em um Mofado Obeso, inimigo de Resident Evil 7: Biohazard e a criatura mais simples de Re: Verse; com uma cápsula coletada, podemos nos transformar em um Hunter Gamma de Resident Evil 3 Remake ou no próprio Jack Baker equipado com o tesourão elétrico; já com duas cápsulas virais, temos a oportunidade de virar o Tyrant T-103 de Resident Evil 2 Remake transformado, conhecido popularmente como Mr. X ou o próprio Nemesis T-Type de Resident Evil 3 Remake. Cada criatura possui seu conjunto de habilidades, ataques e finalização, sendo escolhida de forma aleatória pelo “fator RNG” do jogo de acordo com o número de cápsulas virais coletadas. Ao iniciar o jogo, é dada a opção de passarmos pelo tutorial, onde é explicado de forma mais detalhada as suas mecânicas.

A proposta de Re:Verse é, de certa forma, inovadora para a série de jogos assim como a de Resident Evil Resistance, que introduziu o multiplayer assimétrico à série, mas gêneros como esses não combinam perfeitamente com a mesma. Resident Evil é conhecido por ser um jogo single player com, no máximo, um multiplayer cooperativo local ou online. Há certos gêneros que não casam com a série de jogos, e, querendo ou não, acabam “manchando” o nome da franquia. Resident Evil deve crescer mais e mais, porém dentro de sua proposta inicial. É muito importante explorar outros recursos nos jogos, como jogabilidade, história e câmera justamente para diversificar a franquia, mas mudar o seu gênero base é algo que vai além disso. Multiplayers competitivos de Resident Evil, como Umbrella Corps, Resident Evil Resistance e o próprio Re:Verse não são vistos com bons olhos por uma grande parte dos fãs justamente pela proposta que entregam e, principalmente, pela falta de atenção e manutenção da Capcom com eles.

Re:Verse não é muito diferente dos outros MPs competitivos de Resident Evil. O jogo conta com dificuldade na organização de partida nos servidores da América do Sul, obrigando os jogadores a irem para um dos outros servidores do jogo – América no Norte, Europa ou Ásia – e enfrentar partidas com delays (atrasos) e lags absurdos e alguns problemas de conexão nas partidas. Sem contar com os recursos totalmente desnecessários que a Capcom usa no jogo, como a implementação de um passe de batalha premium, em outras palavras, recompensas pagas com dinheiro real, e skins de personagens, criaturas e armas pagas com dinheiro real também. Claro, há poucas exceções de skins pagas com a moeda do jogo, mas, como dito, poucas exceções. A moeda do jogo, inclusive, serve para comprar habilidades para reforçar os personagens e criaturas.

Como conclusão da ideia, podemos dizer que Re:Verse é mais um dos multiplayers competitivos de Resident Evil que não funciona da maneira correta e entrega uma proposta forçada para a franquia. Há poucas formas de se divertir com os amigos nele, já que não existe a possibilidade de convidar amigos para as partidas casuais, restando a opção de tentarem a sorte de se encontrarem no meio de uma organização de partida. Há partidas privadas que podem ser criadas a partir de uma senha gerada, mas ela não rende nenhum tipo de recompensa do jogo ao final, como moedas e pontos de MMR, uma forma de separar os jogadores baseado em pontos de matchmaking rank, ou rank de organização de partida. Quanto maior for o seu MMR, mais experientes serão os jogadores na partida. E caso você seja um caçador de troféu/conquista ou busque apenas os 12 troféus/conquistas que o jogo tem, que, inclusive, é desprovido de troféu de platina no PlayStation, a sua única opção para conquistá-los é nas partidas públicas, já que não é possível adquirí-los nas partidas privadas.

Re: Verse, no fim das contas, acaba se tornando um multiplayer onde o jogador joga por poucas horas e, na maioria das vezes, não encontra diversão nas partidas, dando a entender que não vale investir tempo no jogo além do que será investido para concluir um objetivo, seja jogar poucas partidas sem compromisso algum ou buscar pelos troféus/conquistas. Boa tentativa Capcom, mas não foi desta vez, de novo.

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